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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Aniversário de uma conquista - Estadual de 1915 (38)


Futebol

Time Base
Técnico do Flamengo: Ground Committeé

O Flamengo mantém a base do time que foi campeão carioca em 1914 e entra como favorito para a conquista do bicampeonato. No início do ano, o Flamengo vai a São Paulo para um amistoso contra o São Bento, time da capital paulista. O clube que fez a viagem de trem, enfrentaria um adversário fortalecido pela presença de jogadores de outros times paulistas, formando um esquadrão digno de seleção. No fim, o Flamengo perde o jogo por 1 x 0, porém com boa atuação contra o forte adversário. Ao retornar ao Rio de Janeiro, o Flamengo começa a jogar o Campeonato Carioca e vence o Fluminense por 5 x 0 , o Botafogo por 2 x 1 , o América por 4 x 2 , o Bangu por 4 x 0, além de outros. Ao final, o Flamengo confirma o título com uma vitória de 5 x 1 sobre o Bangu, em partida realizada no Estádio da Rua Paysandu. O Flamengo jogou com o seguinte time base: Baena, Píndaro e Nery, Curiol, Sidney Pullen e Galo, Bahiano, Gumercindo, Borghert, Riemer e Raul. Depois da conquista do Campeonato Carioca, o Flamengo jogou um amistoso contra a Seleção Carioca, como era comum que o campeão o fizesse. O jogo foi realizado no campo do Fluminense, nas Laranjeiras. O time do Flamengo venceu por 3 x 1 e confirmava que possuía uma grande equipe. Em dezembro o Flamengo viaja para Belém do Pará, onde realizaria uma série de jogos amistosos. No primeiro, venceu a Seleção de Belém por 5 x 1 e conquistou a Taça Jornal Folha do Norte. O ano termina e o time do Flamengo continua em Belém para a realização dos outros jogos amistosos na cidade.

Detalhes
Campanha em 1915
Jogos 16
Vitórias 9
Empates 6
Derrotas 1
Gols Pró 44
Gols Contra 15
Saldo +29
Aproveitamento 68,75%

Remo
No Remo, o Flamengo conquista dois títulos no ano de 1915, que são a Prova Clássica Conselho Municipal e Prova Clássica Júlio Furtado.

Títulos
Futebol:
Campeão Carioca de Futebol
Taça Jornal Folha do Norte (PA)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/1915

Estádio da Rua Paysandu

Introdução
O Estádio Rua Paysandu, foi o primeiro estádio que o Flamengo mandava os seus jogos. A primeira partida oficial do Flamengo no estádio foi contra o Bangu, pelo campeonato carioca.

História do Estádio
O estádio ficava localizado na Rua Paysandu, no bairro do Flamengo e pertencia a tradicional família Guinle que arrendou o local para o clube realizar seus jogos de futebol. Sua característica principal era em seus arredores existirem várias palmeiras centenárias como mostra a foto acima. Posteriormente em 25/09/1932, o Flamengo disputa sua última partida no estádio e vence o Brasil (RJ) por 5x0, pois não possuía o dinheiro para pagar o terreno arrendado pela família Guinle.

Histórico
Primeira Partida
Data: 31/10/1915
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Estádio: Rua Paysandu
Jogo: Flamengo 5 x 1 Bangu
Time: Baena, Píndaro, Nery, Curiol, Sidney Pullen, Galo, Arnaldo, Gumercindo, Borgerth, Riemer e Paulo Buarque
Gols do Flamengo: Riemer(2), Arnaldo, Gumercindo e Paulo Buarque
Obs.: Flamengo Campeão.


1ª Obs: O Flamengo conquistou o campeonato carioca invicto.

2ª Obs: Vários órgãos da imprensa noticiam que o primeiro jogo foi em 04/06/1916 - Flamengo 3x1 São Bento (SP), data que a família Guinle arrenda o estádio oficialmente para o clube, porém anteriormente o Flamengo já havia realizado dois jogos : 5x1 no Bangu em 31/10/1915 e 4x1 no Fluminense em 13/05/1916.

Última Partida
C.R. Flamengo 5 x 0 Brasil (RJ)
Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 25/09/1932
Estadio: Rua Paysandu - Rio de Janeiro
Time: Fernandinho, Moisés, Bibi, Rubens, Flavio Costa, Luciano, Adelino, Flavio II, Darci, Nelson e Cassio.
Gols: Nelson, Adelino, Bianco(contra), Flavio e Darci.


Estatística
Estatísticas do Flamengo no estádio

Partidas Vitórias Empates Derrotas
Total 172 99 29 44

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Est%C3%A1dio_da_Rua_Paysandu

Eterna peregrinação



Fonte da foto: http://www.flaestatistica.com/times1915.htm
Grande estádio do Flamengo perambulou pela cidade toda

ROBERTO ASSAF

O futebol do Flamengo começou sem ter casa própria. De 1912, quando foi criado o Departamento de Sports Terrestres do clube, a 1915, o rubro-negro mandou seus jogos no estádio das Laranjeiras.
Naquele ano, o presidente Edmundo de Azurém Furtado arrendou um campo de futebol que pertencia à família Guinle, à Rua Paysandu, onde no começo do século havia, acreditem, uma arena de touros.

O estádio da Rua Paysandu foi inaugurado em 31 de outubro de 1915, quando o Flamengo, já bicampeão do Rio, comemorou o título goleando o Bangu por 5 a 1.

O contrato de arrendamento tinha validade de dez anos. Em 1925, os Guinle começaram a pressionar, e os dirigentes do Flamengo passaram a procurar um novo local para abrigar o futebol e os outros esportes que foram a reboque para a Paysandu.

Após negociações com o prefeito Alaor Prata, o presidente rubro-negro Faustino Esposel obteve uma área às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Os conselheiros recusaram-na, a princípio, alegando que o local não passava de ''um areal de fim de mundo''. Mas, sem outra opção, acabaram aceitando - em 2 de março de 1926, o Flamengo assinava o contrato de arrendamento com a prefeitura, válido por 60 anos, e prorrogado ad eternum.

Mas o futebol só deixou a Paysandu em 25 de setembro de 1932. Entre 1933 e 4 de setembro de 1938, quando inaugurou o estádio da Gávea, o Flamengo perambulou entre as Laranjeiras e General Severiano, que se tornaram, imaginem, seus campos oficiais.

Nestes últimos 63 anos, muitas diretorias prometeram construir um grande estádio - na própria Gávea, na Barra da Tijuca, em Vargem Grande, na Baixada Fluminense e no Fundão. Mas deixaram de lado, alegando que a casa do Flamengo é o Maracanã. Passaram-se quase 90 anos, desde a criação do Departamento de Sports Terrestres, e o Flamengo continua sem um estádio digno de sua tradição.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/esportes/2001/09/18/joresp20010918002.html

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aniversário de uma conquista - Estadual de 1944 (37)


Escrete rubro-negro, antes da decisão
Flamengo 1x0 Vasco - Final do Campeonato Carioca de 1944

História

Um resultado que os vascaínos contestam até hoje. A Final do Campeonato Carioca de 1944 foi inesquecível tanto para rubro-negros como para vascaínos. O gol de Valido, irregular ou não, deu o caneco ao Flamengo, que conquistava mais uma vez o Rio de Janeiro. Era a terceira vez seguida. Era o primeiro tricampeonato estadual do time da Gávea.

Em uma campanha que começou ruim, é verdade. O Fla somente reagiu após ser derrotado pelo América na estréia. Chegou à final contra o rival Vasco, e com a ajuda de mais de 20 mil torcedores que lotaram a Gávea na decisão, conquistou o título, questionado até hoje pelos vascaínos, que afirmam que Valido apoiou-se no zagueiro vascaíno na hora da cabeçada que deu a vitória ao Mengo por 1x0.

Os portões da Gávea foram fechados duas horas antes do inicio da partida, tamanha era a lotação do estádio. E a extrema maioria rubro-negra, calou os poucos vascaínos, e pode, enfim, comemorar seu primeiro tricampeonato no futebol.

O Jogo

De um lado, o Flamengo com a maior torcida. Do outro lado, o Vasco da Gama que tinha o melhor time do campeonato, e com alguns jovens valores que despontavam como craques. O Flamengo com um time que tinha sido estruturado em 1939 e tinha a experiência que faltava ao Vasco. O técnico Flávio Costa, que sempre concentrava seu time no interior de São Paulo, preferiu deixar os jogadores no Rio, livres de concentração. Ondino Vieira, treinador do Vasco, levou seus atletas para Uruçanga, uma localidade perto do Rio de Janeiro.

O clima de decisão tomava conta da Cidade Maravilhosa. Reza a lenda, que, durante a partida, os remadores rubro-negros, que se juntaram à torcida pelo time de futebol, ameaçavam bater com seus remos nos torcedores do Vasco, caso eles se manifestassem. A torcida já era inflamada. Vai na Bola, um torcedor símbolo, corria pelo campo com dois pratos de metal nas mãos, batendo sem parar. Jaime de Carvalho, chefe da Charanga Rubro-Negra, começou a comandar seus músicos, empurrando o time para mais uma vitória.

O Vasco começou melhor. Atacou mais. Jurandir fez grandes defesas. Mas, empurrado pela massa rubro-negra, o Flamengo, mesmo com Valido passando mal com 39 graus de febre, e Pirilo mal podendo caminhar, conseguiu equilibrar a partida e terminar o primeiro tempo em zero a zero, graças a uma partida memorável do craque Zizinho.

