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sexta-feira, 26 de março de 2010

Dida - o ídolo de Zico


Dida (agachado abraçando o menino) e os demais jogadores



Dida - Revista do Esporte

Edvaldo Alves Santa Rosa
De Flapédia

Biografia

Edivaldo Alves de Santa Rosa, mais conhecido como Dida, foi o maior artilheiro do Flamengo até a Era Zico, marcando 244 gols em 350 jogos entre 1953 e 1966, e atualmente é o segundo maior artilheiro do Flamengo atrás apenas do Zico. Curiosamente era o maior ídolo de Zico, de quem acabaria herdando a camisa 10. Dida foi descoberto em Maceió, quando a delegação de vôlei do Flamengo assistia a um jogo entre as seleções de futebol de Alagoas e da Paraíba. Os cariocas ficaram impressionados com um jogador da equipe alagoana que marcou três gols na partida e, depois de um tempo, um representante do time da Gávea foi até o Nordeste trazer o jovem talento para o Rio.

Dida jogou a primeira vez no profissional do time rubro-negro graças às contusões de Evaristo e Benitez num jogo contra o Vasco. O Flamengo venceu por 2x1, mas Dida acabou retornando para o time de aspirantes. Só em 55 ele viria a se firmar definitivamente como titular, substituindo Evaristo mais uma vez. Na final do campeonato daquele ano, o Flamengo venceu por 4x1, conquistando o bi-campeonato. O jovem alagoano marcou três gols da partida.

Na seleção Dida era o camisa 10, titular absoluto até a Copa de 58. Uma contusão (que hoje teria uma recuperação bem rápida) o deixou no banco de reservas e abriu vaga para o jovem Edson Arantes do Nascimento (Pelé), que encantaria o mundo com seu futebol.
Dados

Nome Completo: Edivaldo "Dida" Alves Santa Rosa
Data de Nascimento: 26 de Março de 1934
Faleceu em: 17 de Setembro de 2002
Nascimento: Maceió (AL)

Primeiro Jogo pelo Fla: 17/10/1954 (Flamengo 2 x 1 Vasco da Gama)
Títulos

Flamengo

* Campeonato Carioca 1953
* Campeonato Carioca 1954
* Campeonato Carioca 1955
* Torneio Rio-São Paulo 1961
* Campeonato Carioca 1963
* Campeonato Carioca 1965

Seleção Brasileira

* Copa Roca de 1957
* Copa do Mundo de 1958

Estatísticas
Ano Jogos Gols
1954 3 1
1955 17 16
1956 23 24
1957 46 34
1958 39 33
1959 59 46
1960 29 16
1961 44 28
1962 60 43
1963 37 23
Total 357 264

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Edvaldo_%22Dida%22_Alves_Santa_Rosa

quinta-feira, 25 de março de 2010

Império do Amor ‘bate ponto’ contra o Tigres


Agência/VIPCOMM Agência/VIPCOMM
Vagner Love disputa bola na partida contra o Tigres

Após dez jogos, Adriano e Vagner Love marcam no mesmo jogo, e Rubro-Negro faz 3 a 1. Só combinação de resultados impediria classificação

GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Há dez jogos – ou desde o dia 3 de fevereiro - os dois integrantes do Império do Amor não marcavam no mesmo jogo. De lá para cá, viveram uma série de problemas extracampo, com polêmicas e visitas à delegacia agendadas. Nesta quarta-feira, Adriano e Vagner Love colaboraram para a vitória de virada do Flamengo por 3 a 1 sobre o Tigres. A partida ocorreu num semideserto Engenhão – com pouco menos de dois mil pagantes.

Apesar do triunfo, o Flamengo teve atuação preguiçosa, sobretudo no primeiro tempo. A escalação de Petkovic não surtiu efeito, e a lentidão facilitou o trabalho do adversário. No segundo tempo, com Vinícius Pacheco, o time melhorou e criou diversas chances, muitas delas desperdiçadas por Vagner Love. Ele acertou o alvo em uma delas e manteve a liderança da artilharia do Estadual, com 11 gols.

