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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Primeira década do século XXI foi de conquistas rubro-negras



Pet é o símbolo da década: brilhou em 2001 e 09

Flamengo se tornou potência em diversos esportes, além de reassumir hegemonia no futebol

Da equipe do site oficial

O "boom do milênio" passou e o Flamengo chega ao final da primeira década do século XXI ainda mais vencedor. De 2001 a 2010, o Rubro-negro colecionou diversas marcas e títulos que engrandecem sua história. Não só no futebol, como também nas modalidades olímpicas. Foram conquistas de âmbito estadual, nacional e continental, que ficarão eternizadas na história do clube mais querido do Brasil e, é claro, na memória de toda a Nação Rubro-Negra.

Em campo, os títulos foram muitos: no Rio, hegemonia total. Cinco Estaduais em dez anos, além do fato de assumir o posto de maior vencedor da história do futebol carioca, com 31 troféus. Entre estas conquistas, dois tricampeonatos, uma que começou em 1999 e terminou em 2001, além de 2007 a 2009. No Brasil, dois títulos: a Copa do Brasil de 2006 e o Brasileiro de 2009, além de dois vice campeonatos da Copa do Brasil, em 2003 e 2004, e a conquista da Copa dos Campeões, de 2001. O clube ainda voltou a disputar a Taça Libertadores, em 2002, 2007 e 2008.

O Flamengo contratou grandes jogadores ao longo destes dez anos. Entre eles, Adriano, Petkovic, Vagner Love, Bruno, Fabio Luciano, Ronaldo Angelim, Leonardo Moura, Edílson, Juninho Paulista, Gamarra, Liedson, Felipe, Fernando Baiano, Renato, Obina e Juan. Além de ter revelado nomes como Julio Cesar, Juan, Reinaldo, Felipe Melo, Athirson, Jônatas, Renato Augusto, Ibson, Airton e Diego Maurício.

Com tantas glórias, esta década, em número de conquistas, só ficou atrás da Geração de Ouro, dos anos 80, que faturou quatro brasileiros, a Libertadores, o Mundial e dois cariocas. Os números dos anos 90 se assemelham bastante ao dos 2000. Foram quatro estaduais, um Brasileiro e uma Copa do Brasil, além da Copa Mercosul e da Copa Ouro Sul-Americana.

Esportes Olímpicos - Nas quadras, o time conquistou dois Campeonatos Cariocas de Futsal, além de ter se tornado a maior potência brasileira de basquete, faturando sete Estaduais, sendo seis deles de forma consecutiva, dois Nacionais e um Sul-Americano. Vestiram o manto rubro-negro no basquete craques como Oscar Schmidt e Marcelinho, dois ícones da seleção brasileira da modalidade.

O Rubro-Negro ainda foi campeão brasileiro de vôlei feminino, liderado por duas rubro-negras de carteirinha, Virna e Leila. Na modalidade que o gerou, o Rubro-Negro também foi vitorioso, conquistando seis vezes o Campeonato Carioca de Remo. Na ginástica, Diego Hypólito, Danielle Hypólito e Jade Barbosa se destacaram cada vez mais.

O vermelho e o preto também reinaram na piscina. Foram sete títulos brasileiros e um sul-americano no Nado Sincronizado. O clube conquistou ainda cinco cariocas, um Troféu Brasil e dois títulos do Troféu José Finkel de natação. Em 2010, o Trio de Auburn, com Cesar Cielo, Henrique Barbosa e Nicholas dos Santos recuperou os bons resultados para a natação rubro-negra. No pólo aquático, novas conquistas, entre elas, o Troféu Olga Pinciroli, que não vinha há 19 anos.

Confira uma retrospectiva dos anos 2000 a 2009, feita no ano passado, após o hexa, e para mais informações, acesse aqui o especial da Flapédia sobre esta primeira década do Século XXI.

Dez anos que vão entrar para a história
Retrospectiva 2000: Dez anos que vão entrar para a história O surgimento de um novo ídolo em 2001
Em 2001, surgia um novo ídolo Um ano abaixo da expectativa em 2002
Início de uma nova era em 2003
Uma nova era começa em 2003Início de uma nova era em 2003 Flamengo levanta poeira em 2004
Fla levanta poeira em 2004 A arrancada do Papai Joel em 2005
O despertar de um gigante em 2006
O gigante adormecido desperta em 2006 2007 é o ano do orgulho rubro-negro
Um ano de alegria e tristezas em 2008
Hegemonia é a palavra para definir 2009

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticias/noticia.php?id=11525

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O símbolo de uma geração acostumada a vencer



Vencer: rotina de Marcelinho no Fla

Capitão, cestinha e líder do time do Flamengo, Marcelinho fala sobre seu papel e as expectativas para 2011

Ele é o líder; a estrela da companhia. O técnico Paulo Chupeta diz, os companheiros concordam e ele mesmo sabe de sua responsabilidade. Cestinha, capitão e porta-voz, Marcelinho Machado assumiu o papel de franchise player (jogador símbolo) do Flamengo desde que acertou com o clube da Gávea, em 2007. Também, não é para menos. Principal nome dos quatro títulos cariocas, dois brasileiros e um sul-americano que foram conquistados desde então, ele tem a confiança de todos para ser o símbolo desta geração vencedora do basquete rubro-negro.

Uma geração que ele espera ajudar a consagrar ainda mais em 2011. Na véspera do Natal, nada mais justo do que conversar com um jogador que ajudou o time de basquete do Flamengo a dar muitos presentes à torcida. Eleito melhor jogador e maior pontuador do Campeonato Nacional tanto em 2007-2008 como em 2008-2009, quando o Rubro-negro foi campeão, além de cestinha e MVP das finais da Liga Sul-Americana 2008-2009, sem contar o brilho nos quatro Cariocas desde que chegou ao clube, Marcelinho é o representante principal de uma nova era na modalidade.

Era que, no que depender dele, ainda vai durar muito. Confiante no talento do grupo, Marcelinho diz, em entrevista à equipe do site oficial do Flamengo, que ainda não pensa em parar de jogar e que espera conquistar novos títulos pelo Rubro-negro. Feliz por brilhar no clube de seu coração, ele conta que a emoção é maior ao ser campeão pelo time da Gávea, admite que o ano de 2010 foi abaixo da expectativa e vê a Liga das Américas como chance de recuperação no próximo semestre.

Confira abaixo a íntegra deste bate-papo:

O ano de 2010 – O ano não foi bom para o Flamengo. Jogamos a final do NBB, mas perdemos no quinto jogo. Nas três derrotas, poderíamos ter vencido. Foram derrotas por um arremesso. Lamentamos a oportunidade que passou. A Sul-Americana ainda mais, por ter sido em casa. Foi difícil de engolir. Mas temos de seguir em frente. Fomos hexa no Estadual e isso deve ser valorizado.

"Mão Santa" – Em qualquer esporte, você tem que treinar. Qualquer profissão que exige uma performance, você só atinge um nível alto com treinamento. No basquete não é muito diferente. Trabalho muito, treino bastante, para estar sempre acertando os arremessos nos jogos.

Identificação – É muito diferente. Atuar em um clube de tanta tradição, com a maior torcida do Brasil é muito significativo. Para mim, ainda é mais gratificante. Fui criado na Gávea, sou torcedor, acompanho o futebol, vou ao Maracanã e poder ver a torcida cantando seu nome, fazendo a festa para nosso time é muito bom. É um momento que é muito especial da minha carreira. O mais feliz.

Liderança – É uma característica minha. Venho aprimorando com o passar do tempo. A maturidade e a experiência ajudam. Você tem mais vivência, viu mais coisas no esporte, e sua opinião vem de um conhecimento um pouco maior. Mas isso é reflexo de um grupo que vê isso de forma natural. Por mais que eu tenha essa forma de agir, não é por isso que um outro jogador não pode me chamar atenção. No esporte coletivo, um tem que corrigir o outro, sempre pensando na vitória. É mais fácil ser líder em um time como o Flamengo.

Liga das Américas – Não diria que é o título mais importante, mas é sim um objetivo a mais. Não podemos descartar nenhum título, mas a Liga, se conquistarmos, terá um gosto especial. Chegamos duas vezes no Nacional, um Sul-Americano, decidimos outros campeonatos, mas a Liga das Américas nós nem batemos na trave ainda. Seria especial, com certeza. Mas um Nacional, por exemplo, também é importante.

Preparação para 2011 – Nas outras três vezes em que jogamos a Liga das Américas, tivemos desfalques. Isso pesou um pouco. Espero que agora estejamos completos, o que faz a diferença. Nosso grupo completo e unido é muito forte. Sabemos da nossa capacidade. É um torneio de tiro curto, em três dias você tem que estar no seu melhor desempenho. Vamos dar nosso melhor lá. É início de temporada, depois de feriado, mas isso é igual para todos e o foco da equipe está voltado para buscar esse título.

Recesso – Fisicamente, talvez não seja o ideal. Mas psicologicamente é muito bom. É um tempo que você tem para refletir sobre esses primeiros seis meses e se preparar para a época mais dura, de decisão. Vem aí a final da temporada regular do Nacional e a Liga das Américas e temos que estar preparados. Então vejo esse recesso como uma coisa positiva, porque você pode recarregar as energias e se preparar para esse semestre que vai ser pesado.

Futuro de Marcelinho – Não fico planejando muito. Sempre pensei em, enquanto eu tiver desempenho, vou querer jogar. Na seleção, onde o desempenho é mais alto, com mais exigência, no clube... Enquanto eu souber que posso contribuir, vou jogar. Tenho contrato até o final de 2012, pretendo cumprir e espero que possa seguir mais um pouco ainda.

Reconhecimento – Não consigo botar em palavras o quanto representa para a gente ter essa torcida. Jogar no Flamengo é muito isso: saber que tem a torcida presente, apoiando, em qualquer lugar. No jogo contra o Pinheiros, entramos mal, eles abriram 20 pontos, com 50 graus dentro do Tijuca, o grupo cansado, mas tivemos o poder de reação por causa da torcida. Devemos muito a eles. Eles sempre fazem isso. Naquele dia, não foi possível a vitória, mas quando revertemos e ganhamos, é mérito dos jogadores, mas também, principalmente, deles, que não cansam de nos apoiar.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticias/noticia.php?id=11499

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Joia 2011: volante-artilheiro, Lorran aposta na Copinha para seduzir Luxa



Lorran em ação pelo time juvenil do Flamengo: capitão e artilheiro do time (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 17 anos, jogador foi capitão e um dos destaques do Fla na conquista do título carioca da categoria juvenil nesta temporada

Por Richard Souza
Rio de Janeiro

Michel Lorran Rodrigues Mota, 17 anos, saiu de Barra do Garças, no Mato Grosso, com vontade de sobra na bagagem e aquele sonho de fazer sucesso num grande clube de futebol. Em 2005, desembarcou no Rio de Janeiro para realizar testes nas quatro grandes equipes cariocas. Passou em todos. Em Belo Horizonte, foi observado no Atlético-MG e também foi aprovado. Na hora de escolher, deixou o coração de lado e optou pela razão.

- Sempre sonhei jogar no Flamengo, mas fui para o Fluminense pela estrutura. Joguei 2006 todo e o início de 2007, mas em junho me transferi para o Flamengo. Cheguei muito bem no clube, realizei o sonho da minha família, inclusive o meu. Não estaria tão bem no Fluminense. Nunca me senti bem lá. Jogava, mas não jogava assim com aquela vontade. Quando cheguei no Flamengo, foi outra coisa, fui muito bem recebido, tratado com carinho - contou.

Em casa, Lorran, que tem este nome em homenagem ao meio-campista francês Lucien Laurent, autor do primeiro gol na história das Copas do Mundo, em 1930, no Uruguai, mudou de posição. O meia virou volante, mas não perdeu as características ofensivas.

- Gosto de jogar de frente para o jogo, é melhor, pego na bola toda hora. Chego na área, gosto de sair, ser o homem-surpresa. Quando o técnico Zé Ricardo me colocou de volante, me adaptei muito rápido – disse.

