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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Campeões do mundo pelo Fla em 81 sentiram falta da torcida em Tóquio

Leandro conta que fechou os olhos no fim do jogo para imaginar como seria a festa no Maracanã. Raul Plassmann se vê como espectador privilegiado

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro

O título mais importante da história do Flamengo foi conquistado do outro lado do mundo. O Rubro-Negro bateu o Liverpool por 3 a 0, na final do Mundial de Clubes, em Tóquio, em 1981. Prestes a completar 30 anos, o feito segue imortalizado na mente dos torcedores. No entanto, os maiores responsáveis pela façanha lembram que faltou um aspecto importante na hora de levantar o troféu: o calor humano.

Lateral-direito do Flamengo na época, Leandro conta como fez para driblar a ausência da torcida rubro-negra.

- O que me marcou mais não são histórias. Foi no final do jogo. Faltando mais ou menos cinco minutos para terminar, a gente já ciente da vitória, olhava para a arquibancada. Procurava o torcedor do Flamengo. Estávamos acostumado a comemorar juntos com eles no Maracanã. Fechei meus olhos por algum instante e sonhei com a galera - recordou.

Zico, maior ídolo do clube, ressaltou que o título do Mundial de Clubes consagrou uma geração prata da casa.

- Foi diferente. Passa o filme de todo o início da nossa carreira. Nós praticamente crescemos juntos no Flamengo. Daqueles 16, 12 tinham começado no Flamengo. Fizeram toda caminhada até chegar ali. Toda uma formação foi coroada com êxito com essa conquista - garantiu.

O goleiro Raul Plassmann, que já havia saído derrotado de Tóquio com o Cruzeiro, afirmou que aquela era a chance de ouro para dar a volta por cima.

- Quando cheguei, pensei comigo: não vai escapar. Já tinha escapado com o Cruzeiro, em jogo diante do Bayern. Eu fui um privilegiado. Vi de perto o maior time do Flamengo de todos os tempos. Foi um jogo que eu não trabalhei absolutamente nada. Então, eu assisti de mais próximo do que qualquer cidadão desse planeta aquela brilhante vitória do Flamengo - lembrou o arqueiro, que teve de comprar uma camisa, às pressas, em Los Angeles, para jogar, além de gravar seu nome no uniforme - destacou.

Artilheiro da decisão com dois gols (o outro tento foi marcado por Adílio), Nunes fez questão de dizer que a força do elenco pesou na final do Mundial de Clubes.

- O fator principal era o nosso conjunto. A nossa simplicidade, sempre um ajudando o outro. Deus me deu força para estar nos momentos certos e definir as jogadas. Foram momentos importantes para mim e para todo o grupo - disse.

Por fim, Adílio contou que, dias antes do fatídico 13 de dezembro de 1981, casou-se no Rio de Janeiro e mal teve tempo para curtir a lua de mel.

- Fiquei muito ansioso porque vocês (jogadores campeões mundiais) viajaram primeiro. Eu tive que ir depois do meu casamento. Encontrei com vocês em Los Angeles e fui para o Japão. Queria que o jogo acontecesse logo porque sabia que tinha algo de bom separado para nós. Pensei que o jogo seria muito difícil. Preparei-me para correr muito - finalizou.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/10/campeoes-do-mundo-pelo-fla-em-81-sentiram-falta-da-torcida-em-toquio.html

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