Logo atrás está o Imperador, com dez. Mas nem os dois gols que fez nesta quarta fizeram surgir o sorriso no rosto do emburrado artilheiro. Quem não escondeu a felicidade foi Maldonado. O chileno voltou após quatro meses de inatividade por causa de cirurgia no joelho esquerdo e teve o trabalho facilitado pelo fraco ataque do adversário. Mesmo assim, apareceu com bons desarmes e passes certos.

O Flamengo segura a invencibilidade na casa do Botafogo - são seis vitórias e um empate - e mantém a liderança do Grupo A, com 16 pontos. O time leva vantagem sobre o Fluminense no saldo (12 a 11). Para garantir a classificação às semifinais da Taça Rio sem torcer por tropeço do terceiro colocado - o Bangu -, o Rubro-Negro precisa de apenas um ponto nas duas rodadas finais. Mesmo que saia derrotado nas duas partidas restantes, o time só perderá a vaga se a equipe da Zona Oeste vencer ambas e tirar uma diferença de dez gols.

O próximo jogo será no domingo, contra o América, novamente no Engenhão. O Tigres, sem chances de classificação e na briga contra o rebaixamento, está na quinta posição da Chave B, com seis pontos, e no sábado visita o Bangu.

Preguiça rubro-negra

O estádio vazio permitiu aos poucos presentes escutarem até as batidas na bola. Apesar do pouco apoio, fato corriqueiro no Estadual, o Flamengo começou tentando algo. Foram três escanteios consecutivos aos dois minutos. No melhor deles, o cabeceio de Adriano foi interceptado pelo goleiro Rodolpho.

Apesar do domínio, as finalizações demoraram a acontecer. Muito por culpa de Vagner Love, que se enrolou com a bola em duas boas ocasiões. O primeiro chute só aconteceu aos 27. Juan bateu de longe, a bola desviou na zaga e caiu nas mãos do goleiro do Tigres.

O buraco nas costas de Juan provocou problemas graves ao Flamengo. Aos 31, após um cruzamento da esquerda, Gilcimar aproveitou na segunda trave e abriu o placar.

Kleberson recebeu de David aos 34, driblou um zagueiro e por pouco não acertou o ângulo direito. Bastou se esforçar um pouco que o empate saiu. Léo Moura foi à linha de fundo e fez belo cruzamento. Adriano subiu sozinho e cabeceou para a rede. Assim como fizera no jogo contra o Botafogo, a comemoração dele foi contida, cumprimentando apenas os companheiros.

A virada quase aconteceu aos 42. Pet deu ótimo passe para Vagner Love. O atacante dominou mal e permitiu que Rodolpho abafasse seu chute. Na sobra, Juan bateu para fora.

Sem Pet, Império do Amor decide

No segundo tempo, Andrade tirou Petkovic e colocou Vinícius Pacheco. Embora com mais velocidade ofensiva, o Flamengo sofreu com as investidas do rival. Antes do primeiro minuto, Gilcimar chutou da entrada da área, mas o desvio de David impediu que acertasse o alvo. Depois, Daniel Silva foi à ponta esquerda, cruzou rasteiro e Bruno segurou.

A virada surgiu justamente por causa da rapidez no ataque. Mas Vinícius não participou do lance. A jogada começou em uma rápida reposição de Bruno. Depois, Juan tabelou com Adriano e tocou para Vagner Love. O atacante deu um lindo drible de corpo em um zagueiro e bateu no canto esquerdo. O gol pôs fim ao jejum de três partidas e o manteve na artilharia isolada do Estadual, com 11 gols.

Pouco depois, aos nove, Adriano chutou de perna direita e Rodolpho espalmou. O Tigres não se entregou. Cleitinho deu dois dribles desconcertantes em Willians e Juan e bateu por cima.