Em outubro deste ano, Lorran venceu o Carioca juvenil com o Flamengo. O Rubro-Negro não era campeão invicto na categoria desde 1980. Em 24 jogos, a equipe teve 21 vitórias e três empates (96 gols pró - melhor ataque - e 11 contra - defesa menos vazada). No clube, a geração é vista com a esperança de que muitos talentos poderão ser aproveitados no profissional.
Capitão do time, Lorran se destacou com 16 gols na competição. Na temporada, foram 20.

Acompanho o trabalho do professor Luxemburgo, sei que ele gosta da base. Com ele não tem essa. Se o moleque é bom, ele sobe. A expectativa é de jogar bem, ser campeão da Copinha e ser aproveitado entre os profissionais"Lorran, volante do Fla- Fiz a maioria dos gols em chutes de longe, alguns de pênalti, de falta também. Sempre chutei bem de fora da área, treinei bastante. Acabo aproveitando as características dos tempos de meia - afirmou.

Marcar adversários e ajudar no ataque não são os únicos desafios do garoto. A saudade dos pais é um dos principais obstáculos, apesar das visitas constantes. Talvez por isso tenha amadurecido mais rápido.

- O professor (Fernando Vannucci) me deu a faixa de capitão e é sempre complicado. Tem de ser centrado, compenetrado. Tem de ajudar a passar as informações para os companheiros, ver o que é melhor para o grupo. Ser capitão é ser líder dentro e fora campo – comentou.

No início do mês, Lorran fez parte do grupo que disputou o Campeonato Brasileiro Sub-20. O time não conseguiu passar para a segunda fase, mas o volante considera a experiência positiva. O próximo objetivo é jogar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, no início de 2011, e chamar a atenção do técnico Vanderlei Luxemburgo.

- Vai ser importante. Disputei este ano e quero disputar novamente. Acompanho o trabalho do professor Luxemburgo, sei que ele gosta da base. Com ele não tem essa. Se o moleque é bom, ele sobe. A expectativa é de jogar bem, ser campeão da Copinha e ser aproveitado entre os profissionais. Quero estar nesta lista para ser aproveitado no próximo ano - disse.

As inspirações de Lorran comprovam que ele pratica o futebol ofensivo. O jogador é admirador de Ibson, ex-Fla e atualmente no Spartak Moscou-RUS, e de Elias, que acaba de deixar o Corinthians para jogar no Atlético de Madri-ESP.

- Sempre gostei de ver o Ibson jogar. Deixei de morar na concentração há 15 dias. Quando ele jogava no Flamengo, saía do quarto só para ver ele treinar, tentar aprender um pouco (risos) - lembrou.

Técnico aposta no talento do volante

Treinador de Lorran no time juvenil, Fernando Vannucci cobre o jogador de elogios. Diz que é um menino de fácil convívio, educado, inteligente e atencioso. Em resumo: está no caminho certo.

- Lorran é um jogador diferenciado, volante que tem boa marcação, sabe sair jogando, qualidade técnica muito grande com a bola no pé, canhoto. É um jogador que tem uma liderança grande, sabe escutar. Bate muito bem na bola, chuta de fora da área, tem qualidade. É bem acima da média - avaliou.

LORRAN

Nome: Michel Lorran Rodrigues Mota
Nascimento: 10/01/1993, Porto Alegre-RS
Altura: 1,82m
Peso: 72kg
Chegada ao Flamengo: 2007

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2010/12/joia-2011-volante-artilheiro-lorran-aposta-na-copinha-para-seduzir-luxa.html

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O surgimento de Zico

1974 - A vitória do sofrimento

Mantendo a base da equipe que cumprira boa campanha no campeonato brasileiro, quando foi o 6º colocado, o Flamengo começa a competição seguindo a política de mesclar jogadores experientes com a elogiada base que vinha subindo. Assim, o treinador Joubert tinha à sua disposição uma espinha dorsal formada pelo polivalente lateral Rodrigues Neto, o cerebral meia Zé Mário – líder do time em campo – e o raçudo atacante Doval, além do seguro goleiro Renato. Mas o que empolgava eram os garotos, como o elegante meia Geraldo, o voluntarioso lateral Vanderlei (hoje, o consagrado treinador Wanderley Luxemburgo), o aguerrido zagueiro Rondinelli, o arisco atacante Rui Rei e, o melhor de todos, o ponta-de-lança Zico, que finalmente chegava ao time titular, depois de ser pouco aproveitado por Zagallo em 1972 e 1973. A percepção era de otimismo com a equipe.

O campeonato daquele ano seria disputado em três turnos, com o campeão de cada turno ganhando o direito de ir às finais. E na Taça Guanabara, que equivalia ao primeiro turno, o Flamengo deu dois sustos na sua torcida, empatando com o então fraco Bangu e perdendo para o Madureira. Depois, engatou uma seqüência de vitórias, mas uma derrota para o Fluminense (1x2) o tirou da disputa. O campeão acabaria sendo o surpreendente América, treinado por Danilo Alvim, que tinha como destaques os atacantes Luisinho Lemos e Edu, irmão de Zico.

No segundo turno, o Flamengo começou de forma arrasadora. Goleou justamente o América por 4x1, em grande atuação da dupla Doval-Zico. O argentino, aliás, era um dos grandes incentivadores do Galinho, e sempre que podia dava força ao garoto. Outra goleada (5x1), dessa vez contra o Madureira, deu a impressão de que o time finalmente engrenaria. Mas a equipe, muito jovem, ainda era irregular, e acabou empatando vários jogos, um deles contra o Campo Grande. Mais estável, o Vasco de Roberto Dinamite, Andrada e Zanata acabaria vencendo o turno.

Restava o terceiro turno. Ao Flamengo não havia alternativa, era o título ou nada. E o time novamente começou bem, ganhando dois clássicos (Botafogo e Vasco). Mas a equipe padecia contra os pequenos, eram jogos sofridos. Ganhou do Madureira no sufoco (gol de Zico no finalzinho), empatou com o Campo Grande e perdeu para o Bonsucesso. E ia tirando a diferença nos clássicos. Voltou à disputa depois de uma vitória suada diante do Fluminense (2x1) e chegou à decisão do turno contra o América, precisando de um mero empate. Mas o Diabo abriu o placar, e com muita raça o Flamengo virou para 2-1, com Zico marcando de falta o gol da vitória. Um dos fatores para o melhor rendimento da equipe foi a entrada, a partir do jogo contra o Madureira, de um garoto na lateral-direita. Seu nome: Júnior.

Assim, o título seria definido num triangular entre Flamengo, Vasco e América, campeões dos turnos. Exatamente uma semana depois, Flamengo e América se enfrentaram novamente, dessa vez pelo triangular decisivo. Jogo duro, suado, só foi decidido na segunda etapa. O Flamengo abriu o placar com o zagueiro Jaime. O placar seria ampliado com Júnior, chutando de longe. Quando a vitória parecia certa, o América diminuiu e pressionou muito no final. Mas o jogo terminou mesmo em 2x1.

Com o empate em 2x2 entre América e Vasco, o Flamengo foi para a finalíssima contra o cruzmaltino precisando apenas do empate. Armou um esquema cauteloso, de muita marcação, respeitando o adversário, então campeão brasileiro. Mas também criou chances, como num lance que Zico toca na saída de Andrada e o zagueiro Alfinete salva em cima da linha. O Vasco também assustou, perdendo várias chances, obrigando o goleiro Renato a trabalhar bastante. A final, tensa, lembrou um pouco da decisão de 1963, e o torcedor rubro-negro só explodiu quando soou o apito final. O empate de 0x0 foi suficiente. O Flamengo novamente ostentava o título de campeão, mostrando o acerto da filosofia de mesclar jogadores da base com veteranos.

***

O herói: O meio-campo Zé Mário, um leão no jogo final.

O destaque: A dupla Zico e Doval, responsável por 29 dos 42 gols do time. A genialidade de Zico e o ímpeto de Doval formaram uma dupla que até hoje dá saudades em muita gente.

O artilheiro do time: Zico, 19 gols.

A revelação: Júnior. O Flamengo empatava em 0x0 contra o Madureira, jogo duro pelo terceiro turno. Júnior entrou e mudou o time, que chegou ao gol a três minutos do fim. Jogando na lateral-direita (o titular no outro lado era o indiscutível Rodrigues Neto), não saiu mais do time, e ainda fez dois gols importantes, ambos contra o América, na decisão do terceiro turno e no triangular final, respectivamente. Júnior seria, anos mais tarde, um dos principais nomes da chamada “Era Zico”, em que o Flamengo ganhou tudo.

A curiosidade: O título de 1974 é celebrado como o primeiro de Zico como profissional. É uma meia-verdade, pois em 1972 o Galinho atuou em duas partidas, entrando no meio dos jogos, integrando, portanto, o elenco campeão daquele ano. De qualquer forma, 1974 assinalou a primeira conquista de Zico como titular e efetivamente jogando.

O gol: Vale mais pela beleza do que pela importância. Flamengo e Botafogo faziam um jogo apenas para cumprir tabela, pois já estavam eliminados do primeiro turno. O Botafogo faz 2x0, Zico diminui de pênalti e, aos 37’ do segundo tempo, dribla quatro adversários e fuzila na saída do goleiro, definindo o empate em 2x2. Muita gente garante que esse foi o gol mais bonito de Zico no Flamengo.

A melhor partida: Flamengo 3x1 Vasco (24/11/1974), no terceiro turno: um baile com direito a olé. O Flamengo abriu 2x0 com Paulinho e Zico, o Vasco descontou com Jair Pereira, e Doval marcou o terceiro, ainda aos 10’ do segundo tempo. Acabou ficando barato para o Vasco, que escapou da goleada.

Colaboração: Adriano Melo

Fonte: http://www.mkt.flamengo.com.br/reidorio/

Seja bem vindo, Bottinelli




Diagrama ilustrativo de Bottinelli

No último final de semana, o nome do jogador argentino, Darío Bottinelli, começou a despontar no noticiário brasileiro. Mencionado inicialmente como futura contratação do Botafogo pelo jornal chileno La Tercera, o jogador acertou nesta quarta-feira com o Flamengo.
Darío Bottinelli é mais um camisa 10 argentino que chega ao nosso país, com a tarefa de ‘pensar e ditar o jogo’ para organizar o meio-campo de um grande time do futebol brasileiro .

“Pollo”, como é chamado, completará 24 anos no próximo sábado, 26 de dezembro, é destro, fruto da base do San Lorenzo, onde atua seu irmão e zagueiro, Jonathan Bottinelli, e de onde surgiu outro jogador que fez sucesso neste semestre no Brasil, o jogador do Cruzeiro, Walter Montillo.

Darío debutou nos profissionais do San Lorenzo com apenas 17 anos, sob o comando de Héctor Bambino Viera e deu seguimento a seu futebol com os treinadores Gustavo Alfaro e Oscar Ruggeri. Porém, ao sofrer uma fratura no pé que o deixou fora dos gramados por um bom tempo e com a chegada ao clube do D.T. Ramon Díaz, o jovem enganche ficou sem espaço no grupo.

No San Lorenzo de 2006, Darío Bottinelli chegou a jogar como único meia de criação, no esquema 4-3-1-2 aplicado pelo treinador Gustavo Alfaro. Com Oscar Ruggeri, Darío Bottinelli e Walter Montillo, chegaram a dividir o banco de suplentes, como reservas dos também meias, Pablo Barrientos e o colombiano Maurício Molina, que já atuou aqui no Brasil pelo Santos F.C, e defende atualmente o Seongnam Ilhwa da Coréia do Sul.

Um dos principais jogadores do Universidad do Chile na conquista do último campeonato chileno neste semestre, Bottinelli é um meia de criação que se caracteriza por unir velocidade com boa técnica e, sem a bola, demonstra voluntariedade para colaborar na marcação, podendo atuar também, como volante pelo lado esquerdo.