Faltando quatro minutos para o final da partida, Vevê cobra uma falta na esquerda. Valido cabeceia e Barqueta manda para escanteio. Vevê vai cobrar. Ele manda a bola na área vascaina, Valido, de novo, sobe por cima de Argemiro e cabeceia para a meta. Barqueta não consegue defende e a bola entra. É gol do Flamengo. A torcida invade o campo. Valido é abraçado, beijado, e parece esquecer de sua febre. Do outro lado, Argemiro e alguns jogadores do Vasco correm para o juiz afirmando que Valido subiu nas costas do zagueiro vascaino para cabecear o marcar o gol do titulo. Guilherme Gomes não ve nada de anormal na jogada, e sua preocupação é limpar o campo e dar prosseguimento à partida.

Quando o jogo recomeçou, o Vasco tinha três minutos para empatar a partida. O time de São Januário foi todo para o ataque. Mas time algum tiraria o titulo do Flamengo naquela tarde. A torcida, atrás do gol de Jurandir, estava pronta para entrar em campo e desarmar qualquer atacante vascaino.

E quando o juiz apitou o final do jogo, a Gávea ficou pequena para conter a alegria de tanta gente. Flávio Costa dizia “Se o Flamengo não costuma esquecer seus campeões, para os de hoje, deve reservar uma gratidão especial”. No dia seguinte, veio a confirmação: o gol de Valido tinha sido mesmo ilegal, para desespero vascaíno. Ele havia trepado nas costa de Argemiro para cabecear. Os jornalistas se dividiam. Uns levaram a reclamação a sério. Outros passaram a gozar os vascainos. O tempo se encarregou de matar a questão. Para os flamenguistas, vencer o Vasco com um gol legal é bom, mas ganhar com um gol irregular é muito melhor. E, em finais, é algo incomparável.

Ficha Técnica

VASCO 0 x 1 FLAMENGO
Final do Campeonato Carioca 1944


Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 29 de outubro de 1944
Gol: Valido, aos 41'/2ºT


FLAMENGO: Jurandir, Quirino, Newton, Valido, Jaime, Bria, Pirilo, Zizinho, Tião, Biguá e Vévé.


VASCO: Barqueta. Rubens e Rafanelli. Berachochéia. Alfredo e Argemiro. Djalma. Lélé. Isaias. Ademir e Chico.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Imagem:TimeFlamengo1944a.jpg

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Apaixonada, torcida invade treino do Flamengo

Fato não é novidade nas viagens do clube pelo Nordeste. Em 2007, invasão foi em Natal antes de partida contra o América-RN

O amor pelo Flamengo na região Nordeste pôde ser visto mais uma vez nesta terça-feira em Salvador. No Dia do flamenguista, os cerca de 300 rubro-negros que foram ao CT do Bahia acompanhar o treino do time não se agüentaram e invadiram, novamente, o campo ao término da movimentação.

Obina e Bruno foram os mais procurados pelos torcedores, que tentaram tirar fotos e conseguir algum pertence dos jogadores. Os seguranças tiveram que intervir e ajudar o grupo a voltar ao ônibus.

A invasão da torcida em um treino do Flamengo no Nordeste não é novidade. Há exatamente um ano, os rubro-negros tiveram a mesma atitude em Natal, onde o clube iria jogar contra o América-RN.

- O Flamengo tem um carinho grande no Nordeste. Mas quando é assim, atrapalha um pouco o trabalho. No aeroporto, quase arrancaram minha camisa e quase me machuquei. Mas é gostoso e o pessoal tem que entender que estamos na maior equipe do Brasil. Temos de assimilar isso e atender quem der. Quem não der, fica para depois - afirmou Ronaldo Angelim.

Fonte: http://www.lancenet.com.br/clubes/FLAMENGO/noticias/08-10-28/416866.stm?apaixonada-torcida-invade-treino-do-flamengo

Aniversário de uma conquista - Taça Cidade do Rio de Janeiro de 1993 (36)

Há passados exatos 15 anos o Flamengo conquistava mais uma taça, em cima do seu maior rival, o Vasco. O time que foi campeão contou com alguns jogadores que participaram da conquista do campeonato brasileiro de 1992, como no caso de Piá, Luis Antônio e Nélio. Este último, aliás foi quem marcou o gol que deu mais um troféu à Gávea.

O time campeão foi formado da seguinte forma:

C.R. Flamengo 1 x 0 Vasco da Gama (RJ)
Taça Cidade do Rio de Janeiro
28/10 - Estádio: Proletário - Rio de Janeiro
Time: Adriano, Jorge Antonio, Marcelo, Herbert, Piá, Fabio Baiano, Luís Antônio, Nélio, Sandro, Hugo e Sávio.
Gol: Nélio.
( C.R. Flamengo CAMPEÃO )

Fonte: http://www.flaestatistica.com/t1993.htm

Mengo meu dengo


28 de outubro - dia de bênçãos e de festa, e mais:

Bem-vindo à sua casa, Mengão! Luiz Hélio Alves*

A religião Flamengo, com os seus 40 milhões de ardorosos fiéis, tem como protetor oficial aquele que Jesus escolheu para segui-lo como um dos doze apóstolos: São Judas, não o Iscariotes (o traidor), mas Tadeu (o corajoso). E quanta simbologia há nessa sagrada relação do Mais Querido com o poderoso patrono das causas difíceis e desesperadas! Não há no mundo uma agremiação esportiva, social ou cultural com tamanha demonstração de coragem, fé e devoção. Sentimentos incorporados há mais de cem anos por inúmeros heróis defensores do manto rubro-negro e por seus apaixonados seguidores. Eclesial e iluminada inspiração abençoada por Deus e intercedida pelo santo protetor São Judas Tadeu. Amém!



Impossível falar no nosso santo e não relembrar a transmissão da final do carioca de 2001 pela Rádio Tupi, com marcante narração de Luis Penido e comentários do Apolinho. Aos 43 minutos foi assinalada falta para o Flamengo, que ainda precisava fazer mais um gol para sagrar-se campeão, ou melhor, tricampeão. Eis que enquanto o Pet ajeitava a bola para cobrar a falta, Apolinho vestiu-se de arauto das boas novas e anunciou: "E acaba de chegar São Judas Tadeu!". Pronto. Como num encanto, acabou-se a aflição e toda aquela angústia que nos acompanhara durante o jogo, dando lugar a uma contagiante e absoluta certeza de que a bola, magistralmente, estufaria a rede adversária e nos levaria a mais uma inesquecível conquista. Não deu outra: "Pet, parecia com a mão, na hora de acabar, o gol do tri, do tri, do tri...".



Neste final de temporada 2008, São Judas Tadeu está imbuído de uma missão ainda mais difícil, na verdade, uma parada duríssima até mesmo para o nosso poderoso santo: levar o Mengo ao tão sonhado hexacampeonato brasileiro. Mas, será que alguém aí ousaria duvidar do realizador das causas impossíveis? Vamos Flamengoooo!!!





Viva o povo flamengo!



Há quem diga (um arco-íris, lógico): "eu não tenho raiva do Flamengo, mas sim do flamenguista". Por que será? Simples, porque nós torcemos como nenhum outro. Somos diferentes em tudo, na alegria ou na tristeza. Se o time está mal, não fingimos que não ligamos mais para o futebol. E é claro que, por termos uma vocação natural para a glória, comemoramos mais do que qualquer outro torcedor. Para se ter uma idéia, após a Era Zico o Fla nunca passou mais de dois anos na fila por um caneco, mesmo enfrentando graves crises.



Não, não somos "chiques" e nem "adestradinhos", somos corpo e alma, bagunça lúdica e espirituosa do bem-viver. Não somos lords mal humorados, somos malandros felizes, bons malandros. Não temos estilo, nós somos O Estilo. Style de torcer e propiciar espetáculo, show, magia e encantamento. Não vestimos camisa, envergamos orgulhosamente um poderoso e sagrado manto. Não louvamos ídolos, mas deuses da bola. Fazemos de simples jogadores, guerreiros e heróis. Amedrontamos os adversários no majestoso templo e em qualquer outro lugar, simplesmente com a nossa presença. Quando dizem, lá vem a nação rubro-negra, o chão treme e tudo pára. Não somos uma torcida, somos a magnética. Nós transformamos jogos de futebol em arte. Por isso, hoje é dia de pintarmos o país inteiro de vermelho e preto, comemorando a nossa imensa alegria de sermos quem somos. Flamenguistas, rubro-negros do Mais Querido do Brasil, o próprio Flamengo.



A Bahia é Flamengo



"Ah que bom você chegou (Mengão), bem-vindo a Salvador, coração do Brasil...". Esse trecho de um dos hinos da folia momesca soteropolitana traduz bem o estado de espírito do povo flabaiano. Clímax e êxtase na velha e mística feliz-cidade. Afinal de contas, ter-receber-abençoar-cantar-poetar o Flamengo, Mengo, Mengão, Mengaço na Bahia é sentir uma energia mais contagiante até do que o próprio carnaval. É fazer mais auê do que em festa de largo ao som e sabor de tambores-quitutes. É muito mais do que mil vezes sentir o prazer de dormir nos braços morenos da lua de Itapoã, nos saudosos tempos do encantado Vinicius.



Representamos 26% de toda a nação rubro-negra do país, por isso não é nenhum exagero afirmar que o Mengo joga em casa quando vem a Salvador. Até porque somos a maior torcida do estado, perdendo para a dupla BAVI apenas na capital e por uma diferença não tão grande. E ao entrar no Barradão na noite desta quarta-feira para conquistar (com gol de Obina "ó paí ó, sadó caradiosso!") mais três pontos rumo ao hexa, o Flamengo estará parando a Bahia e fazendo feliz essa gente que tanto lhe quer bem, essa gente que canta — sob as bênçãos dos orixás e a licença de Jerônimo (É d'Oxum): aqui nessa terra todo mundo é Mengôoo, homem, menino, menina, mulher. Esse clube irradia magia, campeão de terra e mar, em toda a Bahia o Flamengo só brilha. É Mengôo, é Mengôo, É Mengôo...