Em outra boa tabela, aos 23, Juan deixou Love livre na entrada da pequena área. Ele girou e bateu por cima do travessão. Léo Moura deu outro presente um minuto depois. Desta vez, o camisa 9 acertou o pé da trave.

Em um momento de desatenção do Rubro-Negro, Daniel Silva desviou dentro da área, e Bruno saltou para salvar. O gol do desafogo começou nos pés de Fabrício. O zagueiro fez bom lançamento, Vinícius Pacheco avançou e rolou para Adriano, aos 31.

Com a partida decidida, o Flamengo segurou o resultado e esperou o apito final de Djalma Beltrami.

Ficha técnica:

FLAMENGO 3 x 1 TIGRES
Bruno, Léo Moura, David, Fabrício e Juan; Maldonado, Willians (Rodrigo Alvim), Kleberson e Petkovic (Vinícius Pacheco); Vagner Love (Ramon) e Adriano. Rodolpho, Edinho, Ronaldo, Paulo Cesar, Zé Carlos e Celico (Edson Barbosa); Leão, Dênis, Geovani (Jefinho) e Daniel Silva; Cleitinho e Gilcimar.
Técnico: Andrade. Técnico: Sorato
Gols: Gilcimar, aos 31, Adriano, aos 37 minutos do primeiro tempo; Vagner Love, aos sete, e Adriano, aos 31 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: David (Flamengo), Dênis (Tigres)

Estádio: Engenhão. Data: 24/3/2010. Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ). Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Gilberto Stina Pereira (RJ).

Renda: R$ 47.405. Público: 1.915 pagantes (3.118 presentes)

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Campeonato_Carioca/0,,MUL1543520-9835,00.html

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dequinha - o guerreiro de Mossoró


Fonte da foto: http://www.eusouflamengo.com/dequinha.php

Hoje é aniversário de Dequinha, um dos maiores jogadores da história do Flamengo. Nascido em Mossoró, no dia de São José, José Mendonça dos Santos, honrou a sua cidade natal, pois como ela lutou bravamente pelos seus ideais, saindo de maneira semelhante vencedor. Jogava na posição de centro-médio, atualmente conhecida como volante. Dotado de refinada técnica e excelente condição física, não demorou a se destacar na fabulosa equipe da década de 50 carinhosamente chamada de ROLO COMPRESSOR. Evaristo de Macedo, atacante e companheiro de time enaltecia o seu majestoso futebol. Carlinhos, seu sucessor tinha Dequinha como espelho de jogador. Depois de encerrada a carreira de jogador iniciou como treinador logrando êxito em times do nordeste, como no caso do Confiança de Sergipe. Ele,aliás, foi um dos primeiros treinadores de outro nordestino que fez sucesso no Flamengo: o baiano Nunes.
Eu, particularmente, me sinto muito feliz em ver um jogador de origem humilde, reservado, brilhar no meu clube de coração. Além do mais, é uma emoção enorme saber que grande profissional nasceu em minha querida e amada Mossoró.

Fonte consultada: OS DEZ MAIS DO FLAMENGO - Livro de Roberto Sander

sexta-feira, 12 de março de 2010

Rodrigo Alvim: 'Essa camisa é mágica'

Rio - Rodrigo Alvim marcou seu primeiro gol com a camisa do Flamengo nesta quarta-feira, pela Libertadores. O jogador entrou em campo durante o segundo tempo da vitória rubro-negra por 3 a 1 sobre o Caracas. O jogador foi lançado para ajudar a defesa, já que o time havia perdido Toró, expulso, e exaltou a dedicação da equipe.

"Parece que essa camisa tem uma magia, uma coisa diferente, que é inacreditável. Estávamos com 10, mas parecia que tínhamos mais do que isso. Mais do que 11, 12, 13, 14... É incrível", festejou.

Alvim cumpriu tão bem seu papel que acabou fazendo até um gol. Foi dele o golpe final no time venezuelano, que garantiu ao Flamengo mais três pontos na competição. Em uma jogada que parecida despretensiosa, ele levou a bola para o canto direito do campo, percebeu o espaço aberto na defesa adversária, entrou na área e tocou na saída do goleiro.