Um enganche ofensivo, vertical, e bom batedor de faltas, Darío Bottinelli seria uma das opções para o setor de criação do Flamengo.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/futebolargentino/2010/12/22/conheca-dario-bottinelli-novo-reforco-do-flamengo/

Bottinelli reforço hermano



Bottinelli assinou com o Flamengo por dois anos

Bottinelli é mais um reforço do Flamengo para 2011

Apoiador argentino, que estava na Universidad Católica, completa 24 anos no próximo domingo
Da equipe do site oficial

O argentino Darío Bottinelli vai passar seu aniversário de 24 anos, domingo (26.12), já como jogador do Flamengo. O apoiador, que tem seu passe vinculado ao Atlas, do México, e estava emprestado à Universidad Católica, do Chile, chega à Gávea para uma posição considerada carente no elenco. O hermano fica no clube por dois anos, podendo prorrogar o contrato por mais dois anos.

Meia de ligação, ele tem como principais características a criação de jogadas e as finalizações. Tido como um dos melhores jogadores do Campeonato Chileno pela imprensa local, "El Pollo" chega com muitas expectativas positivas em torno de seu futebol.

"É uma oportunidade muito importante na minha carreira. Todos querem poder jogar no maior clube do Brasil e um dos maiores do mundo. Sei da responsabilidade que terei em defender esta camisa. Isso é muito importante. Mas adianto que meu objetivo é conquistar títulos pelo Flamengo", afirmou Bottinelli, em sua apresentação.

O meia argentino disse ainda que não teme nenhum tipo de pressão em ter que vestir o manto sagrado. Afinal, confia em seu potencial.

"Já joguei em grandes equipes na Argentina e no Chile. A pressão não me incomoda. Estou acostumado. Jogar em grandes equipes, que possuem história, motivam qualquer atleta", encerrou.

Bottinelli começou sua carreira no San Lorenzo, da Argentina, onde atuou de 2005 a 2007, tendo disputado 36 jogos e marcado três gols. No ano seguinte, foi para o Racing, mas não se firmou e acabou se transferindo para o futebol chileno. Na Universidad Católica, se destacou em 2008, marcando oito gols em 14 partidas, o que lhe rendeu nova transferência internacional. No México, ficou de 2008 a 2010 defendendo o Atlas. Foram 51 jogos e 11 gols até que ele fosse emprestado novamente à Católica, neste ano, com três gols em 10 partidas.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticias/noticia.php?id=11523

domingo, 19 de dezembro de 2010

Flamengo de pai para filho

Aquele seria o segundo campeonato estadual de Júnior depois de sua volta da Itália. Mais uma chance de dar ao seu filho Rodrigo a alegria de ver o pai ser campeão pelo Flamengo. Júnior chegou a anunciar o fim da carreira no ano anterior, mas dois motivos o fizeram voltar atrás: o desejo de ser campeão mais uma vez e a disputa de outra Libertadores.O Flamengo até fez boa campanha no torneio sul-americano, mas foi vitimado por uma arbitragem criminosa contra o Boca Juniors. Mas todos os rubro-negros sabiam que aquele time que ia do goleiro Gilmar ao falso ponteiro Zinho merecia mais do que um lamento por ter sido lesado na Bombonera lotada. Merecia uma taça de campeão.

A estréia no estadual teve por palco um Maracanã às moscas, mas foi digna de uma multidão. A vitória por 5x3 contra o América, com direito a golaço de falta e atuação de gala de Júnior, foi mesmo um início de campeão. Apesar de ter perdido o Fla-Flu do dia 1 de setembro, o Flamengo conseguiu 4 vitórias consecutivas que o botaram na briga pela Taça Guanabara, incluindo a virada sobre o Vasco no dia 15 do mesmo mês, com gols de Gaúcho e Nélio. Porém, na penúltima rodada, um tropeço no Ítalo Del Cima tornou tudo mais difícil. O empate em 1x1 contra o Campo Grande deixou o Fluminense em vantagem, e apesar de o Flamengo vencer ao Botafogo na última rodada, o 0x0 entre tricolores e americanos bastou para que a festa fosse em Álvaro Chaves.

A campanha na Taça Rio foi quase perfeita. Apenas dois empates – contra Americano e Fluminense – e oito vitórias levaram ao Flamengo a decidir a Taça Rio contra o Botafogo, na última rodada. Com gols de Gaúcho e Zinho os rubro-negros abriram boa vantagem, mas cederam o empate no final. A Taça Rio precisaria de um jogo extra para ter um campeão, mas aquele 2x2 já classificava o time da Gávea para as fase final pelo maior número de pontos durante todo o campeonato. A questão derradeira é se seria uma final direta contra o Flu, com a vantagem do empate cabendo ao Fla, um triangular com a presença do Botafogo.
A finalíssima da Taça Rio foi no dia 11 de dezembro. Toda a mídia destacava o Botafogo em busca do tricampeonato estadual, mas um chute de primeira de Gaúcho acabou coma ilusão alvinegra. Flamengo 1x0, campeão da Taça Rio, rumo à série de Fla-Flus decisivos.

A vantagem era rubro-negra. Cada jogo valia dois pontos, o time que chegasse a quatro seria o campeão e o Flamengo largou com um de vantagem por ter a melhor campanha. No primeiro jogo, dia 15 de dezembro, Ézio abriu o placar para o Fluminense, de pênalti. Paulo Nunes empatou de cabeça e ninguém mexeu mais no marcador.

Os times entraram em campo debaixo de muita chuva na noite de 19 de dezembro. Pouco mais de 50 mil pagantes enfrentaram o trânsito caótico daquela quinta-feira. Muitos ficaram em casa apostando em um terceiro jogo que jamais aconteceria. De novo o Fluminense saiu na frente, de novo com Ézio, placar da primeira etapa. Na volta do intervalo, como se cantasse e pulasse para espantar o frio, a torcida do Flamengo entrou em transe. E, junto com ela, o time parecia encantado. Uidemar empatou, Gaúcho virou e Zinho acertou um petardo para fazer 3x1. Ézio descontou, mas Bobô e Pires foram expulsos por jogadas violentas e o Flu não tinha mais como empatar. Mas aqueles rubro-negros que enfrentavam a chuva mereciam um grand finale.

Já no final do jogo Júnior, o melhor jogador do campeonato, investiu pela meia-esquerda. Tocou para Zinho que esperou a saída do goleiro tricolor e devolveu para Júnior. O maestro chutou colocado e deu início a um carnaval a menos de uma semana do Natal. Na comemoração depois do jogo, Júnior abraçou o filho Rodrigo e saiu pulando com o jovem rubro-negro nos braços. De pai para filho, de Júnior para a Nação: Flamengo mais uma vez campeão.

* * *
O herói: Júnior, tantas vezes campeão como fiel escudeiro de Zico, dessa vez foi o protagonista da conquista de um time de garotos que o tinha por ídolo e conselheiro.

O destaque: Gaúcho e seus incríveis gols de cabeça. De seus 17 gols naquele campeonato, a maioria foi marcada de cabeça, incluindo o golaço na final, de peixinho no meio da zaga tricolor.

O artilheiro do time: Gaúcho, com 17 gols.

A revelação: Nélio. Formado nas divisões de base e apelidado de Marreco pelo andar desengonçado, o meia-atacante acabou o campeonato como camisa dez e teve grande atuação no jogo decisivo.

A curiosidade: Júnior foi inquestionavelmente o melhor jogador do campeonato estadual, prenúncio do grande campeonato brasileiro que faria no ano seguinte. Além dos diversos passes certeiros para as cabeçadas de Gaúcho, Júnior marcou dois gols na campanha vitoriosa. Curiosamente o primeiro e o último do Flamengo naquele campeonato.

O gol: O Flamengo já havia empatado o jogo com uma cabeçada de Uidemar, e aquele resultado encaminharia a decisão para um terceiro Fla-Flu. Mas chamado pelo canto da torcida os rubro-negros encurralaram o tricolores e Piá, que já havia feito o cruzamento do gol de empate, levantou mais uma bola na área tricolor. O lance parecia dominado pela zaga, mas de repente surgiu Gaúcho, voando sob chuva, para cabecear no canto direito e enlouquecer o Maracanã.

A melhor partida: Flamengo 2x0 Vasco, 24/11/1991. Uma atuação perfeita, com um gol em cada tempo, marcou a arrancada para a conquista do título.

Colaboração: Mauricio Neves.

Fonte: http://www.mkt.flamengo.com.br/reidorio/

Campeonato Carioca 1991
Times 14
Período 14 de Agosto a 19 de Dezembro de 1991
Campeão Flamengo
Vice-campeão Fluminense
Artilheiro Gaúcho (Flamengo) - 17 gols
Total de jogos 135
Total de gols 318
Média de gols/jogo 2,36
Maior Público Flamengo 2x2 Botafogo: 110.768 pagantes

Introdução

A 87ª edição do Campeonato Carioca foi decidida em dois clássicos Fla-Flus, dos quais saiu vencedor o Flamengo. O time campeão, dirigido pelo técnico Carlinhos, era formado em sua maioria por jogadores da base, mas com a presença fundamental do craque Junior

Equipes Participantes

Municípios com participantes no Carioca de 1991
América
América (Três Rios-RJ)
Americano
Bangu
Botafogo
Campo Grande
Flamengo
Fluminense
Goytacaz
Itaperuna
Portuguesa
São Cristóvão
Vasco da Gama
Volta Redonda

Fórmula de Disputa
Campeonato em turno (Taça Guanabara) e returno (Taça Rio) em grupo único de 12 times. O título seria decidido entre os vencedores dos dois turnos em uma melhor de quatro pontos, com ponto extra para a melhor campanha.

Dois clubes que disputaram o 1º turno foram substituídos no 2º pelos clubes de melhor classificação na segunda divisão.

Vale lembrar que até 1996 no futebol a vitória valia 2 pontos e não 3.

Taça Guanabara
Classificação
Classificação
Time PG J V E D GP GC SG
1 Fluminense 18 11 8 2 1 19 5 +14
2 Flamengo 17 11 7 3 1 20 12 +8
3 Botafogo 16 11 6 4 1 20 6 +14
4 Vasco 15 11 6 3 2 14 8 +6
5 Campo Grande 12 11 3 6 2 13 13 0
6 Americano 10 11 2 6 3 9 11 -2
7 Bangu 9 11 1 7 3 6 9 -3
8 América-RJ 8 11 2 4 5 9 14 -5
9 Itaperuna 8 11 2 4 5 7 12 -5
10 América (Três Rios-RJ) 7 11 2 3 6 10 20 -10
11 Portuguesa-RJ 6 11 1 4 6 6 14 -8
12 Volta Redonda 6 11 1 4 6 10 19 -9

Taça Rio
Classificação
Classificação
Time PG J V E D GP GC SG
1 Flamengo 19 11 8 3 0 18 5 +13
2 Botafogo 19 11 8 3 0 31 15 +16
3 Vasco 16 11 7 2 2 29 9 +20
4 Fluminense 13 11 4 5 2 17 14 +3
5 Campo Grande 12 11 5 2 4 17 16 +1
6 América-RJ 12 11 4 4 3 14 11 +3
7 América (Três Rios-RJ) 9 11 2 5 4 5 10 -5
8 Americano 9 11 2 5 4 9 16 -7
9 Itaperuna 7 11 1 5 5 5 14 -9
10 Bangu 6 11 1 4 6 6 13 -7
11 São Cristovão 5 11 2 1 8 9 22 -13
12 Goytacaz 5 11 2 1 8 7 22 -15

Flamengo e Botafogo fizeram um jogo desempate vencido pelo Flamengo por 1 a 0

Final
Primeiro jogo

15 de dezembro, 1991

Flamengo 1–1 Fluminense Estádio do Maracanã
Público: 43.718
Árbitro: Daniel Pomeroy
Paulo Nunes 26 Ézio 23

Segundo jogo

19 de dezembro, 1991

Flamengo 4–2 Fluminense Estádio do Maracanã
Público: 49.975
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira
Uidemar 57,
Gaúcho 70,
Zinho 77,
Júnior 83 Ézio 37, 78

Campeão
Campeonato Carioca 1991

FLAMENGO
Campeão
23º título

Artilharia
Jogador Time Gols
Gaúcho Flamengo 17 gols
Bebeto Vasco 15 gols
Ézio Fluminense 13 gols
Chicão Botafogo 13 gols
Valdeir Botafogo 13 gols

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Campeonato_Carioca_1991"

O campeão do IV Centenário

Em 1965, a cidade do Rio de Janeiro comemorava 400 anos de existência. Para festejar a data, a Federação Carioca resolveu criar a Taça Guanabara, torneio independente envolvendo as seis principais equipes da época (Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Bangu e América), o que fez com que o campeonato carioca propriamente dito fosse disputado por apenas oito equipes (as seis já citadas, mais Bonsucesso e Portuguesa), em função da falta de datas.

