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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Superando Recordes

Em jogo eletrizante, Marquinhos e Kojo lideram reação, e Fla vence a 20ª

São José leva a melhor durante quase todo a partida, mas Rubro-Negro consegue virada e amplia recorde e melhor início de temporada

Por João Gabriel Rodrigues São José dos Campos, SP
No início, o cansaço parecia pesar. As pernas não se movimentavam com tanta facilidade, e as mãos se mostravam descalibradas. Por quase todo o tempo, o Flamengo se viu perto de sua primeira queda no NBB. E justamente para seu último algoz. Nos arremessos certeiros de Dedé, o São José liderou o placar durante quase todo o confronto nesta terça-feira, no ginásio Lineu de Moura. Mas os cariocas tinham os incansáveis Marquinhos, Kojo e Olivinha. Com um último quarto arrasador, o líder se impôs, venceu por 84 a 82 e chegou ao 20º triunfo em 20 jogos na competição, ampliando sua marca de melhor início de temporada.
Basquete Flamengo x São José (Foto: João Gabriel)Olivinha anotou 16 pontos na dramática vitória do Flamengo sobre São José (Foto: João Gabriel)
O São José foi a última equipe a bater o Flamengo no NBB, ainda pelos playoffs do ano passado. Na última partida da série semifinal, no mesmo ginásio, os paulistas superaram os cariocas e avançaram à final. O roteiro parecia o mesmo nesta terça, mas os rubro-negros mostraram vontade para mudar a história.
Com 21 pontos, o ala Dedé, do São José, foi o cestinha do confronto, mas coube ao quarteto rubro-negro, formado por Marquinhos, com 20, Kojo, com 17, Olivinha, com 16, e Caio Torres, com 15, garantirem o 20º triunfo do líder na competição. Jefferson, com 19 pontos e oito rebotes, também se destacou para a equipe paulista.
Agora, o Flamengo se desliga do NBB para enfrentar o Brasília pela Liga das Américas. Volta à competição nacional no próximo dia 18, contra o Uberlândia, às 20h. O São José, por sua vez, encara o Tijuca nesta sexta-feira, novamente em casa, às 20h.
Kojo, que ainda se recupera de um edema ósseo grau 1 (o mais brando), foi peça importante na virada rubro-negra. Com um último quarto sensacional, o armador americano, naturalizado ganês, incendiou o jogo e levou o Flamengo a mais um triunfo.
- Mas, hoje, eles tinham todo mundo, Dedé, Murilo... Então, é especial vencer aqui. Porque aqui é muito difícil de vencer. Eles foram melhores durante boa parte do jogo e conseguimos vencer. Esse jogo nos dá ainda mais força para seguir para a Liga das Américas - disse o armador americano, antecipando dificuldades para a partida contra o Brasília, na próxima sexta-feira.
Essa vitória significa muito. Porque às vezes dizem que nós vencemos times que estão desfalcados"
Kojo
Já Dedé, principal jogador do São José, por pouco não guiou seu time à vitória. Ao deixar a quadra, elogiou a vontade do time, mas lamentou alguns erros que custaram o triunfo.
- A gente jogou bem, mas perdeu. Jogar bem é importante, ganhar é importante. Não podemos falar que estamos satisfeitos. Temos time para ganhar de qualquer um e ainda vamos mostrar isso no NBB – disse o ala.
O JOGO
Foi um início rápido. Dos dois lados, um ataque veloz e uma recuperação defensiva também ágil. As mãos, no entanto, não pareciam tão calibradas. O São José começou mais certeiro, com Dedé aproveitando melhor as chances que tinha. O técnico Régis Marrelli também mandou Murilo à quadra, que havia voltado no jogo anterior. O melhor jogador do NBB passado, no entanto, ainda parecia um pouco fora de ritmo.
Referência no garrafão rubro-negro, Caio Torres sofreu um pouco no começo, mas logo conseguiu se impor. E, com isso, o Flamengo cresceu. Conseguiu reverter a desvantagem no placar. Também pelas mãos de Marquinhos, os cariocas fecharam o primeiro quarto na frente: 23 a 19.
DEDÉ LIDERA SÃO JOSÉ
Mas o São José se recuperou com a mesma velocidade que começou o jogo. No início do segundo quarto, a equipe da casa passou a fazer uma marcação sob pressão e a dificultar a saída de bola dos rivais. Deu certo. Na rapidez de Fúlvio e nas mãos certeiras de Dedé e Jefferson, o São José logo tomou a frente no placar. Para a festa da torcida, saiu de quadra para o intervalo em vantagem: 40 a 33.
Os dois times passaram a errar mais do que o normal no retorno ao jogo. Mas o São José, que voltou a contar com seu quinteto titular em quadra, aumentava ainda mais a vantagem. Fúlvio e Dedé arriscavam e acertavam seus arremessos de três, levando o placar a 52 a 40 com tranquilidade. Apesar do esforço do incansável Olivinha, o Flamengo não conseguia tirar a diferença do placar.
O jogo ficou mais brigado, e os jogadores, pressionados, pareciam nervosos. Como quando, em um ataque rubro-negro, Kojo entregou a bola nas mãos de Dedé. O atleta de São José partiu em velocidade, mas também se enrolou. Perdeu o controle da bola, que caminhou por sobre seus ombros até ser recuperada pelo time carioca. O Flamengo ainda diminuiu a diferença no fim do quarto, mas o São José foi para a etapa final em vantagem: 64 a 61.
O Flamengo, no entanto, foi para cima. Com uma cesta de três de Marquinhos, a diferença já era de apenas um ponto (65 a 64). Logo depois, Duda também acertou mão e deixou tudo igual: 69 a 69. O São José sentiu o golpe. Olivinha, de três, fez o time rubro-negro retomar a liderança do placar.