"Aqui não tem individualismo. O Kleberson correu, roubou a bola, tocou para mim, e eu percebi o espaço, tentei e fui feliz ao marcar", explicou.

Rodrigo chegou à Gávea já com o Campeonato Carioca em andamento, e só pôde ser utilizado a partir da Taça Rio. Contratado como lateral-esquerdo, o jogador mostrou sua polivalência nos treinamentos, e contra o Caracas atuou como cabeça-de-área.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/ataque/flamengo/html/2010/3/rodrigo_alvim_essa_camisa_e_magica_68760.html

Apenas Pirilo supera o início avassalador de Vagner Love no Flamengo


Eduardo Peixoto/GLOBOESPORTE.COM
Vagner Love tem 12 gols em 2010

Atacante marcou 12 vezes nas dez primeiras partidas pelo Rubro-Negro. Jogador das décadas de 30 e 40 fez 14 gols no mesmo período

Eduardo Peixoto e Rodrigo Benchimol Rio de Janeiro

Ao contrário de Romário, Vagner Love não teve recepção de gala, com desfile em caminhão do Corpo de Bombeiros pelas ruas do Rio de Janeiro. Tampouco mereceu uma estreia no Flamengo com o Maracanã lotado, como aconteceu com a volta de Adriano em 2009.

O artilheiro do amor conquistou o respeito e a admiração da torcida com o que dele se esperava: gols. Desde o primeiro jogo contra o Bangu, em um Engenhão quase vazio, o centroavante mostrou eficiência e fez dois. A forma letal com que encara a área adversária prosseguiu. Ele deixou sua marca em oito dos dez jogos que entrou e participou. No total, são 12 gols (dez no Estadual e dois na Libertadores). Marca que o deixa atrás apenas de Pirilo no ranking de atacantes com o melhor desempenho na primeira dezena de partidas.

- Espero que não pare. Até porque sei que esses gols ajudam o Flamengo – disse Love.

Recordista de gols em uma edição de Campeonato Estadual, Pirilo é o quarto maior artilheiro da história do clube ao lado de Romário (204 gols) e atrás de Zico (509), Dida (264) e Henrique (216). Love ainda está bem longe dos números deles e há um agravante para atrapalhar uma trajetória semelhante.

O contrato dele termina em julho e o CSKA o espera de braços abertos. Enquanto brilha no breve período na Gávea, o atacante mira os títulos para deixar o nome na história do clube.

- Meu objetivo é ser campeão, mas se vier a artilharia junto, ficarei muito feliz – afirmou Vagner Love.

Neste domingo, o atacante está confirmado no clássico contra o Vasco, pela quarta rodada da Taça Rio. A partida começa às 19h30m (de Brasília), e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos.

Gols dos atacantes do Flamengo nos primeiros dez jogos*:

Jogador Gols
Pirilo 14
Vagner Love 12
Benitez 10
Nilson 10
Charles Baiano 10
Marciano 9
Romário 9
Luizão 7
Edmundo 6
Fernando Baiano 6
Dadá Maravilha 5
Dimba 5
Doval 5
Edilson 5
Henrique 5
Gaúcho 5
Souza 5
Renato Gaúcho 4
Adriano 4 (sete quando voltou)
Nunes 4
Leônidas 4
Dida 4
Sávio 4
Bebeto 3
Emerson Sheik 3
Jarbas 2
Obina 2
Zico 1
Zizinho 1


*Na lista acima há o desempenho inicial dos dez maiores artilheiros da história do clube, de alguns atacantes recentes, como Obina e Souza, e de outros que obtiveram números significativos na primeira dezena de partidas. Fonte: FlaEstatística.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL1526049-9865,00.html

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nosso desprezo com a memória e Petkovic

A casa onde Machado de Assis viveu é hoje um mercado de secos e molhados no Cosme Velho, zona sul do Rio de Janeiro. Em Londres, Viena ou mesmo Buenos Aires, seria um museu dos mais visitados e cultuados. O estrangeiro que aqui desembarcar e quiser conhecer o cenário onde nasceram Bentinho e Capitu vai certamente lamentar pelo Brasil. Que país é este que deixou a casa do seu maior escritor virar uma bodega?