E a cidade estava mobilizada para conhecer seu campeão. Além do charme do título do IV Centenário, o vencedor sairia de uma disputa muito equilibrada, sem favoritos. As equipes aparentemente mais fortes eram o certinho Fluminense, de Altair, Amoroso e Samarone; o estrelado Botafogo de Gérson e Zagalo, que via o jovem Jairzinho tomar de vez a posição em um Garrincha já em final de carreira; e o Bangu, que montara o melhor time de sua história, com nomes como Paulo Borges, Aladim e Parada. Mesmo o Vasco, que vinha em crise, mostrara força ao vencer a Taça Guanabara, e fazia da zaga formada por Brito e Fontana o seu diferencial. O Flamengo mantinha a base formada pelos meias Carlinhos e Nelsinho, os laterais Murilo e Paulo Henrique e os zagueiros Ditão e Jaime Valente. A novidade estava no ataque, com as contratações do polêmico Almir Pernambuquinho (ex-Santos) e do goleador Silva, vindo do Corinthians. No comando, o ex-zagueiro Armando Renganeschi. Um time que não vinha bem, mas pelo retrospecto de campeonatos recentes deveria ser considerado um dos candidatos ao título.

O campeonato foi disputado em dois turnos, em pontos corridos. O Flamengo estreou vencendo o América por 2x1, em jogo difícil. A seguir, venceu a Portuguesa por 2x0 e empatou com o Bangu em um encarniçado 0x0. O treinador Renganeschi montara uma equipe aguerrida, com um sistema defensivo muito forte, e confiando na dupla de ataque formada por Silva e Almir. Aliás, Silva (que receberia o apelido de Batuta, pela sua liderança em campo), começava a desequilibrar os jogos a favor do time. Foi assim, por exemplo, na dura partida contra o Vasco, quando o atacante marcou o gol da vitória rubro-negra por 2x1, e nos 2x0 sobre o Botafogo, quando Batuta anotou os dois gols da equipe. A essa altura, o primeiro turno chegava ao final (o Flamengo ainda empataria sem gols com o Fluminense e faria 3x0 no Bonsucesso), e os invictos Flamengo e Bangu abriam vantagem sobre os demais, disputando a liderança ponto a ponto, jogo a jogo. A diferença entre eles nunca ultrapassava um ponto.

Vem o segundo turno e os jogos continuam duríssimos. O time segue ganhando na raça, como na virada sobre o América (2x1) ou no apertado 1x0 sobre a Portuguesa, dois jogos em que brilhou a estrela de Almir. Mas, no chamado duelo dos invictos, para muitos a final antecipada, o Flamengo joga muito mal e perde de forma vexatória para o Bangu (0x3). Pior, vê o time de Moça Bonita assumir a liderança, a quatro jogos do final. Vem o jogo de vida ou morte contra o Vasco. Após uma verdadeira batalha, o Flamengo ganha por 1x0 (gol de Silva) e permanece na briga. Depois, obtém mais uma vitória apertada (1x0) contra o Bonsucesso (gol novamente de Silva). O Bangu, como ocorrera em anos anteriores, não consegue administrar a liderança e sucumbe ao salto alto. Empata com América (que cumpria péssima campanha), perde do Vasco e devolve a ponta da tabela ao Flamengo. Quando restavam dois jogos, o rubro-negro tinha uma vantagem de dois pontos.

Vem, então, o Fla-Flu. É neste jogo que Flamengo tem sua melhor atuação na competição. Sufoca o Fluminense desde o início e vence por 2x1 (gols de Neves e Silva), perdendo inúmeras oportunidades. Essa vitória acabaria dando o título antecipado ao Flamengo, já que o tricolor, na rodada seguinte, venceria o Bangu, tirando de vez as chances – só matemáticas – do time da Zona Oeste. No jogo das faixas, o Flamengo, relaxado, ainda perderia para o Botafogo (0x1), mas ninguém se importou. Seguia para a Gávea a taça de campeão do IV Centenário do Rio de Janeiro.

***

O herói: Silva, que marcou o gol do título – um golaço – e decidiu vários clássicos para o time.

O destaque: Silva. Foi o campeonato de Silva, que brilhou absoluto como o grande nome da equipe. Habilidoso, muito bom no jogo aéreo e dono de um chute muito forte, o Batuta caiu de imediato nas graças da torcida rubro-negra. Formou uma dupla muito afinada com outro grande jogador, o raçudo e polêmico Almir, outra contratação bem-sucedida.

O artilheiro do time: Silva, 7 gols.

A revelação: Fefeu, meia-atacante habilidoso vindo do Canto do Rio em 1964, tornou-se em 1965 ótima opção nas ausências do titular Nelsinho. Com incrível facilidade para chegar à frente, Fefeu obteve a impressionante marca de 6 gols em sete jogos no campeonato de 1965. Sua grande atuação foi na partida contra o Bonsucesso, quando marcou todos os gols da vitória por 3x0. Um de seus admiradores era ninguém menos que o craque Zico, que gostava de vê-lo atuando nos treinos. Fefeu permaneceu no Flamengo até 1966, quando foi negociado com o São Paulo.

A curiosidade: A Taça Guanabara, criada pela Federação Carioca como parte dos festejos do IV Centenário, foi concebida como um torneio independente, uma espécie de “aquecimento” para o Campeonato Carioca propriamente dito. Assim permaneceu até 1972, quando, pela falta de datas, foi incorporada ao Carioca como um dos seus turnos. Apenas em 1980 voltaria a ser disputada de forma isolada, independente do campeonato principal (no ano seguinte seria novamente incorporada ao Campeonato, agora Estadual, e assim permanece até hoje). Nessa primeira edição, vencida pelo Vasco, o Flamengo (que é o maior vencedor do torneio) não fez boa campanha, terminando em terceiro lugar, com apenas uma vitória em oito jogos.

O gol: Silva, na vitória do Flamengo por 1x0 sobre o Vasco, no segundo turno. O time vinha de sofrida derrota para o Bangu e precisava vencer para se manter com chances de título. A partida vinha dura, catimbada, até que aos 27’ do segundo tempo Silva apanha uma bola na intermediária, dribla um zagueiro e emenda forte, rasteiro. A bola entra no canto direito de Gainete, que nada pode fazer. Com o gol, o Flamengo venceria o jogo e retomaria a liderança do campeonato, já na reta final.

A melhor partida: Flamengo 2x1 Fluminense (12/12/1965), jogo que deu ao Flamengo o título antecipado (após o tricolor derrotar o Bangu). O Flamengo, embalado pelas vitórias recentes, sabia que a vitória praticamente valia o título. E abandonando o jogo cauteloso, surpreendeu e partiu pra cima do adversário, e logo abriu o marcador, com o ponta-direita Neves, aos 12’. Mas o valente Fluminense empataria logo depois, com Samarone, aos 16’. O rubro-negro continuou pressionando, até que aos 31’, ainda no primeiro tempo, uma bola é alçada na área, à procura de Silva. O Batuta domina no peito, livra-se do zagueiro e fuzila, sem chance para o goleiro Borracha. Um golaço, que valeu a vitória e o título. Na segunda etapa, o Flamengo fechou-se para administrar o placar, e nos contragolpes teve várias chances de ampliar.

Colaboração: Adriano Melo

Fonte: http://www.mkt.flamengo.com.br/reidorio/

Campeonato Carioca de Futebol de 1965
Participantes 8
Período 11 de setembro - 19 de dezembro
Campeão Flamengo
Vice-Campeão Bangu
Artilheiros Amoroso (Fluminense): 10 gols
Maior Público Botafogo 0x2 Vasco: 115.064 pagantes
Introdução
A 60ª edição do Campeonato Carioca foi vencida pelo Flamengo.

Equipes participantes
América
Bangu
Botafogo
Flamengo
Fluminense
Bonsucesso
Portuguesa
Vasco da Gama

Fórmula de disputa
O campeonato foi feito por pontos corridos, 8 times em uma chave única com jogos de turno e returno. O Primeiro colocado seria o campeão.

Campeonato
Classificação

Col Equipe Pts V E D J GP GC SG
1 Flamengo 22 10 2 2 14 18 8 10
2 Bangu 20 8 4 2 14 26 9 17
3 Fluminense 17 7 3 4 14 24 15 9
4 Botafogo 17 6 5 3 14 18 16 2
5 Vasco da Gama 15 7 1 6 14 24 17 7
6 Bonsucesso 9 3 3 8 14 19 29 -10
7 América 7 1 5 8 14 19 29 -10
8 Portuguesa 5 1 3 10 14 10 30 -20

Col – colocação; Pts - pontos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; J - jogos;
GP – gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols

Artilharia
Flamengo

Campeonato
Gols Jogador
10 Amoroso (Fluminense)
9 Paulo Borges (Bangu)
7 Silva Batuta (Flamengo)
Sabará (Bonsucesso)
Célio (Vasco)
6 Fefeu (Flamengo)
Parada (Bangu)

Jogos do Flamengo

C.R. Flamengo 2 x 1 América (RJ)
1º Turno
11/09 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Nelsinho, Fefeu, Amauri, Almir, Silva e Rodrigues.
Gols: Fefeu e Silva.
Público: 19.717

C.R. Flamengo 2 x 0 Portuguesa (RJ)
1º Turno
19/09 - Estadio: General Severiano - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Nelsinho, Fefeu, Clair, Cesar Lemos, Silva e Rodrigues.
Gols: Paulo Henrique e Silva.
Público: 7.129

C.R. Flamengo 0 x 0 Bangu (RJ)
1º Turno
25/09 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Carlos Alberto, Cesar Lemos, Silva e Rodrigues.
Público: 25.482

C.R. Flamengo 2 x 1 Vasco da Gama (RJ)
1º Turno
09/10 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Fefeu, Paulo Alves, Cesar Lemos, Silva e Rodrigues.
Gols: Fefeu e Silva.
Público: 54.809

C.R. Flamengo 3 x 0 Bonsucesso (RJ)
1º Turno
16/10 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Fefeu, Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.
Gols: Fefeu(3).
Público: 17.664

C.R. Flamengo 0 x 0 Fluminense (RJ)
1º Turno
24/10 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marco Aurélio, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Fefeu, Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.
Público: 89.013

C.R. Flamengo 2 x 0 Botafogo (RJ)
1º Turno
31/10 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marco Aurélio(Valdomiro), Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.
Gols: Silva(2).
Público: 68.649

C.R. Flamengo 2 x 1 América (RJ)
2º Turno
03/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.
Gols: Almir e Alemão(contra).

C.R. Flamengo 1 x 0 Portuguesa (RJ)
2º Turno
06/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.
Gol: Almir.
Público: 17.556

C.R. Flamengo 0 x 3 Bangu (RJ)
2º Turno
14/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Paulo Alves, Almir, Silva e Rodrigues.
Público: 59.171

C.R. Flamengo 1 x 0 Vasco da Gama (RJ)
2º Turno
28/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Clair, João Daniel, Silva e Rodrigues.
Gol: Silva.
Público: 73.243

C.R. Flamengo 1 x 0 Bonsucesso (RJ)
2º Turno
05/12 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Fefeu, Clair, João Daniel, Silva e Rodrigues.
Gol: Silva.
Público: 27.144

C.R. Flamengo 2 x 1 Fluminense (RJ)
2º Turno
12/12 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Fefeu, Neves, João Daniel, Silva e Rodrigues.
Gols: Neves e Silva.
Público: 62.600

C.R. Flamengo 0 x 1 Botafogo (RJ)
2º Turno
19/12 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Valdomiro, Murilo, Ditão, Jaime Valente, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Neves, Almir, Silva e Rodrigues.
( C.R. Flamengo Campeão Carioca )
Público: 76.205

Campeão
Campeonato Carioca 1965

FLAMENGO
Campeão
15º título

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Campeonato_Carioca_1965"

O terceiro título estadual

O terceiro título carioca viria somente em 1920, cinco anos após a conquista anterior. Novamente com uma campanha invicta, a exemplo de 1915, o Flamengo garantiu a faixa na penúltima rodada. A rodada final, diante do Fluminense (2x2), no dia 19 de dezembro de 1920, coroou uma campanha brilhante, com 13 vitórias e cinco empates, 44 gols pró e 19 contra.