Semana que vem tem mais. SRN e até lá, se Deus quiser!



São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor com que cumpres vossa missão.



Luiz Hélio é poeta e jornalista e escreve para o site Flamengo RJ as terças-feiras.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/portal//AgenciaFla/Mengo-meu-dengo-parte-45

domingo, 26 de outubro de 2008

O sempre insatisfeito Ronaldo Angelim

Rio de Janeiro - Dizer que Ronaldo Angelim é um dos jogadores mais regulares do Campeonato Brasileiro é redundância. Mas, além da regularidade, ele mostra outro ponto positivo que vem fazendo a diferença: as poucas faltas que comete. É difícil ver o defensor realizando faltas desnecessárias e mais raro ainda vê-lo saindo expulso.

"Procuro sempre jogar visando a bola, sem cometer faltas. Mas, às vezes não tem como. Tem de ser inteligente para não cometer faltas bobas perto da área. Podem ser fatais", afirma.

Aos 33 anos, o zagueiro atingiu o ápice da carreira na Gávea onde, a cada dia que passa, parece estar mais satisfeito. A satisfação no clube é tanta, que ele nem faz questão de defender a Seleção Brasileira.

"Não me preocupo com isso, até porque já tenho 33 anos. Dedico-me ao meu trabalho, mas acho que a Seleção está bem servida nessa posição. Se precisarem eu estou pronto, mas não fico pensando nisso".

De volta

Para o jogo contra o Vitória, no Barradão, Ronaldo Angelim terá a volta de seu quase inseparável parceiro de zaga Fábio Luciano. Apesar de parecer que o capitão cobra muito dos seus companheiros em campo, Angelim revela que também grita bastante dentro das quatro linhas.

"O Fábio sempre conversa muito com a equipe, mas eu acabo me exaltando e xingando mais. Quase nunca estou satisfeito com o rendimento da equipe. Muitas vezes saímos de campo com a vitória e eu não gosto da atuação da equipe. Sou muito exigente", ressalta.

E prova disso foi a última partida, quando o Flamengo goleou o Coritiba por 5 a 0: nem assim Angelim saiu 100% contente.

"Conseguimos uma vitória maiúscula, mas deixamos o Coritiba criar chances. Em alguns jogos pode ser fatal", encerra.

Publicada em: 26/10/2008

Fonte: http://jsports.uol.com.br/portal/processa.php?modulo=montasecao&secao=2&materia=74672&pg=1&st=flamengo&mt=o_sempre_insatisfeito_ronaldo_angelim

sábado, 25 de outubro de 2008

‘Bruno não alugou o gol do Fla. Ele é proprietário’, diz Raul



Carlos Mota/GLOBOESPORTE.COM
Bruno autografa camisa para Raul Porém...

Confira a reportagem completa do encontro entre dois dos maiores goleiros da história do Flamengo

Cahê Mota e Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro

Simpatia, bom humor, admiração mútua, respeito e conselhos. Se antes do primeiro encontro Bruno e Raul Plassmann por acaso tinham alguma desconfiança um do outro, ela foi desfeita já no primeiro abraço. Sem esconder a alegria por esse encontro em vermelho, preto e... amarelo, a dupla se encontrou na última sexta-feira em uma churrascaria na Zona Oeste do Rio de Janeiro a convite do GLOBOESPORTE.COM.

- Nunca tinha visto o Bruno. E sempre fica aquela expectativa de saber como será o encontro. Às vezes não acontece aquela empatia. Mas com ele foi ótimo. É uma pessoa muito legal – conta Raul, que retorna a Curitiba neste domingo.

O prato principal do encontro foi o Flamengo. Ídolos do passado e do presente do clube mais popular do país, os dois trocaram elogios.

- Se o Raul é o que é hoje, se ele tem ainda esse respeito é porque ele trabalhou muito. Passou por várias dificuldades e conquistou muitas glórias. Para chegar aonde ele chegou, falta muita coisa. Tenho que conquistar títulos – avisa Bruno.

Apontado no início deste século como o maior goleiro da história do Flamengo, Raul se orgulha por ver seu lugar ocupado por alguém tão talentoso.

- Tem goleiro que chega à pequena área como inquilino, alugando por um ou dois anos. O Bruno chegou como proprietário – conta.

Bruno sorri com os elogios. E se coloca ao lado daqueles que não “toleram” pequenos deslizes embaixo das traves.

- A gente não pode aceitar a falha nunca. Nunca. Eu levo um gol e fico louco. Eu odeio tomar gol – diz, taxativamente.

Confira trechos do encontro entre dois dos maiores goleiros da história do Flamengo:

Camisa amarela:

Bruno: Todo uniforme que eu fazia, não podia jogar. Sempre dava aquele probleminha. O juiz está de preto, o adversário está de branco. Então espera aí. Parei, pensei um pouco e decidi: amarelo. Mas amarelo? Raul. Isaías Tinoco (gerente de futebol) que me falou e achei legal.



Bruno: Estão pegando no meu pé, me chamando de viadinho por causa da camisa amarela. Não pode.

Raul: Juravam que eu era bicha. Até minha mãe falou: “Filho, pode contar para mamãe, mas para o papai não conta, não”. É aquele negócio, jogava de amarelo, tinha cabelo comprido. Ih, ele tem cabelo comprido também (aponta para Bruno). Mas não vai pegar, não. É muito bravo o homem, não tem jeito.

Seleção brasileira e Flamengo:

Raul: Perguntavam se eu não estava chateado por não ser convocado. Quando saiu a lista definitiva para a Copa do Mundo da Espanha (1982) eu, sem programar nada, disse assim: quem joga no Flamengo não sente falta da seleção brasileira.

Bruno: Esse objetivo vai ser alcançado conquistando títulos, jogando mais tempo no Flamengo. Quanto mais partidas eu fizer, vai ser melhor para mim. Então, tenho que aprender muito aqui. E é bom ele (Raul) passar isso para mim porque é um cara mais experiente, que viveu o Flamengo e isso é muito bom. É bom aprender.

Goleiros e os frangos:

Raul: A falha vai acontecer sempre. Ela não pode ser freqüente. Mas sabe o que eu pensei? Acontecia comigo. Pegava uma fase boa, dez jogos com todo mundo falando que eu estava arrebentando. Aí falei: eu sou bom demais. Quando você acha que é o bom, aí vem um lembrete (o erro).

Bruno: Raul tem razão. Com todos os goleiros é assim. A gente menospreza a bola fácil e nem olha para ela, já pensa no contra-ataque, você vai meio disperso e ela acaba passando.

Goleiros artilheiros:

Raul: (Na minha época) não era hábito. E faltou a iniciativa também do goleiro, que era muito submisso. Era apenas aquele pegador de bolas, na verdade. Mas a gente ficava muito intimidado porque olhava para frente e via o Zico, o Pelé. Se eu for lá, o Zico iria falar: está fazendo o que aqui? E também eu não tinha habilidade para fazer uma cobrança. Meu tiro de meta já não era bom. Eu morri de inveja (com o gol de Bruno). Infelizmente não tive essa coragem.

Bruno: Acho isso (fazer gol de pênalti) legal. Apesar de ter falado que o Leo Moura e o Marcelinho (Paraíba) são os cobradores, entrei no clima de festa, estava 4 a 0 e a torcida acabou pedindo. Fiquei na minha, os jogadores me chamaram e foi legal.

Jogar no Flamengo

Raul: Quando houve a eleição dos melhores nos 100 anos de Flamengo eu estava na relação. Mas aquilo já aconteceu. A porta está aberta. Se houver outra eleição dentro de cinco, dez anos, a possibilidade de ocorrer uma mudança é muito grande. E muito mais com a qualidade que o Bruno representa.

Bruno: Se o Raul é o que é hoje, se ele tem ainda esse respeito é porque ele trabalhou muito. Passou por várias dificuldades e conquistou muitas glórias. Para chegar onde ele chegou falta muita coisa. Tenho que conquistar títulos.

Flamengo no Brasileirão de 2008

Bruno: Quero sim ser campeão. É um sonho, tenho muita vontade. A gente tem tudo para chegar. Nosso grupo é muito talentoso e depende só da gente. Temos que esquecer os outros e fazer só a nossa parte.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL836161-9865,00.html

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Fla divulga mensagem sobre manto sagrado

Texto de Nelson Rodrigues sobre camisa rubro-negra é entregue a jornalistas
LANCEPRESS!

O presidente do Flamengo, Márcio Braga, divulgou através da assessoria de imprensa do clube uma mensagem sobre a camisa rubro-negra. A nota, entregue aos jornalistas presentes na Gávea nesta sexta-feira, continha um texto de Nelson Rodrigues - que, curiosamente, era torcedor do rival Fluminense. Confira a mensagem:

A história do manto sagrado

"Para qualquer um, uma camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, abatidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta em arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável"

Nelson Rodrigues

Fonte: http://www.lancenet.com.br/clubes/FLAMENGO/noticias/08-10-24/414009.stm?fla-divulga-mensagem-sobre-manto-sagrado

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Leo Moura agradece aos companheiros por atuação de gala em seu aniversário

Lateral completou 30 anos, marcou um gol e ganhou os parabéns de 30 mil torcedores na arquibancada

Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro
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No dia em que completou 30 anos, Leo Moura ganhou de presente uma festa com direito a chuva de gols, 30 mil espectadores e uma atuação de gala de Obina. Autor do primeiro gol rubro-negro na vitória por 5 a 0 sobre o Coritiba, nesta quinta, no Maracanã, o lateral-direito agradeceu o empenho extra dos companheiros em virtude de seu aniversário.

- Eu pedi um pouquinho mais para eles me darem de presente, e hoje foram muito bem.