Vez por outra surge alguém pregando a demolição do Maracanã. Poucas coisas me doem tanto quanto ouvir isso. Digo mesmo que tomo como um desaforo pessoal. Foi com o Maracanã que o Brasil olhou para o espelho e se viu como um povo capaz de vencer seus desafios. Nossa capacidade empreendedora foi pela primeira vez reconhecida no mundo inteiro.

Talvez ali tenhamos começado a superar o complexo de vira-latas que oito anos depois Nelson Rodrigues iria apontar como superado, enfim, na vitória em gramados suecos. Talvez ali tenhamos tomado fôlego para pavimentar os “Anos Dourados”, para fazer 50 anos em 5 logo em seguida. Não hesito em afirmar que os tais “Anos Dourados” começaram ali.

Mas como construir nossa memória é coisa menor, pouco importante para sermos o país que tantas vezes viu seu projeto de nação adiado, que se bote abaixo o Maraca. A geral já foi. Só falta o resto. Um dia o farão. Talvez depois de mais uma reforma que consome milhões. Finda a Copa, algum burocrata chega lá, convencendo a todos que uma “Arena” é mais moderna. Com aplausos do elenco de apoio de sempre.

Nesses 510 anos, só conseguimos construir o mito de herói nacional em torno de Tiradentes. Será que somos isso mesmo, um país de homúnculos, de um só grande personagem? Claro que não, nem é preciso dizer. Mas é preciso gritar cada vez mais por nossa memória, olhar o passado em busca de um presente digno. Temos fortes problemas na construção de nossa memória, já foi dito tantas vezes. Junte-se a isso a pressa do mundo contemporâneo, as relações cada dia mais instantâneas, e temos o pior dos mundos.

E aqui chegamos no principal ponto: a imensa dificuldade na construção da memória nacional desemboca em um único rio: o do desrespeito.
Certamente terei a tentação de republicar este texto adaptado para diversas situações, sempre que a memória for desrespeitada por aqui. Ou seja, semanalmente.
Mas escrevo isso agora pensando em alguma coisa bem próxima, um acontecimento fresquinho, mas que dá bem a dimensão de nossa falta de respeito com os ídolos, com a memória.

Petkovic foi o herói de um título do Flamengo em 2001, com o célebre gol de falta. Anos depois o herói retornou. Sem deitar nos louros, quando ninguém acreditava mais, voltou a ser o herói maior de um improvável título nacional com o Flamengo. Cantado e exaltado por todos. Um mês depois, caiu em desgraça, esteve por um fio de ser mandado embora pela porta dos fundos, escorraçado.

Pet cometeu um erro? Sim. Um erro menor, daqueles que ocorrem todos os dias no futebol. Mas um cartola de terceiro escalão, ávido por microfones e embevecido com um status muito maior do que sua história pessoal até então (voltaremos a falar nesse blog sobre cartolas que nada são e acabam guinados a mandatários) decidiu pelo exílio de Pet, o herói de um mês atrás. Com o beneplácito de toda a diretoria rubro-negra.

Andrade, monstro sagrado da história rubro-negra, treinador que se revelou de mão cheia e merece vida longa no Flamengo, ótima pessoa, também não podia ver a isso tudo sem gritar, sem se posicionar, simplesmente deixar a fritura de Pet, congelar o cara que o ajudou há um mês atrás. Basta que o próprio Andrade lembre o quanto foi desrespeitado na história recente do Flamengo para não admitir isso.