A campanha começou com uma vitória sobre o Vila Izabel por 3x1. No jogo seguinte viria a primeira goleada: 6x2 sobre o Sport Club Mangueira, com quatro gols de Sisson.

Até o final do turno seriam mais sete partidas, com vitórias sobre Fluminense (2x1), São Cristóvão (4x3), Palmeiras (5x0), Botafogo (2x1), Andaraí (2x1) e Bangu (2x0) e um empate com o América (0x0).

No segundo turno o Flamengo manteria o ritmo. Venceu cinco das nove partidas do returno, abrindo uma vantagem para o segundo lugar que permitiu a conquista antes mesmo da última rodada.

***

O herói: Sidney Pullen. Jogador experiente, único estrangeiro a jogar pela Seleção Brasileira, Pullen voltou a jogar pelo Flamengo em 1918 depois de servir ao exército do Reino Unido na primeira Guerra Mundial.

O destaque: Telefone, o capitão da equipe, que após um belo campeonato foi chamado para defender a Seleção Brasileira.

O artilheiro do time: Junqueira, com 15 gols.

A revelação: Kuntz, goleiro da equipe, que ganhou a vaga de titular em seu primeiro ano no clube, aos 22 anos.

Fonte: http://www.mkt.flamengo.com.br/reidorio/

Campeonato Carioca 1920

Classificação
Tabela de classificação
Time Pts J V E D GP GC SG
1 Flamengo 31 18 13 5 0 44 19 +25
2 Fluminense 26 18 11 4 3 46 27 +19
3 América RJ 25 18 10 5 3 39 24 +15
4 Botafogo 21 18 10 1 7 56 34 +22
5 Andaraí 20 18 9 2 7 36 26 +10
6 Bangu 17 18 8 1 9 51 42 +9
7 São Cristóvão 15 18 8 1 9 49 37 +12
8 Vila Isabel 11 18 4 1 13 31 53 -22
9 Palmeiras RJ 8 18 3 2 13 24 64 -40
10 Mangueira 6 18 3 0 15 24 74 -50
Pts – pontos; J – jogos disputados; V - vitórias; E - empates; D - derrotas;GP – gols pró; GC – gols contra; SG – saldo de gols

Artilharia
Arlindo (Botafogo) e Claudionor "Bolão" (Bangu) - 18 gols
Junqueira (Flamengo) e Pastor (Bangu) - 15 gols
Vadinho (Botafogo) e Welfare (Fluminense) - 14 gols
Machado (Fluminense)- 13 gols
Zezé (Fluminense)- 12 gols

Jogos do Flamengo
1º Turno
Jogo: Flamengo 3 x 1 Villa Isabel RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 19/04/1920
Estádio: Jardim Zoológico
Time: Kuntz, Burgos, Santiago, Dino, Sidney Pullen, Rodrigo, Carregal, Candiota, Assumpção, Eustace Pullen e Junqueira
Gols do Flamengo: Candiota, Carregal e Eustace Pullen

Jogo: Flamengo 6 x 2 Mangueira
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 26/04/1920
Estádio: Rua Barão de São Francisco
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Dino, Sidney Pullen, Rodrigo, Carregal, Candiota, Sisson, Eustace Pullen e Junqueira
Gols do Flamengo: Sisson(4), Eustace Pullen(2)

Jogo: Flamengo 2 x 1 Fluminense
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 23/05/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Dino, Sidney Pullen, Rodrigo, Carregal, Candiota, Sisson, Eustace Pullen e Junqueira
Gols do Flamengo: Sidney Pullen e Junqueira

Jogo: Flamengo 0 x 0 América RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 30/05/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Dino, Sidney Pullen, Rodrigo, Carregal, Candiota, Sisson, Eustace Pullen e Junqueira

Jogo: Flamengo 4 x 3 São Cristóvão
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 13/06/1920
Estádio: Figueira de Melo
Time: Kuntz, Antonico, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Candiota, João de Deus, Junqueira e Geraldo
Gols do Flamengo: Junqueira(3) e Candiota

Jogo: Flamengo 5 x 0 Palmeiras RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 27/06/1920
Estádio: Campos Sales
Time: Kuntz, Píndaro, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Eustace Pullen, Sidney Pullen, Candiota e Junqueira
Gols do Flamengo: Candiota(3), Junqueira e Sidney Pullen

Jogo: Flamengo 2 x 1 Botafogo
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 11/07/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Japonês, Carregal, Candiota, Sidney Pullen, Junqueira e Geraldo
Gols do Flamengo: Geraldo e Junqueira

Jogo: Flamengo 2 x 1 Andaraí RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 19/07/1920
Estádio: Rua Serzedelo Corrêa
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Japonês, Carregal, Candiota, Sidney Pullen, Junqueira e Geraldo
Gols do Flamengo: Junqueira(2)

Jogo: Flamengo 2 x 0 Bangu
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 08/08/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Sidney Pullen, Candiota, Junqueira e Geraldo
Gol do Flamengo: Candiota e Junqueira

2º Turno
Jogo: Flamengo 1 x 1 Villa Isabel RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 10/08/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sidney Pullen, Japonês, Carregal, Candiota, João de Deus, Junqueira e Geraldo
Gol do Flamengo: Junqueira

Jogo: Flamengo 3 x 1 Botafogo
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 15/08/1920
Estádio: General Severiano
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Candiota, Sidney Pullen, Junqueira e Japonês
Gols do Flamengo: Sisson, Sidney Pullen e Junqueira

Jogo: Flamengo 4 x 1 São Cristóvão
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 31/10/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Ivan, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Candiota, Sidney Pullen, Junqueira e Japonês
Gols do Flamengo: Candiota, Japonês, Sidney Pullen e Junqueira

Jogo: Flamengo 2 x 1 Mangueira
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 07/11/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Ivan, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Candiota, Sidney Pullen, Junqueira e Galvão Bueno
Gols do Flamengo: Sidney Pullen e Junqueira

Jogo: Flamengo 1 x 1 Palmeiras RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 14/11/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Galvão Bueno, Sidney Pullen, Candiota, João de Deus e Junqueira
Gol do Flamengo: Candiota

Jogo: Flamengo 3 x 2 Bangu
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 22/11/1920
Estádio: Rua Ferrer
Time: Kuntz, Santiago, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Valdemar, Sidney Pullen, Candiota, João de Deus e Junqueira
Gols do Flamengo: Telefone, Junqueira e Candiota

Jogo: Flamengo 2 x 1 Andaraí RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 28/11/1920
Estádio: Rua Paysandu
Time: Kuntz, Burgos, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Valdemar, Sidney Pullen, Candiota, João de Deus e Junqueira
Gols do Flamengo: Junqueira e Sidney Pullen

Jogo: Flamengo 0 x 0 América RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 05/12/1920
Estádio: Campos Sales
Time: Kuntz, Santiago, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Carregal, Candiota, Sidney Pullen, João de Deus e Junqueira

Jogo: Flamengo 2 x 2 Fluminense
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 19/12/1920
Estádio: Laranjeiras
Time: Kuntz, Santiago, Telefone, Rodrigo, Sisson, Dino, Valdemar, Candiota, Sidney Pullen, João de Deus e Junqueira
Gols do Flamengo: João de Deus e Valdemar
Obs.: Flamengo Campeão.

Campeão
Campeonato Carioca 1920

FLAMENGO
Campeão
3º título

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Campeonato_Carioca_1920"

Hermes - goleador gaúcho da década de 50



Hermes Nunes da Conceição

Introdução

Hermes Nunes da Conceição (Taquari, 19 de dezembro de 1925) ou apenas Hermes foi um atacante do Flamengo de 1950 a 1955, apesár disso Hermes só conseguiu ter uma temporada regular no clube em 1951 e foi nesse ano que mostrou o seu potencial, foi o artilheiro do Flamengo na temporada com 39 gols em 45 partidas disputadas. Ao todo em sua passagem pelo clube marcou 52 gols em 72 partidas com uma média de 0,72 gols por jogo.

Dados
Nome Completo: Hermes Nunes da Conceição
Posição: Atacante
Dia do Nascimento: 19 de Dezembro de 1925
Nascimento: Taquari (RS)
1° jogo: 20/08/1950 (Flamengo 0 x 6 Bangu)

Títulos
Flamengo
1951
Torneio Início
Elfsborg Cup (Suécia)
Estatísticas
Ano Jogos Gols
1950 12 9
1951 45 39
1952 5 2
1953 3 1
1955 6 1
Total 72 52

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Hermes_Nunes_da_Concei%C3%A7%C3%A3o"

sábado, 18 de dezembro de 2010

Flamengo é campeão do Torneio Rio-São Paulo de Showbol

Torneio Rio-São Paulo de Showbol de 2010

Dados
Participantes 8
Período 28 de Novembro – 17 de Dezembro

Campeão Flamengo
Vice-campeão Botafogo

Melhor marcador Djalminha (Flamengo) - 13 Gols

O Torneio Rio-São Paulo de Showbol de 2010 foi a quarta edição do torneio, realizada pela Showbol Brasil.

Equipes

Rio de Janeiro
Clube
Botafogo de Futebol e Regatas
Clube de Regatas Flamengo
Clube de Regatas Vasco da Gama
Fluminense Futebol Clube

São Paulo
Clube
Santos Futebol Clube
São Paulo Futebol Clube
Sociedade Esportiva Palmeiras
Sport Club Corinthians Paulista

Primeira Fase
Grupo A
Time Pts J V E D GF GC SG
Botafogo 7 3 2 1 0 29 25 4
Flamengo 6 3 2 0 1 30 29 1
Palmeiras 3 3 1 0 2 30 28 2
Corinthians 1 3 0 1 2 22 28 -6

Corinthians 8 - 8 Botafogo
Flamengo 12 - 11 Palmeiras
Botafogo 10 - 8 Palmeiras
Flamengo 9 - 7 Corinthians
Palmeiras 11 - 7 Corinthians
Flamengo 9 - 11 Botafogo

Grupo B
Time Pts J V E D GF GC SG
Fluminense 9 3 3 0 0 16 11 5
Vasco 4 3 1 1 1 22 23 -1
Santos 3 3 1 0 2 28 20 8
São Paulo 1 3 0 1 2 18 30 -12

Fluminense 5 - 4 Santos
Vasco 9 - 9 São Paulo
Fluminense 6 - 5 São Paulo
Vasco 11 - 9 Santos
Santos 15 - 4 São Paulo
Vasco 2 - 5 Fluminense

Semifinais
Partidas:

15 de Dezembro de 2010
21:00 Fluminense 7 x 12 Flamengo Volta Redonda, Rio de Janeiro

15 de Dezembro de 2010
22:15 Botafogo 9 x 5 Vasco da Gama Volta Redonda, Rio de Janeiro

Final
17 de Dezembro de 2010
21:00 Flamengo 11 x 8 Botafogo Maracanãzinho, Rio de Janeiro

Torneio Rio-São Paulo de Showbol de 2010

Flamengo
Campeão

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Torneio_Rio-S%C3%A3o_Paulo_de_Showbol_de_2010"

A tríplice coroa no Showbol

FLAMENGO COMPLETA A TRÍPLICE COROA NO SHOWBOL

Campeão brasileiro e carioca, time vence o Botafogo na final do Rio-São Paulo

Se no campo deu Botafogo, na quadra do Maracanãzinho a festa foi do Flamengo. Na noite desta sexta-feira, dia 17, o Rubro-Negro teve muito trabalho,mas venceu o Botafogo por 11 a 8, na prorrogação – no tempo normal houve empate de 8 a 8 – e conquistou, pela primeira vez, o título do Torneio Rio-São Paulo. O Flamengo é a primeira equipe do Rio a levantar esta taça – o Corinthians foi o campeão em 2007 e 2009 e o Santos, em 2008 – e ainda pôde festejar a Tríplice Coroa, já que este ano conquistou o bicampeonato brasileiro e o campeonato carioca. Djalminha, autor de 4 gols, terminou o Rio-São Paulo como artilheiro, com 19. E André Cruz, que marcou cinco vezes na decisão, recebeu o troféu de Melhor Jogador do campeonato,entregue pelo Coronel Robson, Comandante das UPPs do Rio de Janeiro.