Exigente, Ronaldo Angelim reprovou a atuação da equipe no segundo tempo, mas também fez questão de ressaltar a entrega diante do Coxa.

- Fizemos um grande primeiro tempo, caímos um pouco no segundo, mas a equipe foi briosa. Poderíamos ter feito mais gols, mas o time todo está de parabéns.

Com 55 pontos, o Flamengo é o quarto colocado do Brasileirão, é líder do segundo turno, e encara o Vitória, na próxima quarta-feira, no Barradão, em Salvador.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL834497-9865,00.html

Obina supera a tudo e todos e segue como principal avante do Fla

Luciano Paiva, especial para o Pelé.Net

Porém, após alguns momentos complicados, xodó da torcida admite que pensou em deixar o Rubro-Negro

RIO DE JANEIRO - Desde o início desta temporada, um nome sempre é lembrado quando as coisas começam a ficar feias no ataque do Flamengo: Obina. Apesar do rodízio de jogadores na posição, o folclórico centroavante é visto como a solução imediata para a falta de gols.

Com as saídas de Marcinho, que foi para o Qatar no momento em que brigava pela artilharia do Campeonato Brasileiro, de Souza, que foi para a Grécia, e com a grave lesão no braço sofrida por Diego Tardelli, a diretoria do Flamengo reforçou o grupo com Vandinho, maior goleador em atividade no futebol brasileiro quando foi contratado, e Josiel, que foi o artilheiro do Brasileirão de 2006, com 20 gols.
Além destes, Marcelinho Paraíba e Fernandão, que estava em Israel. No entanto, nenhum desses nomes conseguiu acabar com o sono do xodó rubro-negro.
Em entrevista ao UOL Esporte/ Pelé.Net, Obina destaca como conseguiu superar um período de dificuldades para se adaptar à pressão de vestir a camisa do Flamengo. O jogador, que durante ao longo de toda a reportagem não deixou de ser ovacionado um minuto por centenas de crianças, diz que a maior fonte de energia para superar os obstáculos vem dele mesmo.
"Em momento algum fiquei preocupado com as chegadas de novas peças para o ataque da equipe. Até pelo fato de todos terem sido contratados para ajudar o Flamengo, não para ficar com a vaga de titular. Alguns nem tiveram a oportunidade de estrear ainda. O que tenho de fazer é ficar atento para agarrar as minha chances", disse o baiano, de 25 anos, que no Campeonato Brasileiro deste ano já marcou três gols. Com a camisa do Rubro-Negro, o atacante disputou 157 partidas e marcou 43 vezes.
Uma pessoa serena e humilde, Obina chegou à Gávea em um período turbulento, pois o Flamengo andava ameaçado pelo risco claro de rebaixamento para a Segunda Divisão do Brasileirão. Após uma passagem apagada pelo futebol árabe, no Al-Ittihad, o atacante veio para o Rio de Janeiro com status de grande revelação, goleador e promessa do Vitória. Mas nem tudo saiu da maneira como ele planejou no início de sua caminhada no novo clube.
"Eu sempre fui uma pessoa tranqüila. Mas é claro que em determinado momento todas as cobranças me incomodaram demais. Só que eu tinha de acreditar em mim, só eu mesmo poderia fazer isso. Acho que foi desta maneira, mantendo a serenidade, que consegui fazer gols e conquistar títulos importantes", diz o jogador.

Mais maduro, Obina revela que até pensou em deixar o Flamengo por causa das duras críticas ao seu futebol. Além disso, a série de problemas com a balança criou um clima de pura resistência e aceitação por parte da torcida. Mas, nas voltas em que o mundo dá, coube a ele fazer um dos primeiros gols decisivos pelo clube. Na reta final do Campeonato Brasileiro de 2005, em uma partida contra o Paraná, em Curitiba, Obina fez o gol da vitória que assegurou a permanência do Rubro-Negro na elite do futebol nacional.
Porém, o jogador sabe que, na verdade, toda a desconfiança só passou a ser deixada de lado após o primeiro gol da primeira partida decisiva da Copa do Brasil de 2006, contra o Vasco. Foi ele quem abriu o caminho para o bicampeonato da competição, além de recolocar o Rubro-Negro na disputa de mais uma Libertadores da América.
"Realmente pensei em sair, era uma coisa que me deixava muito chateado. Mas a minha família sempre me deu força e me pediram para que continuasse aqui no clube. Uma hora aqueles problemas iriam acabar e as coisas iriam se acertar", destacou o atacante.
"O Cara" do Flamengo
Após se firmar como um verdadeiro símbolo, que tem o seu lugar assegurado no coração do torcedor rubro-negro, Obina sabe exatamente de que a sua responsabilidade aumentou dentro da equipe. Ano após ano, contratação após contratação, o xodó aparece como um verdadeiro highlander entre os que permanecem no clube. Afinal, entrar na equipe em momentos complicados tornou-se a sua especialidade. Ou seja, o jogador já encara esse tipo de coisa com uma certa naturalidade.
"É até engraçado isso mesmo. Só que sou uma pessoa que chama mesmo a responsabilidade. É diferente, pois sempre que entro tenho de levar o peso de ter de fazer os gols da equipe. Até os jogadores aqui dentro brincam comigo em relação a isso. Não tenho medo de errar, não tenho mais temor das vaias. Se na primeira bola que eu pegar, arriscar o chute e isolar, tento outras dez vezes até acertar uma hora", disse Obina, que passou pelo momento mais difícil em sua carreira durante a semifinal da Taça Guanabara de 2007.
Logo no início do clássico, ele recebe uma bola dentro da área cruzmaltina, faz o gol e rompe os ligamentos do joelho esquerdo. Dali em diante, Obina vive um verdadeiro calvário e ficou cinco meses afastado dos gramados.
TÍTULOS:
Campeão baiano pelo Vitória, em 2004
Campeão da Copa do Brasil, em 2006, pelo Flamengo
Bicampeão da Taça Guanabara e Carioca, em 2006 e 2007, pelo Flamengo
MOMENTOS IMPORTANTES:
20/11/2005 - Flamengo 1 x 0 Paraná, em Curitiba. Gol de Obina livra o Flamengo do rebaixamento.
19/07/2006 - Flamengo 2 x 0 Vasco (1º jogo da final da Copa do Brasil). Obina abre o placar.
15/02/2007 - Flamengo 1 x 1 Vasco (semifinal da Taça Guanabara) Obina faz o gol e machuca o joelho esquerdo.
19/07/2007 - Flamengo 1 x 2 Paraná (Obina retorna ao time após lesão)
27/04/2008 - Flamengo 1 x 0 Botafogo (Final do Estadual - 1º jogo). Gol foi de Obina
04/05/2008 - Flamengo 3 x 1 Botafogo (Final do Estadual - 2º jogo). Obina fez dois gols.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/portal//AgenciaFla/Obina-supera-a-tudo-e-todos-e-segue-como-principal-avante-do-Fla

Fla prevê 2009 o maior ano da História com arrecadação de R$ 160 milhões

Diretoria estima arrecadar R$ 31 milhões com venda de jogadores e dá como certa manutenção do patrocínio da Petrobras

Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro

O ano de 2009 começará grandioso no Flamengo. No orçamento apresentado internamente na última terça-feira, o clube estima receber R$ 160 milhões na próxima temporada. O valor é 60% maior do que o previsto para 2008 e o maior da História do Rubro-Negro.

A expectativa é ousada e depende bastante de um bom rendimento dentro de campo. Uma questão que pode preocupar é a venda de direitos econômicos. Neste ano, a previsão era de se conseguir R$ 18 milhões desta forma. A meta para 2009 subiu significativamente e chega a R$ 31 milhões.

Ainda em andamento, as negociações para a renovação de patrocínio com a Petrobras é dada como certa. O mesmo acontece com a substituição do material esportivo. Sairia a Nike, em guerra judicial com o Rubro-Negro, e entraria a Olympikus.

Outrora xodó dos dirigentes, a FlaTV teve as previsões de lucro drasticamente reduzidas e se enquadra na categoria “outros”. No lançamento, a diretoria sugeriu que poderia receber R$ 5 milhões por mês, mas a realidade está a milhões de reais desta meta.

A pouco mais de dois meses para o fim do ano, o orçamento de 2008 deve superar a previsão. Em vez dos R$ 100 milhões, a arrecadação ultrapassou a casa dos R$ 110 milhões e pode crescer ainda mais dependendo das receitas de bilheterias na reta final do Brasileirão.

Confira o orçamento de receitas do Flamengo para 2009

Direitos de televisão – R$ 40 milhões

Fornecedor de material esportivo (Olympikus): R$ 20,6 milhões

Patrocinador (Petrobras): R$ 21 milhões

Bilheteria (renda líquida): R$ 22 milhões

Receitas com quadro social: R$ 8 milhões

Royalties: R$ 10 milhões

Venda de direitos econômicos de atletas: R$ 31 milhões

Outros (incluindo a FlaTV): R$ 7,4 milhões

Total: R$ 160 milhões

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL833041-9865,00.html

Léo Moura - Lateral talentoso e goleador


Leonardo da Silva Moura
De Flapédia
(Redirecionado de Léo Moura)

Biografia

Leonardo Moura começou ainda garoto no Botafogo, e logo teve sua primeira chance na Europa, mais precisamente na Bélgica, e posteriormente, na Holanda. Depois voltou ao Brasil e passou por diversos clubes, entre eles, Fluminense e Vasco, antes de chegar ao Flamengo no meio do ano de 2005.

A partir daí, foram poucos gols mas diversos bons passes e dribles nos mais de cem jogos que o lateral disputou com a camisa do Clube, que o proporcionou seu primeiro título como profissional na carreira: a Copa do Brasil de 2006. Em 2007, conquistou a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca.

Em 2008, o lateral foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira. E conquistou a Taça Guanabara 2008.