O que mais me espantou foi a normalidade com que um caso desses foi tratado. Pela imprensa e muito mais assustador, pela própria torcida rubro-negra (falaremos ainda também adiante sobre a higienização dos estádios, que faz com que o verdadeiro torcedor esteja cada dia mais longe. Há tempos venho falando nisso. O auge foi uma das coisas mais patéticas que já vi na minha vida: “A Campanha do Palavrão”, pra banir o palavrão do estádio. Voltaremos nisso pra rir ou chorar!). Bom, mas retomando, foram quase inexistentes os protestos com o afastamento de Pet e com a cena que se repete, com ele no banco de reservas. Resumo da ópera: parece normal que o cara que botou o campeonato brasileiro no bolso esteja passando por isso. Estamos falando de muito pouco tempo passado.

Ok, entrou no time um menino promissor, fez gols. È promissor realmente Vinícius Pacheco, mas por enquanto, enfrentando Boavista, Volta Redonda, é apenas isso. Pet não precisa mais mostrar o quanto é imprescindível para o Flamengo, salvo que em um mês tenha desaprendido. Custo acreditar que em algum momento da Libertadores ele não será fundamental para seu time. Será que Pet é tão descartável assim tão pouco tempo depois da conquista do Brasileiro pelo Flamengo? E dessa forma?

E aí chego em outro ponto: no meu modesto entender, sua ausência já custou muito caro ao Flamengo. O título da Taça Guanabara. Não exagero. Pois duvido que com Pet em campo teria passado em branco, tão passivamente o patético episódio onde o juiz voltou atrás com o cartão para o jogador alvinegro Fahel, poupando-o da expulsão. Diante de um Flamengo mudo, que apenas assistiu sua carteira roubada na própria cara. Faltou um líder em campo. Também faltou um líder para mostrar que era preciso transformar superioridade no campo em gols, alguém pra gritar com o time. Deu no que deu para o Flamengo.

Mas o cartola deve estar em êxtase ainda hoje. O anônimo que subia o elevador do prédio sem ninguém saber quem era, que passava pela rua como um Zé Ninguém agora não é mais um anônimo. Matou o herói! O perigo de ter tal tipo de cartola na direção de um clube é que um dia ele vai realmente decidir e falar em nome do clube. Vale pra qualquer clube, e todos tem figuras assim.

Mas o que mais me assusta mesmo é como por essas bandas ídolos podem ser tão descartáveis. Pior: as últimas notícias são de que o tal cartola já trata de renovações, e com frieza calculada, ignora a renovação de Pet.

Finalizando, esse texto não trata de Pet, de Flamengo, de Rio, de Corinthians, de São Paulo. Esse texto é sobre respeito. E a acima de tudo, sobre as conseqüências da falta de construção de memória no Brasil, que, como vimos, gera o desrespeito.
Pensando bem, já pode ter acontecido no seu escritório, no seu trabalho, com você, com um familiar, um amigo... Em algum momento e lugar, você já viu ou ouviu falar de caso onde não se respeitou a história de uma pessoa, descartada como nada. Como Pet e o tal cartola menor.

Diga o que acha, se concorda que a ausência de Pet pode ter custado caro ao Flamengo ou não, se é certo isolar o jogador, se acha que ele pode ou não fazer falta na Libertadores.

Fonte: http://espnbrasil.terra.com.br/luciodecastro

sexta-feira, 5 de março de 2010

Os maiores artilheiros do Flamengo

Lendo a página oficial do Flamengo encontrei um artigo contendo diversas estatísticas sobre os maiores goleadores da história do Flamengo. Achei interessante e por essa razão resolvi postá-lo.