O jogo foi emocionante. O Botafogo saiu na frente, com um gol de Donizete e abriu 2 a 0, com Sérgio Manoel. No gol, Gabriel evitava como podia a reação rubro-negra, até que Djalminha reduziu a diferença. Mas André e Julinho colocaram o Botafogo ainda mais na frente: 4 a 1. Foi quando André Cruz começou a aparecer no jogo. Ele marcou duas vezes e com mais um gol de Djalminha o Flamengo chegou ao empate de 4 a 4, placar do primeiro tempo.

Na etapa final o Flamengo conseguiu passar à frente no placar,novamente com um gol de André Cruz. A partir daí, os gols se alternaram e o Botafogo não deixava o Flamengo abrir vantagem. Pela ordem, Sérgio Manoel, Djalminha, Marcelo, Djalminha, Donizete, André Cruz e Julinho levaram o jogo para a decisão, com o placar em 8 a 8.

Na prorrogação de 5 minutos, o Botafogo se distraiu em quadra. E falhou três vezes na marcação. Com 1m30, Nélio aproveitou erro de marcação de Alemão e marcou o nono gol. Aos 2m30 foi a vez de Sérgio Manoel permitir a arrancada de André Cruz: 10 a 8. E aos 4m50, Djalminha rolou para Gélson Baresi, livre, completar o placar a garantir a vitória: 11 a 8. Título ainda com sabor de revanche, pois na primeira fase o Botafogo impôs ao Flamengo sua única derrota: 11 a 9.

“Eu sempre marquei muitos gols na carreira, talvez eu seja um dos zagueiros que mais fizeram gols no futebol profissional. Devo ter uns 90, incluindo amistosos”, disse André Cruz. “A equipe está de parabéns. Fiz nove gols nas duas últimas partidas, mas o mérito é de todos”, comentou o melhor jogador da quarta edição do Rio-São Paulo de Showbol.

“Perdemos apenas um jogo no campeonato e não fomos campeões. O Flamengo também só perdeu uma, para a gente, e ficou com a taça. Mas estamos chegando lá, ano que vem viremos ainda mais fortes. O André Cruz, sempre aparecendo livre de marcação, fez a diferença”, reconheceu Sérgio Manoel.

“Agora a festa está completa e o fim de ano será dos melhores. Esse título faltava para a gente e agora a galeria está completa”, comemorou o artilheiro Djalminha. Julinho, do Botafogo, terminou como vice-artilheiro, com 17 gols.

Os times jogaram e marcaram assim: Flamengo – Robertinho, Júnior Baiano, André Cruz (5), Gélson Baresi (1), Marquinhos e Djalminha (4), depois Nélio (1), Selé, Émerson, Mário Carlos, Jorginho e Piá. Botafogo – Gabriel, Gonçalves, Rogério Pinheiro, Sérgio Manoel (2), Donizete (2) e Julinho (2), depois André (1), Marcelo (1), Alemão e Aílton.

A campanha do Flamengo:

Primeira fase – Chave A

Flamengo 12 x 11 Palmeiras

Flamengo 9 x 7 Corinthians

Botafogo 11 x 9 Flamengo

Semifinal

Flamengo 12 x 7 Fluminense

Final

Flamengo 11 x 8 Botafogo

Os goleadores do Flamengo, que marcou 53 gols no campeonato foram: Djalminha (19), André Cruz (11), Marquinhos (8), Júnior Baiano (3), Baresi (3), Nélio (3), Fábio Baiano (2), Piá (2), Émerson e Sele

Assessoria de Imprensa – Sergio du Bocage

Fonte: http://showbol.com/imprensa/noticias/

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rubro-negros festejam mais um título no basquete



Fla conquistou o hexa na noite desta quinta

Acostumado a vencer, time do Flamengo conquistou o hexacampeonato estadual nesta quinta

Da equipe do site oficial

O Flamengo venceu o cansaço, bateu o bem armado time do Tijuca Tênis Clube e conquistou o hexacampeonato estadual de basquete. Mais um título para a galeria de troféus da equipe rubro-negra, que vem tendo a hegemonia no esporte carioca nos últimos anos. Desde 2005, o time da Gávea não sabe o que é ficar sem uma taça. Mas mesmo sendo tão acostumados a vencer, os jogadores do Fla comemoram cada conquista como se fosse a primeira. Foi assim nesta quinta-feira (16.12).

Abraçados pela torcida, que fez uma grande festa no ginásio do Tijuca, os rubro-negros não esconderam a felicidade por fechar a temporada com um título. O armador Fred, jogador com mais tempo de casa, que está no clube desde 2006, é só elogios à qualidade do elenco.

"Esse time foi montado para conquistar títulos e toda conquista é especial, seja ela estadual, brasileira ou sul-americana. FIco muito satisfeito em estar aqui no Flamengo, em conquistar mais um troféu aqui e esse elenco merece, essa torcida maravilhosa merece. É muito bom fechar o ano com um título, para dar ainda mais motivação para o ano que vem", disse.

O ala-armador Duda, que retornou de lesão justamente na final, comemorou o fato de ter conseguido estar em campo para o confronto e de ter ajudado a equipe a conquistar o hexa. Segundo o camisa 10 da Gávea, ser campeão vestindo o Manto Sagrado tem um gosto especial.

"Claro que é diferente ser campeão pelo Flamengo. Estou muito feliz por ter me recuperado a tempo de jogar e de ajudar a equipe a conquistar mais esse troféu. Infelizmente não foi um ano muito bom para o Flamengo, acabamos não conquistando o NBB e a LIga Sul-Americana, mas veio o Estadual e temos que buscar os títulos em 2011", completou.

O Flamengo é o maior vencedor da história do basquete carioca. Com o título deste ano, já são 36 - 20 a mais do que o Vasco, segundo maior vencedor.

Confira a campanha do Flamengo no Estadual:

1º turno:

Iguaçu 52 x 142 Flamengo
Flamengo 114 x 56 Riachuelo
Macaé 80 x 99 Flamengo
Cabo Frio 50 x 80 Flamengo
Tijuca 101 x 109 Flamengo

2º turno:

Riachuelo 61 x 104 Flamengo
Flamengo 96 x 52 Cabo Frio
Flamengo 123 x 54 Iguaçu
Flamengo 87 x 65 Macaé
Flamengo 105 x 68 Tijuca

Semifinais

Flamengo 76 x 65 Cabo Frio
Cabo Frio 85 x 91 Flamengo

Finais

Flamengo 79 x 75 Tijuca
Tijuca 77 x 90 Flamengo

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticias/noticia.php?id=11494

Hexa DE NOVO


Marcelinho é levantado depois da conquista do hexacampeonato do Fla (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

Flamengo vence Tijuca e conquista o hexa estadual de basquete

Time ganha segundo jogo por 79 a 75 e ganha seu 36º título da competição
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro

O Flamengo chegou ao hexacampeonato estadual de basquete nesta quinta-feira. Depois de vencer o primeiro jogo por 79 a 75, o Rubro-Negro voltou a derrotar o Tijuca, desta vez por 90 a 77, e conquistou de maneira invicta o seu sexto título seguido, o 36º no total. O cestinha foi Marcelinho Machado, que anotou 42 pontos.

– Não há como descrever a emoção de jogar para essa torcida. Eles nos empurram, nos apoiam, mesmo quando a equipe não está bem na partida, e fazem a gente tirar força de onde até nós mesmos duvidamos para conseguir as vitórias. Esse título, assim como todos os outros, é para eles – afirmou Marcelinho.


Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2010/12/flamengo-vence-tijuca-e-conquista-o-hexa-estadual-de-basquete.html

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A campanha

Campeonato Carioca de Futebol de 1963
Participantes 13
Período 30 de junho - 15 de dezembro
Campeão Flamengo
Vice-Campeão Fluminense
Artilheiros Bianchini (Bangu): 18 gols
Maior Público Fluminense 0x0 Flamengo: 194.603 pagantes

Introdução
A 58ª edição do Campeonato Carioca foi vencida pelo Flamengo.

Equipes participantes
América
Bangu
Bonsucesso
Botafogo
Campo Grande
Canto do Rio
Flamengo
Fluminense
Madureira
Olaria
Portuguesa
São Cristóvão
Vasco da Gama

Fórmula de disputa
O campeonato foi feito por pontos corridos, 13 times em uma chave única com jogos de turno e returno. O Primeiro colocado seria o campeão.

Classificação

Col Equipe Pts V E D J GP GC SG
1 Flamengo 39 17 5 2 24 46 17 29
2 Fluminense 38 16 6 2 24 48 10 38
3 Bangu 36 16 4 4 24 58 27 31
4 Botafogo 35 15 5 4 24 44 15 29
5 América 30 12 6 6 24 38 28 10
6 Vasco da Gama 29 11 7 6 24 39 23 16
7 São Cristóvão 21 9 3 12 24 25 38 -13
7 Campo Grande 21 7 7 10 24 22 41 -19
9 Olaria 19 7 5 12 24 32 35 -3
10 Portuguesa 15 4 7 13 24 19 35 -16
11 Bonsucesso 13 4 5 15 24 14 32 -18
12 Canto do Rio 10 3 4 17 24 24 59 -35
13 Madureira 6 2 2 20 24 15 64 -49

Col – colocação; Pts - pontos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; J - jogos;
GP – gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols

Artilharia
Flamengo
Gols Jogador
8 Silva
5 Fefeu
2 Almir
1 Paulo Henrique
Neves

Campeonato
Gols Jogador
18 Bianchini (Bangu)
17 Manuel (Fluminense)
15 Aírton Beleza (Flamengo)
Célio (Vasco)
13 Parada (Bangu)

Jogos do Flamengo

C.R. Flamengo 2 x 0 Canto do Rio (RJ)
1º Turno
30/06 - Estadio: Caio Martins - Niterói - RJ
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Vanderlei, Jordan, Carlinhos, Gerson, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo.
Gols: Gerson(2).

C.R. Flamengo 2 x 1 Portuguesa (RJ)
1º Turno
13/07 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Jordan, Carlinhos, Gerson, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo.
Gols: Gerson e Dida.

C.R. Flamengo 3 x 1 Botafogo (RJ)
1º Turno
21/07 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Jordan, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Paulo Alves e Oswaldo.
Gols: Airton(2), e Paulo Alves.

C.R. Flamengo 5 x 0 Campo Grande (RJ)
1º Turno
27/07 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Jordan, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo.
Gols: Airton(3) e Nelsinho(2).

C.R. Flamengo 5 x 0 Madureira (RJ)
1º Turno
04/08 - Estadio: Conselheiro Galvão - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Vanderlei, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton Dida e Paulo Alves.
Gols: Dida(2), Airton(2) e Espanhol.

C.R. Flamengo 1 x 0 Bonsucesso (RJ)
1º Turno
11/08 - Estadio: São Januario - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Vanderlei, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol Airton, Dida e Oswaldo.
Gol: Airton.

C.R. Flamengo 1 x 3 América (RJ)
1º Turno
18/08 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Vanderlei, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo.
Gol: Nelsinho.

C.R. Flamengo 0 x 0 Vasco da Gama (RJ)
1º Turno
24/08 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Mauro, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Jordan, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Gerson e Oswaldo.

C.R. Flamengo 1 x 2 Bangu (RJ)
1º Turno
01/09 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Mauro(Marcial), Murilo, Luís Carlos, Ananias, Jordan, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo.
Gol: Dida.

C.R. Flamengo 2 x 1 São Cristóvão (RJ)
1º Turno
11/09 - Estadio: General Severiano - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Ananias, Joubert, Paulo Henrique, Nelson, Nelsinho, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo.
Gols: Oswaldo e Nelsinho.