Dados
Nome Completo: Leonardo da Silva Moura
Dia do Nascimento: 23 de Outubro de 1978(30 anos)
Nascimento: Niterói (RJ)
Altura: 1,76m
Peso: 65 kg
1° jogo: 12/06/2005 (Corinthians 4 x 2 Flamengo)


Histórico
Anos Time
1996-1999 Botafogo
1999 Linhares ES
1999-2000 GBA-BE
2000-2001 Den Haag-Holanda
2002 Vasco
2002 Palmeiras
2003 São Paulo
2004 Fluminense
2005 Sporting
2005-2008 Flamengo

Títulos
Pelo Flamengo
Copa do Brasil 2006
Taça Guanabara 2007
Campeonato Carioca 2007
Taça Guanabara 2008
Campeonato Carioca 2008
Estatísticas
Ano Jogos Gols Marcados Assistências Cartão Amarelo Cartão Vermelho
2005 32 7 - 4 1
2006 51 2 11 7 0
2007 55 5 13 9 0
2008 50(1) 12 9 6 1
Total 189 26 33 26 2

Última Atualização: 20 de Outubro de 2008

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/L%C3%A9o_Moura

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aniversário de uma conquista - Troféu Brasil-Argentina (35)

Há passados exatos 26 anos o Flamengo levantava mais uma taça pra Gávea. Em partida válida pela Libertadores da América de 1982 no Maracanã, esteve em disputa o Troféu Brasil-Argentina. Resultado: Flamengo campeão.
A ficha técnica do Flamengo foi a seguinte:

C.R. Flamengo 3 x 0 River Plate (ARGENTINA)
Taça Libertadores da América e Troféu Brasil-Argentina
22/10 - Estádio: Monumental de Nuñes - Buenos Aires - Argentina
Time: Cantarele, Leandro, Mozer, Marinho, Júnior, Andrade, Adilio, Zico(Peu), Wilsinho, Nunes e Lico.
Gols: Lico, Zico e Nunes.
(Flamengo campeão do Troféu Brasil-Argentina)

Fonte: http://www.flaestatistica.com/t1982.htm

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fla vence, volta a sonhar com o título e afunda o Vasco na lanterna

Thiago Lavinas
Rio de Janeiro

O Flamengo pode até se dar ao luxo de jogar mal, muito mal. Contra a má fase do Vasco basta. Principalmente com o esforço da defesa cruzmaltina em dar uma mãozinha. Primeiro foi Odvan, que durante os treinos da semana tirou Leandro Amaral da partida com um carrinho desnecessário. E no clássico deste domingo, no Maracanã, Jorge Luiz completou a lambança. Com um gol contra, o zagueiro vascaíno deu de presente a vitória aos rubro-negros.

Com o triunfo por 1 a 0, o Flamengo volta a sonhar com o título brasileiro. O Rubro-negro chega aos 52 pontos e está com quinto lugar. O líder é o Grêmio, com 56. O Vasco agoniza na última posição, com 27 pontos, em uma situação cada vez mais complicada.

O presidente Roberto Dinamite, que assumiu o Vasco em nono lugar no Campeonato Brasileiro prometendo títulos e uma era de vitórias, agora se vê em um momento cada vez mais delicado com o time na lanterna a oito rodadas do fim da competição. Com os resultados deste fim de semana, o time cruzmaltino está quatro pontos atrás da Portuguesa, o primeiro clube fora da zona de rebaixamento. O Vasco não vence há nove jogos no Brasileirão.

Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Goiás, no Serra Dourada, na quarta-feira. Já o Flamengo encara o Coritiba, em casa, na quinta.

Jorge Luiz dá uma força ao Flamengo

O Vasco teve a primeira chance após Allan Kardec sofrer falta na entrada da área. Mas Madson cobrou muito mal em cima da barreira. A resposta veio rápida. Obina, por pouco, não fez o primeiro gol. Mas chegou atrasado na hora de cabecear para sorte do goleiro Rafael, que saiu mal na jogada.

O Flamengo começou errando muitos passes no meio-campo. Mas o Vasco, com suas limitações, não conseguia aproveitar as chances. Com a chuva fina que caia no Maracanã e o campo pesado e escorregadio, os vascaínos tentavam arriscar de longe, mas faltava pontaria.

Aos 13 minutos, Allan Kardec roubou bola no meio e tocou para Baiano. O lateral cruzou para Madson, que dominou e chutou rasteiro. Bruno caiu bem no canto esquerdo e defendeu firme. Logo depois foi a vez de Allan Kardec chutou rasteiro de longe para fora.

O Vasco, mesmo desorganizado, continuava tentando. Aos 20 minutos, Alex Teixeira foi lançado, tirou Fábio Luciano e chutou rasteiro. Bruno defendeu firme.
Aos 25, Mateus cobrou falta e Bruno voltou a segurar sem rebote.

A partir daí o Flamengo começou a melhorar. Marcelinho Paraíba chutou forte de longe, o goleiro Rafael pulou tarde e, para sorte dos vascaínos, a bola foi para fora passando muito perto da trave esquerda.

E quando o fim do primeiro tempo se aproximava, o Vasco deu uma mãozinha para o Flamengo. Jonílson errou passe no meio-campo. Obina recebeu lançamento, se enrolou todo com a defesa do Vasco e, na confusão, Jorge Luiz tocou de bico para trás. A bola entrou no canto esquerdo do goleiro Rafael, que ainda tocou na bola. Gol contra de Jorge Luiz. Flamengo 1 a 0. E o Vasco entrou para o vestiário escutando os gritos de "ão, ão, ão... Segunda Divisão".

Com dez, Flamengo suporta a pressão

O início do segundo tempo foi cheio de passes errados e lances bisonhos. Em campo, o Vasco parecia mais perdido que a diretoria tentando livrar o clube do rebaixamento. Em um ataque, em que havia sete vascaínos contra quatro rubro-negros, os jogadores não sabiam o que fazer com a bola, que acabou indo para fora qualquer perigo. Após o lance, Renato Gaúcho resolveu colocar Wagner Diniz no lugar de Baiano.

Logo depois, Pedrinho entrou no lugar de Mateus. Fabio Luciano foi expulso ao puxar a camisa de Allan Kardec. E o Vasco foi para o tudo ou nada. O zagueiro Eduardo Luiz saiu para a entrada do atacante Pinilla. Aos 25 minutos, Pedrinho cobrou falta e Fernando cabeceou. Bruno fez uma defesa muito difícil e salvou o Flamengo.

Alex Teixeira, que antes da partida disse que a defesa rubro-negra era muito lenta, esteve muito mal e perdeu a maioria das jogadas para os zagueiros. E perdido em campo, como a diretoria fora dele, o Vasco passou a tentar apenas cruzamentos para a área. E as bolas sempre paravam nas mãos de Bruno. Aos 42 minutos, Pinilla dominou e tocou para a área na saída do goleiro rubro-negro. Mas nenhum vascaíno apareceu para completar a bola para a rede.

Foi a segunda derrota da "Era Dinamite" para o rival. No primeiro turno, o Flamengo já havia vencido por 3 a 1. Os rubro-negros seguem com esperança de lutar pelo título brasileiro. Aos vascaínos, só resta começar a rezar.

Ficha técnica:

VASCO O x 1 FLAMENGO
Rafael; Eduardo Luiz (Pinilla), Jorge Luiz e Fernando; Baiano (Wagner Diniz), Jonílson, Mateus (Pedrinho), Madson e Valmir; Alan Kardec e Alex Teixeira. Bruno, Everton (Fierro), Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Leo Moura, Toró, Kleberson, Ibson e Juan; Obina (Josiel) e Marcelinho Paraíba (Dininho).
Técnico: Renato Gaúcho. Técnico: Caio Júnior.
Gol: Jorge Luiz (contra) aos 43 minutos do primeiro tempo;

Renda: R$ 679.117,00

Público: 37.074 pagantes

Cartões amarelos: Fábio Luciano e Juan (Flamengo); Jorge Luiz e Mateus (Vasco)

Cartão vermelho: Fabio Luciano (Flamengo)

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro.

Data: 20/10/2008.

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.

Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Dibert Pedrosa Moisés (MG).

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Brasileirao/Serie_A/0,,MUL804690-9827,00.html

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Aniversário de uma conquista - Taça Guanabara de 1978 (34)



Fonte da foto: http://www.flaestatistica.com/times1978.htm

Hoje completa 30 anos de uma das primeiras de muitas conquistas do maior time da história do lamengo. A Taça Guanabara de 1978 era um presságio de outras glórias a virem em seguida. Mais isso, deixaremos pra adiante. O time campeão daquele ano foi formado por:

C.R. Flamengo 0 x 2 Fluminense (RJ)
Campeonato Estadual - 1º Turno - Taça Guanbara
15/10 - Estádio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Raul, Toninho, Manguito, Nelson, Júnior, Carpegiani, Adilio, Zico, Tita, Claudio Adão e Cleber(Leandro).
( C.R. Flamengo CAMPEÃO )

Fonte: http://www.flaestatistica.com/t1978.htm

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ibson se prepara para encontrar no sábado herói dos tempos de torcedor


Ibson brinca com Hélton até hoje graças ao gol de Pet

Volante do Flamengo recorda do gol do tri marcado por Petkovic e pede: ‘Temos de evitar as faltas perto da área’

Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro

Ibson ainda era menor de idade quando Petkovic cobrou falta no ângulo esquerdo de Hélton e garantiu o tricampeonato estadual do Flamengo sobre o Vasco, em 2001. Pouco mais de sete anos depois, o volante é um dos protagonistas do time rubro-negro e terá a chance de duelar com um dos heróis de sua adolescência, neste sábado. Pet está confirmado na equipe titular do Atlético-MG que jogará no Maracanã.