Maiores Artilheiros
Posição Jogador Gols Jogos Média
1º Zico 509 gols 732 jogos 0,69
2º Dida 264 gols 357 jogos 0,74
3º Henrique 216 gols 412 jogos 0,52
4º Romário 204 gols 240 jogos 0,85
4º Pirilo 204 gols 236 jogos 0,86
6º Jarbas 154 gols 381 jogos 0,40
7º Leônidas 153 gols 149 jogos 1,03
8º Bebeto 151 gols 307 jogos 0,49
9º Zizinho 146 gols 329 jogos 0,44
10º Índio 142 gols 218 jogos 0,65
11º Tita 135 gols 391 jogos 0,35
12º Adílio 128 gols 616 jogos 0,21
13º Durval 124 gols 133 jogos 0,93
14º Nonô 123 gols 143 jogos 0,86
15º Esquerdinha 117 gols 280 jogos 0,42
16º Joel 116 gols 414 jogos 0,28
17º Alfredinho 103 gols 106 jogos 0,97
18º Evaristo 103 gols 191 jogos 0,54
19º Nunes 99 gols 214 jogos 0,46
20º Gaúcho 98 gols 200 jogos 0,49
21º Perácio 97 gols 123 jogos 0,79
22º Luisinho Lemos 95 gols 160 jogos 0,59
23º Sávio 95 gols 261 jogos 0,36
24º Vevê 92 gols 213 jogos 0,43
25º Doval 92 gols 263 jogos 0,35
26º Babá 89 gols 308 jogos 0,29
27º Nelson 86 gols 146 jogos 0,59
28º Gerson 86 gols 153 jogos 0,56
29º Luís Carlos 85 gols 207 jogos 0,41
30º Rubens 84 gols 173 jogos 0,49
31º Junqueira 82 gols 103 jogos 0,80
32º Cláudio Adão 82 gols 154 jogos 0,53
33º Fio Maravilha 79 gols 288 jogos 0,27
34º Júnior 77 gols 874 jogos 0,09
35º Sá 76 gols 235 jogos 0,32
36º Benitez 75 gols 115 jogos 0,62
37º Airton 72 gols 131 jogos 0,55
38º Nélio 71 gols 342 jogos 0,21
39º Silva 70 gols 132 jogos 0,53
40º Renato Gaúcho 68 gols 213 jogos 0,32
41º Gringo 67 gols 121 jogos 0,55
42º Fragoso 65 gols 92 jogos 0,71
43º Zinho 65 gols 466 jogos 0,14
44º Jair Rosa Pinto 62 gols 87 jogos 0,71
45º Dionísio 62 gols 164 jogos 0,38
46º Tião 60 gols 153 jogos 0,39
47º Paulinho 59 gols 143 jogos 0,41
48º Moacir 59 gols 237 jogos 0,25
49º Vadinho 55 gols 87 jogos 0,63
50º Ricardo Riemer 55 gols 68 jogos 0,81
51º Hermes 52 gols 72 jogos 0,72
51º Petkovic 52 gols 153 jogos 0,33
53º Edilson 51 gols 115 jogos 0,44
54º Candiota 50 gols 118 jogos 0,42

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Artilheiros

segunda-feira, 1 de março de 2010

Love e Pacheco marcam dois gols cada e decidem para o Flamengo


Léo Moura e Vagner Love comemoram um dos gols do Flamengo - Agência/Vip.com

Time goleia o Macaé por 4 a 1, em Volta Redonda, na sua estreia na Taça Rio, na noite que o atacante assume a artilharia do Carioca

Rodrigo Benchimol
Volta Redonda, RJ

Os desfalques não fizeram muita falta ao Flamengo contra o Macaé, neste sábado, em Volta Redonda. O brilho de dois jogadores foi suficiente para golear o time norte-fluminense por 4 a 1, no estádio Raulino Oliveira, pela primeira rodada da Taça Rio. Vagner Love e Vinícius Pacheco marcaram dois gols cada um, com Laio descontando. Com isso, Love passou a ser o artilheiro do Carioca com oito gols.

O técnico rubro-negro, Andrade, foi obrigado a escalar um time misto. Adriano e Kleberson tiveram de se apresentar à seleção brasileira para o amistoso contra a Irlanda, na terça-feira. Álvaro e Petkovic sentiram dores musculares e foram vetados. Bruno Mezenga, Fernando e David, respectivamente, os substituíram. Mas tudo deu certo, e o técnico ainda pôde observar os estreantes Ramon, que tabelou com Love em um dos gols, e Rodrigo Alvim.