C.R. Flamengo 2 x 0 Olaria (RJ)
1º Turno
15/09 - Estadio: General Severiano - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Ananias, Joubert, Paulo Henrique, Nelson, Nelsinho, Espanhol, Airton, Dida e Paulo Alves.
Gols: Nelson e Airton.

C.R. Flamengo 0 x 0 Fluminense (RJ)
1º Turno
22/09 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Nelson, Nelsinho, Espanhol, Airton, Foguete e Paulo Alves.
Público: 67.837

C.R. Flamengo 3 x 2 Canto do Rio (RJ)
2º Turno
29/09 - Estadio: São Januario - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Nelson, Nelsinho, Espanhol, Geraldo, Dida e Oswaldo II.
Gols: Nelson(2) e Geraldo.

C.R. Flamengo 1 x 0 Portuguesa (RJ)
2º Turno
09/10 - Estadio: São Januario - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Nelson, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gol: Nelson.

C.R. Flamengo 0 x 0 Botafogo (RJ)
2º Turno
13/10 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelson, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo II.

C.R. Flamengo 4 x 1 Campo Grande (RJ)
2º Turno
19/10 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelson, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo II.
Gols: Airton(2), Oswaldo e Nelson.

C.R. Flamengo 0 x 0 Madureira (RJ)
2º Turno
27/10 - Estadio: São Januario - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelson, Espanhol, Airton, Dida e Oswaldo II.

C.R. Flamengo 1 x 0 Bonsucesso (RJ)
2º Turno
03/11 - Estadio: Teixeira de Castro - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelson, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gol: Geraldo.

C.R. Flamengo 2 x 0 América (RJ)
2º Turno
09/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelson, Espanhol Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gols: Oswaldo II(2).

C.R. Flamengo 4 x 3 Vasco da Gama (RJ)
2º Turno
15/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelson, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gols: Airton(3) e Oswaldo II.

C.R. Flamengo 3 x 1 Bangu (RJ)
2º Turno
24/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gols: Oswaldo II(2) e Espanhol.

C.R. Flamengo 2 x 1 São Cristóvão (RJ)
2º Turno
30/11 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gols: Espanhol e Airton.

C.R. Flamengo 2 x 1 Olaria (RJ)
2º Turno
08/12 - Estadio: Rua Bariri - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
Gols: Carlinhos e Nelsinho.

C.R. Flamengo 0 x 0 Fluminense (RJ)
2º Turno
15/12 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo II.
( C.R. Flamengo Campeão Carioca )
Público: 194.603

Campeão
Campeonato Carioca 1963

FLAMENGO
Campeão
14º título

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Campeonato_Carioca_1963"

O maior público do Maracanã



Goleiro do Fla, Marcial salva o rubro-negro.
Foto: O GLOBO

Flamengo 0x0 Fluminense - Final do Campeonato Carioca de 1963

História

Segundo Nélson Rodrigues, um dos maiores cronistas esportivos da história, "os vivos saíram de suas casas e os mortos de suas tumbas, para assistir ao maior Fla x Flu de todos os tempos". As palavras, escritas em sua coluna no Jornal O Globo, descreveram bem o sentimento das quase 200 mil pessoas presentes ao Maracanã naquela decisão de Campeonato Carioca.

Em 15 de dezembro de 1963, no encontro do returno entre Fluminense e Flamengo, o estádio acolheu o maior público já verificado em jogos entre dois clubes no mundo, quando as bilheterias registraram 177.656 pagantes. Acrescentando-se a esse número os 16.947 espectadores que não pagaram ingresso, o total foi de 194.603 pessoas, recorde absoluto de público no Maracanã, e também da história do futebol mundial.

Antes de conquistar o titulo, o Flamengo viveu momentos difíceis, inclusive tendo que afastar craques consagrados como Gerson, Jordan e Dida. Em determinado período do primeiro turno, o clube parecia fora da luta pelo titulo de campeão, mas reagiu no segundo turno, e a partir do jogo contra o América, teve uma seqüência de vitórias até a final contra o rival Fluminense, quando sacramentou a conquista.

O Jogo

O maior público da história do Maracanã. Isso quer dizer alguma coisa, certo? A decisão não chegou a ser um primor de técnica. Foi um jogo cheio de nervosismo pela característica decisiva de que, com qualquer resultado, sairia um campeão. Contudo, neste jogo em que mais de 20% da população do Estado da Guanabara esteve presente, ninguém saiu decepcionado. Pelo menos, os rubro-negros não.

Espanhol, do Fla, deixa jogador tricolor no chãoO time da Gávea entrou em campo necessitando apenas de um empate, enquanto os tricolores queriam a vitória. Os dois times disputaram os lances com muito cuidado em todo seu primeiro tempo, com o Flamengo mais preocupado em se defender e o Fluminense querendo o gol, mas sem coragem de se lançar todo a frente, com o natural receio de ser colhido por um contra ataque do adversário.

No segundo tempo, o Fluminense decidiu procurar a vitória a qualquer custo. A equipe entrou em campo com uma tática ofensiva mais declarada, passando a predominar no ataque, enquanto o Flamengo, instintivamente, procurou se manter na defesa.

Os últimos dez minutos foram verdadeiramente dramáticos com os tricolores forçando a defesa do rubro negro que se defendia de qualquer maneira, mas com muita valentia. O jogo estava tão indefinido que a torcida do Flamengo somente começou a comemorar depois do apito final do juiz. Porém, depois que começou, não parou mais. A festa tomou conta da cidade do Rio de Janeiro.

Foi o fim de um jejum de oito anos sem conquistas estaduais. Porém, Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo trataram de pôr seus nomes na história, e sagrarem-se campeões cariocas de 1963.

Ficha Técnica
Flamengo 0 x 0 Fluminense
Campeonato Carioca de 1963

Data: 15 de dezembro de 1963
Local: Maracanã - Rio de Janeiro
Público Pagante: 177.020 pessoas
Público Presente: 194.603 pessoas
Renda: CR$ 57.993,50

Flamengo: Marcial, Murilo, Luís Carlos, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Airton, Geraldo e Oswaldo
Fluminense: Castilho, Carlos Alberto Torres, Procópio, Dari e Altair. Oldair e Joaquinzinho, Edinho, Manoel, Evaldo e Escurinho


Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Flamengo_0x0_Fluminense_-_Final_do_Campeonato_Carioca_de_1963"

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Comemoração merecida



Adílio, Andrade, Julio Cesar, Junior e Rondinelli representam geração de ouro em evento na Barra da Tijuca

Eternos ídolos comemoram 29 anos do Mundial em grande estilo

Jogadores falaram sobre o título inesquecível

A carreira de um jogador de futebol, normalmente, é curta. Em média, não dura mais de 15, 20 anos. As conquistas alcançadas dentro de campo, no entanto, são eternas. Não importa se faz 29 dias, 29 meses ou 29 anos. A geração de ouro do Flamengo é uma daquelas equipes que o torcedor sabe a escalação de cor e salteado e que serve de inspiração até hoje. Por isso, toda homenagem e celebração a estes heróis são válidas.

Na noite da última segunda-feira, 13 de dezembro, não foi diferente. No dia em que o título mundial interclubes do Flamengo, conquistado em 1981, completou 29 anos, uma grande festa no Hard Rock Café, na Barra da Tijuca, serviu para comemorar mais um ano daquela vitória inesquecível sobre o Liverpool, por 3 a 0, em Tóquio. Um título que para o maestro Júnior, ainda está pra lá de vivo.

"Isso tudo ainda é muito atual para nós. Foi uma grande conquista. Não foi a mais difícil, porque a Libertadores foi muito complicada, mas foi a mais significativa. Foi a vitória de um grupo unido, de um grupo profissional, e que conquistou muitas coisas por esse clube. Por isso, todo dia 13 de dezembro sempre vai ser lembrado. Tomara que venham mais títulos para outras datas também entrarem para a história", explicou o ex-jogador.

E não foi apenas o Mundial que foi celebrado no evento, que contou com as presenças de Adílio, Andrade, Julio Cesar, Junior, Rondinelli, Nélio, Renato e Gilmar Popoca. O filho de Adílio, Soni Adílio, cineasta, aproveitou a ocasião para lançar o trailer de um documentário sobre a geração que, desde o título carioca de 1978, conquistou inúmeros títulos até o Brasileiro de 1987.

"Essas comemorações, essas homenagens, sempre me emocionam, ainda mais com esse filme feito pelo meu filho e pelas meninas que trabalham com ele. Acho que serve até de motivação para os jogadores mais novos, de saberem como é gostoso você saber que fez do seu time o melhor do mundo. Para mim, a sensação foi única. Nós ficamos extasiados, só pensando em tudo o que aquilo representava", contou um emocionado Adílio, revelando que já há planos para um grande evento para comemorar os 30 anos da conquista em 2011.

"Já estamos pensando em fazer um evento também em 2011, para marcar os 30 anos. Foi uma conquista muito importante, que marcou a vida de muita gente e temos que comemorar em grande estilo. Rever os amigos e lembrar daqueles momentos é sempre especial", revelou.

Agradecimentos à Nação – A principal homenagem da noite, no entanto, veio em forma de agradecimento dos próprios jogadores à torcida. Segundo os eternos ídolos rubro-negros, tudo o que foi conquistado teve uma motivação a mais: o décimo segundo jogador.

"Hoje todo mundo diz que é Nação. Mas Nação só tem uma: a rubro-negra", resumiu Junior, que teve as palavras endossadas por Andrade, ovacionado pelos torcedores presentes aos gritos de "hexacampeão".

"Fico muito emocionado. Confesso que não esperava tudo isso. É muito bom ter esse carinho sempre. E como todos falaram aqui, o nosso grande trunfo foi a amizade. Somos todos amigos até hoje, estamos sempre juntos e, é claro, nada disso seria possível sem a força dessa Nação, dessa torcida maravilhosa, por quem a gente corria em dobro", completou o Tromba.

Vale lembrar que, em 1981, o Flamengo conquistou o Campeonato Carioca, a Taça Libertadores e o Mundial em apenas 12 dias. Do gol de Rondinelli, em 1978, até o Brasileiro de 1987, foram, entre outras conquistas de não tanta expressão, foram cinco estaduais, quatro brasileiros, uma Libertadores e um Mundial.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticias/noticia.php?id=11474

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Flamengo campeão da Copa União 1987


Fonte da foto: http://www.flaestatistica.com/times1987.htm

Flamengo Campeão Brasileiro 1987

História

Foi o ano da revolução no futebol brasileiro. Revoltados com o imenso prejuízo nos últimos anos, os trezes maiores clubes do país (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Santos, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Inter-RS e Bahia) bateram o pé, enfrentaram a CBF e resolveram montar um campeonato paralelo. A discussão tornou-se perigosa, já que a FIFA entrou na parada e ameaçou suspender todos os clubes que desrespeitassem a entidade maior do futebol brasileiro. Aí, surgiu uma conciliação. O recém formado Clube dos Treze formaria um Módulo principal (o Verde) junto com outros três que seriam convidados e daí sairia o campeão brasileiro. Em contrapartida, a CBF organizaria mais três módulos (Amarelo, Azul e Branco, respectivamente a Segunda, Terceira e Quarta divisões) para prestigiar seus compromissos políticos com as demais federações nacionais. Quando tudo parecia resolvido, surgiu outro grave problema.

No meio da Copa União, a CBF, pressionada politicamente, resolveu mudar o regulamento e impôs um quadrangular final entre o campeão e vice do Módulo Verde e Amarelo, de onde sairia o campeão brasileiro de 1987. Claro que o Clube dos Treze não aceitou em hipótese nenhuma o confronto entre os dois primeiros colocados da Primeira Divisão contra a Segundona. Enquanto o Módulo Verde só tinha clubes consagrados, o Amarelo contava com equipes de menor expressão. Com a bola rolando, o Atlético-MG fez uma primeira fase impressionante. Jogando 15 vezes, não perdeu um jogo sequer. E olha que só tinha time grande. Junto com o Galo, também conseguiram vaga nas semifinais o Flamengo, Cruzeiro e Internacional. Os times mineiros tiveram o privilégio de jogar a segunda partida em casa, por terem melhor campanha. O Cruzeiro segurou o Inter no Beira-Rio na primeira partida: 0 a 0. Na volta, o placar se repetiu. O regulamento previa uma prorrogação de 30 minutos e foi aí que o Inter se deu bem; fez 1 a 0 e garantiu a vaga na final.