- Aluguei um telão lá em São Gonçalo e assisti ao jogo com o pessoal. Inclusive, o goleiro Diego. Vibrei muito. Foi uma vitória espetacular – diz o volante.

Aquele gol também garantiu a Ibson um “argumento” a mais para implicar com um amigo que fez nos tempos de Portugal. Justamente o goleiro Hélton.

- O Pet me deu um bom motivo para zoar o Hélton. Sempre brinco com ele sobre o lance – diz.

Para o encontro de sábado, o volante do Fla pede atenção especial justamente às jogadas de bola parada.

- Temos de evitar as faltas perto da área.

No primeiro turno, Flamengo e Atlético-MG empataram por 1 a 1, no Mineirão. Petkovic iniciou a jogada que terminou no gol do Galo.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL792955-9865,00.html

Aniversário de uma conquista - Estadual de 1943 (33)


Os campeões de 1943.
Fonte da foto: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Imagem:Campe%C3%A3o_Carioca_-_1943.jpg

Fonte da foto: http://www.flaestatistica.com/times1943.htm

Hoje faz 65 anos que o Flamengo conquistava o Estadual de 1943. A equipe formada naquele anos era a base daquela formada no ano passado - 1942. Foi um dos melhores times do mengão de toda a sua história. Craques imortais, eternos ídolos, como no caso de Domingos da Guia, Zizinho e Pirilo.

Último Jogo: Flamengo 5 x 0 Bangu
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 10/10/1943
Estádio: Gávea
Time: Jurandir, Domingos, Newton, Biguá, Bria, Jaime, Jacy, Zizinho, Pirilo, Perácio e Vevé.
Gols do Flamengo: Perácio(3) e Pirilo(2).
Obs.: Flamengo Campeão Carioca

Flamengo
Elenco

Jurandir
Luís Borracha
Quirino
Biguá
Norival
Domingos da Guia
Newton
Artigas
Jaime
Bria
Volante
Jacy
Nilo
Zizinho
Pirilo
Vevê
Nandinho
Jarbas Batista
Alarcon
Tião
Perácio

Técnico: Flávio Costa.

Artilheiros do Time

Perácio, artilheiro do time no campeonato1º lugar: Perácio(14 gols)
2º lugar: Pirilo (12 gols)
3º lugar: Vevê (9 gols)
4º lugar: Zizinho (7 gols)
6º lugar: Tião (4 gols)
7º lugar: Nilo (3 gols)
8º lugar: Nandinho (1 gol)
8º lugar: Jacy (1 gol)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Campeonato_Carioca_1943

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Em casa, quem manda é o Mengão!

Flamengo não sofre derrotas há mais de dois meses (cinco jogos) no Maracanã

Eduardo Lacombe e Rafael Ruivo


Rio de Janeiro - O Maracanã é a casa do Flamengo. E é por ter a frase como dogma que a partida de sábado, contra o Atlético-MG, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, pode ser mais um passo na manutenção de uma invencibilidade de mais de dois meses no estádio, onde o time não é derrotado há cinco partidas.

A última derrota aconteceu no início de agosto, para o Cruzeiro. De lá para cá foram cinco jogos, com quatro vitórias (Atlético-PR, Grêmio, Ipatinga e Sport), além de um empate (Fluminense). Ao mesmo tempo, neste período, o Atlético-MG não vence como visitante. A última vitória foi sobre o Santos, na Vila Belmiro.

O bom momento que o Flamengo vive no Campeonato Brasileiro e a expectativa de reviver, este ano, a arrancada que empolgou a torcida no ano passado, reflete-se na busca pelos ingressos para sábado. Até a tarde de ontem, mais de 25 mil já estavam vendidos. E a vitória sobre o Náutico, na última rodada, aumentou ainda mais a expectativa de público para esta partida. Ao todo, 68.630 mil ingressos estão à venda.

O próprio técnico Caio Júnior faz as contas e diz que o Flamengo precisará vencer sete dos 10 jogos que disputará até o final do Campeonato Brasileiro, em sete de dezembro. E desses 10 jogos, sete serã no Maracanã: Atlético-MG, Vasco, Coritiba, Portuguesa, Botafogo, Palmeiras e Goiás. Fora do Rio, apenas três: Vitória, Cruzeiro e Atlético-PR.

O Flamengo ocupou a liderança do Campeonato na primeira e da quinta à 13ª rodadas. A partir daí, oscilou entre a quinta e sétima colocações, até que, na 26ª, não deixou a quarta posição.

Dos 45 gols que a equipe marcou nos 28 jogos (média de 1,6 gol/partida), sete foram marcados por Marcinho e três por Souza, dupla de ataque negociada em meados do ano.

Patrocínio

Ontem, o presidente Marcio Braga reuniu-se com Wilson Santa Rosa, diretor da Petrobras, e, segundo ele, deixou encaminhada a renovação do contrato.

“Vamos continuar juntos por muito tempo”, garante.


Publicada em: 09/10/2008

Fonte: http://jsports.uol.com.br/portal/processa.php?modulo=montasecao&secao=2&materia=73911&pg=1&st=flamengo&mt=em_casa_quem_manda_eeacute_o_mengeatildeo

sábado, 4 de outubro de 2008

Com direito a golaço de Leo Moura, Fla vence o Náutico nos Aflitos

Marcelinho Paraíba, de pênalti, também brilha na vitória por 2 a 0. Timbu segue em perigo, na 15ª posição


Marcelinho Paraíba chamou e alugou um ônibus para 28 convidados assistirem ao seu retorno ao Nordeste depois de oito anos. E, mesmo sem ter uma atuação brilhante, o atacante presenteou amigos e a torcida do Flamengo com um gol na sofrida vitória por 2 a 0 sobre o Náutico, no estádio dos Aflitos, pela 28ª rodada do Brasileirão, neste sábado. Leo Moura, com um golaço, deu números finais ao jogo no finzinho quando o Fla sofria enorme pressão.

Os três pontos que arrancou fora de casa “salvaram” os cariocas na disputa pelo título e o mantiveram na quarta posição, com 49 pontos. Em uma rodada em que todos os cinco primeiros colocados venceram, um tropeço no Recife tiraria a equipe do G-4.

Agora, o Fla parte para uma seqüência de três jogos no Maracanã contra Atlético-MG, Vasco e Coritiba. O primeiro deles será no próximo sábado. O Náutico tem muito que lamentar. Depois de um primeiro tempo apático, os pernambucanos melhoraram e só não conseguiram o empate por causa da ansiedade na finalização. O tropeço em casa deixa o Timbu com 30 pontos, em 15º lugar, apenas dois acima da zona de rebaixamento. O próximo compromisso será quinta-feira, contra o São Paulo, no Morumbi.

Fla vai ataque nos Aflitos

Pressionado pelos resultados positivos dos concorrentes Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro e São Paulo, o Flamengo tomou o controle da partida. Logo aos 2 minutos, Marcelinho Paraíba cobrou falta lateral, o goleiro Eduardo se enrolou e espalmou para escanteio.

O Náutico teve uma rodada favorável com os tropeços de Fluminense, Ipatinga, Portuguesa e Atlético-MG. E por isso entrou em campo “relaxado”, apesar do estádio lotado.

Os vacilos foram castigados aos 16 minutos. Marcelinho Paraíba recebeu de Ibson e encontrou Vandinho dentro da área. O atacante driblou o goleiro Eduardo e foi derrubado. O árbitro Sálvio Spinola marcou o pênalti, mas deu apenas cartão amarelo para o camisa 1 do Timbu, mesmo ele sendo o último homem.

Marcelinho Paraíba pediu ao cobrador oficial do Flamengo, Leo Moura, para bater. E não decepcionou. Jogou no canto esquerdo de Eduardo e abriu o placar. Na comemoração, correu o campo todo para festejar com a torcida rubro-negra e os parentes, que vieram de Campina Grande-PB especialmente para acompanhar a partida.

O zagueiro Everaldo colaborou e entregou a bola nos pés de Vandinho, aos 22. Mas o atacante driblou Eduardo e ficou sem ângulo para finalizar.

O alvo da irritação dos torcedores variava entre o time alvirrubro e o árbitro. Os anfitriões passaram a insistir nos chutes de fora da área, mas sem a força necessária para assustar Bruno.

O Flamengo passou a errar passes no campo ofensivo e permitiu que os anfitriões pressionassem. Mas Toró, em noite inspirada, fez importantes desarmes. Em uma saída esperta de Bruno, aos 38 minutos, Vandinho ganhou do zagueiro e chutou. Eduardo fez ótima defesa e espalmou para escanteio.

Timbu pressiona no segundo tempo

O Náutico voltou do intervalo com Derley e Felipe nos lugares de Valdeir e Kuki e melhorou. Aos 10, Felipe recebeu de Adriano na ponta direita e chutou cruzado, perto da trave de Bruno.

Se no primeiro tempo os visitantes tiveram como ponto forte a saída de bola, na etapa final os chutões para frente fizeram com que a equipe fosse pressionada. Derley chutou forte da entrada da área e a bola passou sobre o travessão de Bruno, aos 20.

A pressão continuou e Clodoaldo, aos 25, na pequena área, desviou fraco e facilitou a defesa de Bruno. Em um dos poucos contra-ataques do Fla, Vandinho finalizou sobre o gol de Eduardo, aos 30. E o Náutico continuou na busca do empate: aos 38, William arriscou de fora da área, mas mandou por cima, sem perigo para o goleiro rubro-negro.