De negativo, apenas o fato de o sistema defensivo rubro-negro ter voltado a sofrer gol, deixando seu retrospecto no Carioca ainda pior. Em todos os jogos da competição, a defesa foi vazada. Com o resultado, o Flamengo largou na Taça Rio com três pontos e liderar o Grupo A ao lado do Bangu por conta do saldo de gols.

O time volta a campo contra o Madureira, às 21h50m (horário de Brasília), no Maracanã. Andrade seguirá com os desfalques de Adriano e Kleberson. Já o Macaé enfrenta o Boavista, às 17h, em Saquarema.

Mais um pênalti para Love

O jogo começou com o árbitro respeitando um minuto de silêncio às vítimas do terremoto no Chile. Mas quando a bola rolou, o Macaé tomou mais a atitude e buscou o ataque com muito perigo. Apenas em um contra-ataque, os rubro-negros responderam.

A pressão e a posse de bola nos 15 minutos iniciais foram do Macaé. Mas quando Vinícius Pacheco deixou Vagner Love na cara do gol, e o atacante adiantou demais a bola, o panorama mudou, e houve um equilíbrio maior.

O Flamengo concentrava suas principais jogadas nos pés de Pacheco, que contou com certa liberdade. Numa bola alçada por ele na área, aos 27, Bruno Mezenga poderia ter aberto o placar, mas cabeceou sozinho para a fora. Mas dois minutos depois, Willians fez boa jogada pela direita e foi derrubado dentro da área. Pênalti.

Vagner Love, que havia desperdiçado cobrança contra o Universidad Católica, na última quarta-feira, se prontificou a bater. O atacante recebeu o apoio de Leonardo Moura antes da cobrança. Ele bateu mal, o goleiro Jefferson quase pegou, mas a bola entrou.

A partir daí, o domínio foi rubro-negro, que ameaçou em chute de Pacheco de longe aos 38. Mas aos 40, a zaga do Flamengo bobeou. Primeiro em uma falta boba de Fernando, cuja cuja cobrança por André Gomes fez Bruno ter de se esticar para defender e colocar para fora. No escanteio, Laio subiu sozinho no primeiro pau e empatou o jogo.

Estreia de Ramon

O técnico Andrade fez uma substituição no intervalo: tirou Bruno Mezenga e colocou Fierro. No início do segundo tempo, o Fla tomou o primeiro susto com menos de um minuto. David não cortou lançamento longo, Laio ficou livre, mas demorou a concluir e quando o fez, chutou fraco.

Aos sete, foi a vez de Fabrício receber bola nas costas após lançamento de Fred. Laio, porém, não conseguiu dominar a bola dentro da área. Aos 13, o Flamengo voltou a ficar na frente do placar em um lance inusitado. Love sofreu falta na meia lua. O árbitro João Batista de Arruda marcou a falta e parecia que iria dar cartão amarelo. Mas o atacante bateu rápido para o livre Vinícius Pacheco marcar.

No tempo técnico, Andrade fez nova substituição: tirou Fernando e colocou o estreante Ramon. Nos primeiros toques na bola ele acertou uma tabela que resultou no terceiro gol rubro-negro: o gol das trancinhas. Love tocou para Ramon de calcanhar, que devolveu na frente. O Artilheiro do Amor teve calma e finalizou no ângulo esquerdo do goleiro.

Aos 28, o Flamengo ampliou novamente em nova tabela bonita. Willians roubou bola no meio e tocou para Love, que deixou para Vinícius Pacheco. O camisa 22 driblou o zagueiro e chutou forte no canto: 4 a 1.

A partir daí, o Flamengo passou a cozinhar o jogo. Andrade ainda colocou outro estreante em campo: Rodrigo Alvim entrou no lugar de Juan. O time ainda poderia ter ampliado com Ramon, que chutou por cima do gol. Mas o jogo já estava ganho e foi apenas o caso de administrar a posse de bola até o fim.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Campeonato_Carioca/0,,MUL1508692-9835,00.html