Na outra semifinal, o invicto Atlético-MG pegou o Flamengo no Maracanã. Impulsionado pela sua gigantesca torcida, o time rubro-negro venceu por 1 a 0, gol de Bebeto. No Mineirão, os mineiros estavam preocupados com a sina que perseguia o Galo nos Campeonatos Brasileiros. Aconteceria de novo? No início parecia que sim. Com uma grande atuação de Renato Gaúcho e Zico, o time carioca fez 2 a 0. Como jogava pelo empate, o Fla relaxou e permitiu o empate dos mineiros. Quando a torcida se enchia de esperança, Renato Gaúcho, em uma arrancada fenomenal, driblou o goleiro e fez o gol da vitória do Flamengo. Mais uma vez, o Atlético-MG perdia em casa sua classificação. O pior é que o time só perdeu duas vezes na competição, justamente quando não podia.

Mostrava mais uma vez naquele ano que craque o Flamengo faz em casa, um time que contava com Zé Carlos, Leandro, Leonardo, Andrade, Ailton, Zico, Aldair e Zinho, a grande maioria deles com ótima passagem pela Seleção Brasileira. Era uma máquina de jogar futebol.

O Flamengo era o grande favorito da final. Como se não bastasse eliminar o bicho-papão da Copa União, o time vinha embalado e subindo de produção. O Inter estava numa situação inversa. Depois de assegurar a vaga na semifinal com um ótimo primeiro turno, os gaúchos ficaram em penúltimo no segundo. No Beira-Rio, no dia 6 de dezembro, com um público de 62.228 pagantes, o Flamengo saiu na frente com Bebeto, mas o Inter empatou.

No Maracanã, dia 13 de dezembro, a massa rubro-negra lotou para acompanhar o que seria o quarto título rubro-negro, um dilúvio não impediu que mais de 90 mil pagantes vissem um domínio total do Flamengo. Bebeto fez 1 a 0 logo no início do primeiro tempo. O Inter não conseguiu reagir em nenhum momento do jogo. A meta de Zé Carlos nunca foi ameaçada. A defesa com Jorginho, Edinho, Leandro e Leonardo comportou-se maravilhosamente. A festa estava completa. O Flamengo conquista seu quarto título nacional. Última conquista de um título Brasileiro do Flamengo sob o comando do grande Zico.

A polêmica em torno ao título

Há aqueles que consideram o Sport Recife campeão Brasileiro daquele ano, acreditando se tratar do duelo entre um time grande e um time menor, e consequentemente o favorecimento ao time grande, mas não é bem isso que aconteceu. A CBF, comandada por Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, resolveu alterar a fórmula do campeonato com este em andamento, o que não foi aceito pelo Clube dos 13, tanto que Internacional que perdeu a decisão não concordou com o cruzamento. Em 1988, o Conselho Nacional de Desportos, entidade máxima do esporte a época, reconheceu a conquista rubro-negra, o que a CBF não acatou.

O Elenco

Goleiro: Zé Carlos

Lateral-Direito: Jorginho
Zagueiro: Edinho
Zagueiro: Leandro
Lateral-Esquerdo: Leonardo

Volante: Ailton
Volante: Andrade
Meia: Zinho
Meia: Zico

Atacante: Bebeto
Atacante: Renato Gaúcho

Técnico: Carlinhos
Outros Jogadores: Cantareli, Júlio Cesar, Zé Carlos II, Guto, Aldair, Flavio, Airton, Kita, Gerson, Vandick, Alcindo, Henágio, Leandro Silva e Nunes.

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Flamengo_Campe%C3%A3o_Brasileiro_1987"

A grande conquista



Foto: www.flaestatistica.com - Flaestatística

Flamengo Campeão Mundial Interclubes 1981

História

Considerado o maior time da história do Flamengo, que foi formado em grande parte por jogadores revelados nas divisões de base do Clube, comandado por Zico, este plantel venceu o Campeonato Mundial Interclubes, em 1981, e também a Taça Libertadores da América e o Campeonato Carioca daquele ano. Foi também base para as conquistas do Campeonato Brasileiro, em 1982, 1983, 1987 e de diversos outros troféus.

Comandado primeiramente pelo treinador Cláudio Coutinho, o time de 1981 do Flamengo parecia jogar por mágica. Mesmo com uma maratona de jogos, atuava sempre com muita disposição, e sempre querendo vecer. Conquistou três títulos em apenas 12 dias, e o mais importante deles, o Mundial Interclubes, veio no dia 13 de dezembro daquele ano, em partida disputada contra o campeão europeu, o Liverpool, em Tóquio, no Japão.

Diante de 62 mil pessoas, o Rubro-Negro deu um baile nos favoritos ingleses, e com show de Zico, fez 3x0 ainda no primeiro tempo. Os memoráveis gols foram marcados por Nunes, aos 13', Adílio aos 34', e novamente pelo artilheiro das decisões, Nunes, aos 41'. No segundo tempo, bastou administrar o resultado e comemorar a conquista.

Eleito o melhor jogador em campo, Zico foi premiado com um carro da Toyota, patrocinadora do torneio. O maior time da história conquistou o maior título da história do Clube, coroando um ano inesquecível, e chegando ao auge de uma geração que viria a conquistar muitos títulos ainda.

O Elenco

Lateral-Direito: Leandro
Zagueiro: Marinho
Zagueiro:Mozer
Lateral-Esquerdo: Júnior

Volante: Adílio
Volante: Andrade
Meia: Zico

Ponta de Lança: Tita
Ponta de Lança: Lico
Centroavante: Nunes

Técnico: Paulo César Carpeggiani
Reservas: Cantarelli, Figueiredo, Peu, Anselmo, Nei Dias e Baroninho.

Colaboração
Torcedores que ajudaram neste artigo:
Joaquim Oliveira
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Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Flamengo_Campe%C3%A3o_Mundial_Interclubes_1981"

Flamengo 3x0 Liverpool - Mundial Interclubes 1981

História

A maior partida da história do Flamengo. O jogo da vida de todos os rubro-negros. Este foi o Flamengo x Liverpool, de 13 de dezembro de 1981. Campeão da Taça Libertadores da América, batendo o Cobreloa na final, a equipe brasileira entrava em campo para eliminar o estigma de que não era apenas "time de Maracanã", visto que seus principais títulos até aquela época foram conquistados no "Maior do Mundo" (lembrando que apenas 20 dias antes o clube havia derrotado o Cobreloa em Montevidéu, conquistando o título continental de 1981).

As épocas douradas dos dois times iniciaram juntas, em 1978, ano que a equipe inglesa venceu a Liga dos Campeões da UEFA, dando início a uma seqüência de conquistas de dois campeonatos ingleses (1979/1980) e o título europeu de 1981. Enquanto isso, o clube brasileiro vencia o tricampeonato carioca (1978/1979/1979 especial), o Campeonato Brasileiro de 1980, o Campeonato Carioca 1981, além do título continental deste mesmo ano.

O Liverpool era o grande favorito por ser o maior time da época. O time inglês superara Bayern de Munique e Real Madrid nas duas últimas fases - semifinais e final, respectivamente - da Copa dos Campeões da UEFA. Mas, essa fama dos ingleses e seu ar arrogante de superioridade seriam fatais para eles.

Os 62.000 torcedores que compareceram ao Estádio Nacional de Tóquio, dentre eles, muitos rubro-negros, não viram um show dos vermelhos, mas sim, do vermelho e preto, que trajava sua camisa branca na decisão. Viram um show de Zico, inspiradíssimo. Viram um show do futebol brasileiro. Um show que garantiu o título para o Fla ainda no primeiro tempo, com um indiscutível 3x0, para acabar com as dúvidas de quem era o melhor. Não apenas naquela partida, mas o melhor do mundo. E era o Flamengo.

O Jogo

Cercados de muita expectativa, os jogadores do maior time da história do Flamengo adentraram o gramado do Estádio Nacional diante de mais de 60 mil pessoas presentes e aos olhos da Nação Rubro-Negra do outro lado do mundo, no Brasil. E qualquer dúvida sobre o talento e sobre a capacidade destes jogadores, foi por água abaixo logo aos 13 minutos de jogo.

Zico lançou Nunes que viu a saída desesperada do goleiro Grobbelaar e, ainda fora da grande área, o encobriu para abrir o placar, e gravar na memória dos rubro-negros uma cena inesquecível. O "Artilheiro das Decisões" saiu para comemorar antes mesmo de a bola entrar, mostrando a certeza e a confiança no futebol do time. "Acidente de percurso", pensaram os ingleses. Coitados, mal sabiam que o show rubro-negro estava apenas começando.

E o ingleses não poderiam esperar por algo pior. Além do time rubro-negro motivado, Zico estava inspirado. Como (quase) sempre. O Galinho levou à loucura a defesa adversária. Aos 34 minutos, McDermott derrubou Tita na entrada da área e o craque se encarregou da cobrança da falta, mandando a bomba que Grobbelaar apenas rebateu. Na sobra, Lico bateu, o zagueiro Thompson cortou, mas não impediu o gol do oportunista Adílio, que estufou a rede colocando uma vantagem de 2 a 0 no placar.

O Liverpool sentiu o golpe. Até então sempre com ar de superior, o time inglês percebeu que o título mundial escapava de suas mãos. E escapou em definitivo aos 41 minutos. O maior jogador do Flamengo em todos os tempos, Zico, protagonizou lance parecido com o do primeiro gol e que também terminou no fundo das redes. O Galinho lançou novamente o centroavante Nunes, que avançou e bateu na saída do goleiro: 3x0 e fim de papo. Com 45 minutos de antecedência, a taça já tinha destino certo: o Rio de Janeiro.

O segundo tempo foi arrastado, chato mesmo de se ver. O Liverpool não mostrava forças para reagir, limitou-se a ficar na defesa - talvez temendo sofrer uma goleada ainda mais humilhante. Os craques do Flamengo tocavam a bola de pé em pé sem objetividade, envolvendo os combalidos adversários e esperando o tempo passar. Foram 45 minutos de total domínio rubro-negro sobre os ingleses até o apito final, em que o time da Gávea poderia até ter aumentado o placar, em uma grande troca de passes que envolveu Zico, Lico, Leovegildo Lins da Gama Júnior e Adílio, que finalizou de fora da área, mas o goleiro inglês fez a defesa.

Final de jogo e festa no Brasil, o clube mais popular do país conquistava o mundo. Agora, definitivamente, o Flamengo não poderia ser chamado de "time de Maracanã". Afinal, provou ser imbatível em todo o canto, até mesmo do outro lado do planeta. E Zico provou não apenas ser o "rei do Maracanã", como também, o "rei do Mundo" na década de 1980. Eleito, justamente, o melhor jogador da decisão, o Galinho se firmava mais ainda como o maior de todos os tempos na história do rubro-negro.

Foi o dia em que frases como "Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo" e "Quero cantar ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro" fizeram mais sentido para os torcedores do Clube. Uma vitória que fica marcada para sempre na história do Clube.

Ficha Técnica

FLAMENGO 3x0 LIVERPOOL
Mundial Interclubes de 1981

Local: Estádio Nacional, Tóquio (JAP)
Data: 13 de Dezembro de1981
Árbitro: Rúbio Vazques (México)

Gols: Nunes 13', Adílio 34' e Nunes 41' do 1° tempo

FLAMENGO: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Adílio, Andrade e Zico; Tita, Lico e Nunes. Técnico: Paulo César Carpeggiani

LIVERPOOL: Grobbelaar; Neal, R. Kennedy, Lawnson e Thompson; Hansen, Dalglish e Lee; Johnstone, Souness e McDermott (Johnson). Técnico: Paisley.

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Flamengo_3x0_Liverpool_-_Mundial_Interclubes_1981"