Mas, aos 41, Leo Moura fez um golaço de fora da área ao acertar a bola no ângulo de Eduardo. Aos 46, Felipe ainda perdeu um pênalti, cometido por Juan em William, ao cobrar para fora. Festa rubro-negra nos Aflitos, e um balde de água gelada na reação do Timbu.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Futebol/0,,CCF22576-9825,00.html

Alfredinho - artilheiro desconhecido



Alfredo Willemsens

Biografia
103 gols em 106 jogos. Esta é a marca de Alfredo Willemsens, o Alfredinho em sua passagem de quatro anos pelo Flamengo. Apesar de não ter ganho títulos importantes, marcou época no Rubro-Negro. Foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1934, e tem até hoje uma das melhores médias de gols da história do Clube.

Dados
Nome Completo: Alfredo Willemsens
Apelido: Alfredinho
Data de Nascimento: 4 de Outubro de 1907
Local: Rio de Janeiro (RJ)
Posição: Atacante
Nº Jogos: 106
N º Gols: 103

Histórico
Anos Time
1934-1937 Flamengo

Títulos
Pelo Flamengo
Torneio Aberto do Rio de Janeiro: 1934
Torneio Extra do Rio de Janeiro: 1936

Estatísticas

Ano Jogos Gols
1934 33 28
1935 33 28
1936 39 45
1937 1 2
Total 106 103

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Alfredo_Willemsens

Marcelinho Paraíba aluga ônibus para familiares assistirem ao jogo


Torcida do Fla em Recife é grande
Jefferson Vieira/Divulgação

Marcelinho Paraíba aluga ônibus para familiares assistirem ao jogo
Parentes de Ronaldo Angelim também estarão no estádio dos Aflitos

Eduardo Peixoto
Direto do Recife

Depois de quase dez anos, Marcelinho Paraíba volta a jogar na região em que nasceu. E o reencontro com o Nordeste será celebrado em grande estilo. O atacante do Flamengo alugou um ônibus para levar parentes e amigos de Campina Grande-PB, sua cidade natal, a Recife. A comitiva chega à capital pernambucana neste sábado para assistir ao jogo contra o Náutico, às 18h20m, no estádio dos Aflitos.

Outro jogador que terá força extra nas arquibancadas será Ronaldo Angelim. Familiares do zagueiro virão de Juazeiro-CE especialmente para a partida.

Além das “torcidas personalizadas”, o Flamengo deve contar com o apoio de mais de três mil torcedores nos Aflitos. A Fla-Recife reservou um ônibus e uma van para sair em caravana do hotel em que a delegação está hospedada até o estádio.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL784864-9865,00.html

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fla-Recife promete apitaço nos Aflitos

Mesmo com direito a apenas 10% dos ingressos do jogo de sábado, torcedores querem incomodar equipe local

Rodrigo Benchimol
ENVIADO ESPECIAL EM RECIFE (PE)


O espaço que a torcida do Flamengo terá nos Aflitos é apenas 10% da capacidade do estádio. A maioria da arquibancada será mesmo do Náutico. Mas os cerca de dois mil torcedores rubro-negros prometem fazer muito barulho neste sábado. Só a Fla-Recife, por exemplo, comprará mil apitos para distribuir durante o jogo. Além dela, outras torcidas como a Fla-Fortal, Fla-Bahia, Fla-Natal, Fla Manguaça-RN, Fla-Glória (de Sergipe) e Raça-Fla de Maceió já confirmaram presença.

– Tudo será feito para que o Flamengo se sinta em casa – disse Marcos Quintanilha, diretor da Fla-Recife.

E, com certeza, o Flamengo tem motivos para se sentir assim em Pernambuco. O simples fato de ser uma cidade nordestina já lhe dá essa condição. Afinal, são cerca de 12 milhões de rubro-negros no Nordeste todo (ou 23,8%) segundo pesquisa feita pelo Ibope em 2003. O Corinthians aparece na segunda posição, com 8,7%.

Por aqui, porém, as três maiores torcidas são do Sport, Santa Cruz e Náutico. O Flamengo aparece logo na quarta posição. Mas este não é o único fator para que o time se sinta em casa, em Recife. Pra começar, o desembarque da delegação rubro-negra no início da madruga foi calorosa. Algumas dezenas de torcedores recepcionaram o time no aeroporto.

Mas durante a tarde foi possível perceber que o Flamengo desperta os sentimentos de rivalidade – muitos do Sport, que ainda discute com o Fla quem foi o campeão do Brasileiro de 87 – e amor dentro da cidade.

Enquanto o LANCE! fotografava os integrantes da Fla-Recife, na praia de Boa Viagem (um dos cartões postais da cidade), muitos carros passaram buzinando. A maioria para provocar os rubro-negros. Mas uma parte para manifestar sua paixão.

A cena chamou tanta atenção de quem passava, que os moradores de um prédio na orla também participaram: uma família numa varanda começou a gritar e acenar com bandeiras e camisas do Fla.

Mesmo tendo apenas 2.600 lugares nos Aflitos, a torcida do Flamengo promete incomodar.

Fonte: http://www.lancenet.com.br/clubes/FLAMENGO/noticias/08-10-03/397813.stm?fla-recife-promete-apitaco-nos-aflitos

Luisinho Lemos - goleador rubro-negro


Luisinho Lemos - Revista Placar

Luís Alberto da Silva Lemos

Biografia

Três anos, 160 partidas e 82 gols, média de mais de um gol a cada dois jogos. Esta é a trajetória de Luisinho Lemos no Flamengo. Artilheiro natural da cidade de Niterói, jogou no Clube de 1975 a 1977, e apesar dos muitos gols, não conquistou nenhum título.

Irmão de Caio Cambalhota e de César Lemos, outros centro-avantes que fizeram história no futebol brasileiro, jogou no América em 1973 e 1974 e de 1982 a 1984, tornando-se o maior artilheiro da história do clube rubro com 311 gols e sagrando-se campeão da Taça Guanabara de 1974 e da Taça Rio em 1982.

"Tombo" jogou ainda com destaque no Internacional, no Botafogo e no Palmeiras. Ainda atuou em outros países, como na Espanha, México e Catar.

Dados
Nome Completo: Luís Alberto da Silva Lemos
Apelido: Luisinho Lemos
Data de Nascimento: 3 de Outubro de 1951
Local: Niterói (RJ)
Posição: Atacante
Nº Jogos: 160
N º Gols: 82

Histórico
Anos Time
1973-1974 América
1975-1977 Flamengo
1977-1978 Internacional
1978-1979 Botafogo
1982-1984 América
1984-1985 Palmeiras
1991 América

Títulos
América

Taça Guanabara: 1974
Taça Rio: 1982

Pelo Flamengo
Não conquistou títulos oficiais.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Luisinho_Lemos

Recife, cidade nordestina onde ser torcedor flamenguista não é fácil


Torcida do Flamengo marcou presença no aeroporto para receber o time rubro-negro

Capital pernambucana é um dos únicos lugares do Nordeste em que os torcedores do Rubro-Negro carioca são exceção

Eduardo Peixoto
Direto de Recife

Sempre que visita o Nordeste, o Flamengo se sente em casa. No Recife não será diferente. Porém, ao contrário da maioria das capitais da região, a principal cidade de Pernambuco é um ambiente quase hostil aos flamenguistas.

Há predomínio quase total dos três clubes locais, Sport, Santa Cruz e Náutico. E a forte rivalidade criada entre o Fla e o Leão pernambucano por causa do Brasileiro de 1987 dificulta ainda mais a tarefa.

- Aqui é difícil ser torcedor do Flamengo. Sofremos muito porque os torcedores do Sport têm uma rivalidade muito grande conosco e não toleram que torçamos por uma equipe de fora do estado – diz o presidente da Fla Recife, Marcos Quintanilha.

Apesar dos problemas, eles permanecem firmes e fortes. Criaram uma sede numa área militar do Recife, onde se reúnem para assistir aos jogos. Na partida de sábado, contra o Náutico, no Aflitos, os 2.600 ingressos destinados aos flamenguistas estão quase esgotados.

No dia do jogo, caravanas de outras cidades nordestinas, como João Pessoa e Maceió, devem aumentar o contingente de torcedores do Flamengo no estádio.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL783398-9865,00.html

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Marquinhos - meia talentoso

Marcos Correia dos Santos
Biografia

Marcos Correia dos Santos começou sua carreira no Flamengo, onde conquistou bastante títulos.


Depois passou por Palmeiras, Bahia, Colo-Colo (Chile), Portuguesa SP, Ponte Preta, Guarani, América RN, América RJ e finalmente o Madureira, onde disputou o estadual do Rio de Janeiro em 2006.


Depois de passar pelo futebol brasiliense, atualmente está jogando no Olaria do Rio de Janeiro.



Dados

Nome Completo: Marcos Correia dos Santos
Dia do Nascimento: 2 de Outubro de 1971
Nascimento: Rio de Janeiro(RJ)
Posição: Meia
Número de Partidas pelo Fla: 335
Número de Gols: 27


Títulos

Pelo Flamengo
1989
. Campeão da Taça Guanabara
. Campeão do Torneio Internacional de Hamburgo ( Alemanha )
. Campeão Do Troféu Clássico das Multidões (RJ)
. Campeão do Troféu Seis Anos da TV Manchete (RJ)



1990
. Campeão do Torneio de Verão de Nova Friburgo (RJ)
. Campeão da Copa Sharp ( Japão )
. Campeão da Marlboro Cup ( USA )
. Campeão da Copa do Brasil
. Campeão da Taça Associação dos Cronistas Esportivos de Sergipe
. Campeão do Torneio Quadrangular de Varginha (MG)



1991
. Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro
. Campeão da Taça Estado do Rio de Janeiro
. Campeão da Taça Rio
. Campeão Estadual de Futebol



1992
. Campeão Brasileiro de Futebol
. Campeão da Taça dos Campeões Brasileiros ( Taça Brahma - PR)
. Campeão do Troféu ECO-92 (RJ)



1993
. Campeão do Torneio Libertad ( Argentina )
. Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro
. Campeão do Troféu Raul Plasman (RJ)



1994
. Campeão do Torneio Internacional de Kuala Lumpur ( Malásia )
. Campeão da Pepsi Cup'94 ( Japão )



1995
. Campeão da Taça Guanabara



Estatísticas
Ano Jogos Gols
1988 2 0
1989 29 1
1990 9 0
1991 45 6
1992 44 5
1993 76 6
1994 53 2
1995 67 7
Total 335 27

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Marquinhos

Marquinhos - mais um talento criado na Gávea

Marcos Correia dos Santos
Biografia

Marcos Correia dos Santos começou sua carreira no Flamengo, onde conquistou bastante títulos.


