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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Homenagem a Nação Flamengo OFF-RIO


Entre os muitos ensinamentos da minha avó, aprendi que o prego que se destaca é martelado. Talvez este seja o ditado que mais combina com a Nação e com o nosso amado Mengo. Mas isso se deve ao fato de termos a segunda maior torcida do Mundo. Sim, a segunda, pois a primeira é a Anti-Flamengo. É o preço que a Nação paga por ter mais títulos, ter quase todos os ídolos do país (e formar inúmeros), por ser a maior torcida de um clube... Enfim, por ser a Nação.

Se hoje somos uma Nação, devemos aos mais de 30 milhões que estão longe do Flamengo. Esses milhões de Rubro-Negros (que só eles fazem de nós os maiores) são responsáveis por levar um pouquinho do Mengo, mesmo que seja "apenas" o Manto, aos 4 cantos do Mundo. Aliás, é muito fácil pra eu ser flamenguista. Tenho acesso à Gávea, ao Maracanã, Engenhão, Raulino, ao Tijuca Tenis Club, Arena HSBC... Enfim, tenho acesso ao Flamengo. E quem mora fora? Muitos nem ao menos podem andar com o Manto pelas ruas. E quando veem o Mengo, se tiverem muita sorte, é 1, 2 ou 3 vezes no ano todo.

Agressão, preconceito, ódio, inveja... No último jogo em Santa Catarina, a torcida do Figueirense praticou um ato que é tudo, menos paixão do torcedor. E não existe aquele argumento de que eles não possuem títulos, que somos superiores e que a indiferença é a melhor resposta... Gente, isso é violência! Muitos Rubro-Negros já foram e são agredidos e ameaçados pelo país, mas não só isso: são impedidos de flamengar. Isso é preconceito, e como tal, tem que ser julgado pela lei.

A seguir, um depoimento de Alisson Fúrfuro, colaborador da Embaixada FlaBH e do Blog Flamengo Eternamente:

Aqui a violência já começa nas atitudes. Um Atlético x Flamengo, por exemplo, pra comprar os ingressos já fica tenso. Eles nos odeiam mais que os cruzeirenses. - Frase deles: O Cruzeiro é meu rival, o Flamengo é meu inimigo. - Vivemos uma situação muito tensa no Mineirão, numa 4ª às 16hs (e nem feriado era). Conseguimos credenciais e entramos às 13hs pra colocarmos a faixa da FlaBH, camisas pra venda, etc. Os portões abriram às 14hs. Saímos do estádio apenas às 20hs (o jogo terminou 18hs). Ficamos presos, como de costume, por 1h, porque a torcida do Galo ficou esperando nossos ônibus. Ao sairmos, começou a chuva de pedras pra dentro do estacionamento. E pra tirar uma casquinha, os policiais jogaram spray de pimenta na gente. E nos arredores, se tem 3 torcedores juntos sem a camisa do Galo, ele chegam, abordam e fazem pressão mesmo.

Alisson não é vítima desta violência porque é de uma Embaixada ou porque vai aos jogos (na Arena do Jacaré ele não vai devido ao tamanho do perigo), e sim porque é Flamengo. - Ahh, mas é uma simples faixa no estádio. Coisa de torcedor... - Não é! Isso é um estímulo enorme à violência contra a Nação, contra o ser humano! E isso não é restrito à Nação, outros torcedores passam por isso também. Todo preconceito é burro e gera violência, por isso o Alisson e os demais sofrem nos jogos e nas ruas.

O Flamengo não é do Rio e nem do Brasil, é do Mundo. Logo, este tipo de atitude mostra o quanto são ignorantes também. Não respeitamos barreiras raciais, geográficas, econômicas e culturais, que a própria sociedade impõe. Assim como a música, o rubro-negrismo possui uma linguagem universal, única, e por isso somos uma Nação. Itália, Alemanha, Rússia, Japão, México... Rubro-Negros que nem ao menos falam português, mas que amam o Mais Querido. Outro exemplo é a Embaixada Fla-Sucre, que não é formada por brasileiros que moram na Bolívia, e sim por bolivianos nascidos lá e que nem falam português direito.

Parabéns, Off-Rio! Se hoje somos uma Nação, devemos a vocês! Desejo que nosso clube olhe e faça mais por todos. E aos marginais que insistem em levar faixas preconceituosas aos estádios, façam uma correção da próxima vez:
Saudações Rubro-Negras!

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Renato Croce (Alexi Lalas)


Fonte: http://flamanolos.blogspot.com/2011/08/somos-uma-vergonha-mundial.html

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