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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um presente de Natal

A conquista do hexa se confunde com a trajetória de Leonardo Moura: uma história com final feliz

POR JANIR JÚNIOR

Rio - Foi um presente de Natal, uma história com final feliz. O hexacampeonato do Flamengo começou a ser desenhado e escrito antes das 17h do domingo, dia 6 de dezembro. Na véspera do jogo decisivo contra o Grêmio, na concentração da Granja Comary, em Teresópolis, Leonardo Moura acordou cedo e contagiado pelas boas energias que emanavam de Adriano, Andrade e todos os jogadores. Aquele momento precisava ser registrado. Nas palavras do lateral-direito, Deus escreveu certo e não foi por linhas tortas, mas sim traçadas para um final feliz.

“Acordamos no sábado com sentimento positivo. Tudo o que passava pela minha cabeça e coração precisava ser documentado para jamais ser esquecido. Escrevi e foi como um filme que passou pela cabeça”, revela Léo Moura, que trocou o papel e a caneta pela modernidade do Itouch.

O jogador diz que no futebol logo fica claro quando a coisa não vai funcionar. Em momento algum esse sentimento pairou no ar. Na véspera do jogo, com a forte chuva em Teresópolis, uma simples brincadeira num jogo de basquete fez a alegria dos jogadores, que riam, se abraçavam e previam que o melhor estava por vir.

“Nós jogadores passamos muito tempo juntos. Todo clima era positivo. Para toda aquela alegria ser completa faltava o título, que era importante para todos nós. E aconteceu”, desabafa Léo Moura.

A história particular do jogador não foi apenas flores. Com o técnico Cuca restaram espinhos desde que Léo Moura tomou conhecimento que o treinador o criticava nos bastidores. E teve reflexo nas arquibancadas: o lateral que alternava altos e baixos começou a ser perseguido por parte da torcida. No jogo contra o Náutico, a relação estremeceu de vez.

Vaiado, Léo Moura marcou um gol e diante das câmeras de TV feriu a Nação ao gritar: “Vai .... Cambada de f.d.p”. Hoje, a explicação é de um casal em briga. “É um caso de amor com o Flamengo e a torcida. Namorados não brigam? Casal briga. Serviu como lição”.

A história de Léo Moura começou a ser escrita bem antes da decisão. Quando o árbitro apitou o fim do jogo, Léo Moura lembrou da família, das filhas Isabella e Maria Eduarda e dos tempos de criança na Vila Kennedy, quando acordava cedo e pegava ônibus para ir treinar. O Natal será na comunidade da Zona Oeste. Um fim de ano feliz e que remete o jogador ao começo de sua história. Uma historia com final feliz.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/ataque/flamengo/html/2009/12/um_presente_de_natal_52942.html

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