Depois passou por Palmeiras, Bahia, Colo-Colo (Chile), Portuguesa SP, Ponte Preta, Guarani, América RN, América RJ e finalmente o Madureira, onde disputou o estadual do Rio de Janeiro em 2006.


Depois de passar pelo futebol brasiliense, atualmente está jogando no Olaria do Rio de Janeiro.

Dados

Nome Completo: Marcos Correia dos Santos
Dia do Nascimento: 2 de Outubro de 1971
Nascimento: Rio de Janeiro(RJ)
Posição: Meia
Número de Partidas pelo Fla: 335
Número de Gols: 27


Títulos

Pelo Flamengo
1989
. Campeão da Taça Guanabara
. Campeão do Torneio Internacional de Hamburgo ( Alemanha )
. Campeão Do Troféu Clássico das Multidões (RJ)
. Campeão do Troféu Seis Anos da TV Manchete (RJ)



1990
. Campeão do Torneio de Verão de Nova Friburgo (RJ)
. Campeão da Copa Sharp ( Japão )
. Campeão da Marlboro Cup ( USA )
. Campeão da Copa do Brasil
. Campeão da Taça Associação dos Cronistas Esportivos de Sergipe
. Campeão do Torneio Quadrangular de Varginha (MG)



1991
. Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro
. Campeão da Taça Estado do Rio de Janeiro
. Campeão da Taça Rio
. Campeão Estadual de Futebol



1992
. Campeão Brasileiro de Futebol
. Campeão da Taça dos Campeões Brasileiros ( Taça Brahma - PR)
. Campeão do Troféu ECO-92 (RJ)



1993
. Campeão do Torneio Libertad ( Argentina )
. Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro
. Campeão do Troféu Raul Plasman (RJ)



1994
. Campeão do Torneio Internacional de Kuala Lumpur ( Malásia )
. Campeão da Pepsi Cup'94 ( Japão )



1995
. Campeão da Taça Guanabara



Estatísticas
Ano Jogos Gols
1988 2 0
1989 29 1
1990 9 0
1991 45 6
1992 44 5
1993 76 6
1994 53 2
1995 67 7
Total 335 27

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Marquinhos

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Flamengo, um amor à distância



Maracanã Potiguar

Texto de Lucas Mesquita

Torcida Fla Natal

"O Rio foi seu berço, mas sua casa é o Brasil. Sua camisa vermelha e preta viaja de canoa pelos igarapés; galopa pelas coxilhas; caminha pelos sertões; colore todas as praias; está nos barracos das favelas e nas coberturas triplex. Quem é?", como disse o grande Ruy Castro nesse belo texto acima, o Flamengo é uma Nação, que tem torcedores em todos os estados do país, sendo maioria em vários deles, inclusive no Rio Grande do Norte, onde moro.
Há quem critique quem torça por clubes de outros estados: "Tanta gente torcendo pra um time de fora do estado. Isso é uma vergonha!", é o que alguns alienados dizem, mas perdoai-vos, eles não sabem o que é ser Flamengo, um clube que nasceu no Rio, mas que tem 80 % da torcida em outros estados e desperta paixões até de muitos estrangeiros. Motivo? Alguns dizem que foi a Rádio Nacional, que transmitiu para todo o país jogos memoráveis do Mais Querido, mas eu não. Digo que é paixão.
O Flamengo tem tanta torcida porque é o time que mais apaixona, que emociona. O Rubro-Negro não fica feliz só porque o time ganha, mas porque a torcida dá show. Como dizem por aí: "O Flamengo não é um time que tem uma torcida, é uma torcida que tem o time". É uma verdadeira Nação, que sem os torcedores de fora do Rio de Janeiro não seria tão grandiosa.



Enfim, não serei eu, um mero rubro-negro que acompanha o Flamengo de longe, mas torce como se estivesse no Maracanã, que irei explicar toda a paixão que esse clube desperta em milhões de pessoas mundo afora. Esse texto tem apenas o objetivo de mostrar como é torcer pro maior clube do mundo de tão longe, de um pequeno grande bar em Natal-RN, onde centenas de rubro-negros se reúnem uma ou duas vezes por semana para cantar e vibrar pelo nosso Mengão.





Assistir a um jogo do Flamengo a três mil km de do Rio de Janeiro é, sem dúvidas, diferente de ver na arquibancada do Maracanã. Já tive essa experiência, e posso dizer que nada se compara à emoção de cantar junto com a Nação no Maior do Mundo. O sofrimento, o nervosismo e a alegria, porém, não são muito diferentes. O rubro-negro do barzinho em Natal-RN não é menos apaixonado que o da arquibancada verde, não sofre nem comemora menos.

Acompanhar o time de tão longe às vezes é frustrante, porque vendo o show da torcida, sempre dá vontade de estar no Maracanã. Talvez por isso, o bar se transforme em uma espécie de "Maracanã Potiguar (do Rio Grande do Norte)". Centenas de rubro-negros, com camisas, faixas, bandeiras, bateria (repique e surdo) e bandeirão, cantam, gritam, xingam e vibram como se estivessem no estádio, como se os jogadores pudessem escutar. Tem até torcidas organizadas : Fla-Manguaça Botequim Natal e Flamigos.
Quando o time entrou em campo contra o Sport, no último sábado, a festa foi contagiante, como sempre. Todos cantavam no bar lotado. Tinha até imagem de São Judas Tadeu em cima da televisão. As centenas de rubro-negros fanáticos se espremiam nas cadeiras para pegar o melhor ângulo na TV, mas sempre passava um garçom na frente quando tinha algum lance importante.
Assim como no Maraca, existem vários tipos de torcedores. Os corneteiros começaram desde cedo. "Não era pro Caio Jr. escalar o Josiel", disse um deles, provocando a ira do anti-corneta: "Cala a boca, o jogo nem começou ainda e você já ta torcendo contra?". Tem o pessimista que vai logo dizendo que "Jogando essa bolinha não chega a lugar nenhum". O otimista vê tudo e percebe que o time ta jogando com muita raça, e que a vitória era iminente. Quase nada naquele primeiro tempo era unanimidade, só o pênalti claro no Juan que o juizão deu falta fora da área. "Ladrão safado!" foi a única expressão publicável dita naquele bar.
O intevalo chegou rápido, e todos aliviaram a tensão com muita cerveja e fizeram previsões sobre o segundo tempo. "Esse jogo está complicado. Os jogadores estão com muita raça e vontade de vencer, mas não estão conseguindo agredir o Sport, nem chegar perto do gol", era a análise geral, mas no fundo, todos acreditavam na vitória. "Uma hora o gol vai sair".
E o gol não demorou, mas saiu do lado errado. "Porra Bruno, engoliu mais um frango!", disseram quando nosso camisa um saiu do gol parecendo um bêbado na terça-feira de carnaval. Era o fim do sonho do hexa. Parecia que o caos estava instalado, mas não. Muitos palavrões depois, vieram os gritos de incentivo. Assim, como os 43 mil guerreiros que estavam no Maracanã, os pouco mais de cem apaixonados naquele distante bar continuaram acreditando, e torcendo muito.
A impaciência era enorme a cada passe errado, mas não maior do que o grito de gol quando nosso marrentinho que veste a camisa seis fez tabela genial com o herói que acabara de entrar em campo e tocou por baixo das pernas do magro goleiro do Sport, que não tomava gols a uma porrada de jogos. "Vamos Flamengo", "Oh Meu Mengão" e "Vamo virar Mengo" eram as únicas coisas que eu pensava naquele momento.
E o time foi pra cima, debaixo de um dilúvio, na raça e na vontade, empurrado pela maior e melhor torcida do mundo. No bar tinham os conformistas, que se contentavam com empate, mas a maioria tava gritando muito, e rezando pelo gol da virada. Ele tinha que vir. O Sport se recuava, tava vencido, tremendo de medo. Parecia uma criança com medo de um pitbull.
Então, no último minuto, a rede balança. Eu não vi nada, só fiz pular e gritar e subir na cadeira. Mesas caiam; cerveja voavam; pessoas se jogavam no chão. Era um milagre, o Mengão voltava a brigar pelo título. Só no replay vi que o gol foi do Vandinho no belo cruzamento do Marcelinho. "Foi o gol do título", gritava o profeta da mesa ao lado. E todos fizeram uma grande festa, daquelas que só a nação sabe fazer. "Que torcida é essa?".
No final do jogo a torcida foi pro meio da rua comemorar aquela vitória épica. Uma verdadeira escola de samba, com repique, surdo, pandeiro e tan-tan, foi formada, para desespero dos vizinhos. O anti-corneta xingava quem não tava acreditando no time, mas todos comemoravam juntos, como uma nação, aos gritos de "Dá-lhe, da-lhe, da-lhe Mengo, seremos campeões!"
Sábado que vem, grande parte desses rubro-negros estará em Recife, em mais uma invasão flamenga. Outros estarão em casa, ou em milhares de bares como esses, que existem no Rio, em Natal e até em Nova York ou Londres, e que se transformam em verdadeiros maracanãs quando o time mais apaixonante do mundo entra em campo.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/portal//AgenciaFla/Flamengo-um-amor-a-distancia