MARQUINHOS E KOJO COMANDAM REAÇÃO
O jogo seguia em ritmo alucinante. Jefferson, de três, fez o São José voltar à liderança. Depois, Marquinhos, de dois, deixou tudo igual (77 a 77). Foi a vez de Kojo acertar a mão. Depois de marcar três pontos a pouco mais de um minuto para o fim, acertou o lance de bonificação por falta e fez 81 a 80. Os paulistas tinham o mesmo ímpeto de vitória e chegaram a tomar a frente mais uma vez.
Heróico, Kojo voltou a acertar um arremesso dentro do garrafão e sofreu a falta. Depois de mandar o lance extra mais uma vez para a cesta, fez o Flamengo ficar com 84 a 82 a 20 segundos do fim. O São José tentou o empate no último ataque, mas a bola ficou no aro, para a festa da barulhenta torcida rubro-negra.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/nbb/noticia/2013/02/em-jogo-eletrizante-marquinhos-e-kojo-lideram-reacao-e-fla-vence-20.html#equipe-flamengo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Igualando Recordes

Imbatível, Fla atinge maior sequência de vitórias na fase de classificação

Triunfo suado sobre o Vila Velha foi o 18ª consecutivo na atual temporada. Marca anterior era da própria equipe, campeã da edição 2008/2009


O Flamengo não se cansa de fazer história na quinta edição NBB. Depois de exterminar a marca de melhor início de temporada, de oito vitórias consecutivas, que pertencia ao rival Brasília na temporada 2009/2010, o clube rubro-negro quebrou outro recorde nesta quinta-feira. Num jogo complicado, que só se resolveu no último período, o time carioca derrotou o Vila Velha por 96 a 77, no ginásio do Tijuca, chegou à 18ª vitória consecutiva na fase de classificação da competição e quebrou seu próprio recorde de 17, estabelecido na temporada 2008/2009, em que se sagrou campeão.
- Essa história de recorde não tem que atrapalhar. Temos um time experiente, acostumado a jogos assim e sabemos que no NBB não existe jogo fácil. Mais importante do que isso foi conquistar mais uma vitória e continuar na liderança - afirmou Caio Torres, destaque da vitória sobre os capixabas.
Info_CAMPANHAS-2009_2013_FLAMENGO-NBB-2 (Foto: infoesporte)

Mas a equipe comandada pelo técnico José Neto quer muito mais. Além de acabar com a hegemonia do rival Brasília e conquistar seu segundo título no NBB, o Flamengo tem outro recorde à vista: quebrar a sequência de 24 vitórias consecutivas estabelecida na mesma temporada 2008/2009, quando o time da Gávea venceu os últimos 17 jogos da fase de classificação e os seis primeiros dos playoffs. Naquela temporada, o time atuava sob o comando de Paulo Chupeta, que hoje dirige a equipe sub-22 do clube, na Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB):
- Montamos aquele time para ganhar as disputas do NBB e da Liga Sul-Americana. Nós trouxemos o Bábby e o Jefferson e o grupo adotou minha proposta de tentar vencer o maior número de jogos para termos a vantagem de decidir as duas competições em casa. Os jogadores se fecharam, criaram uma união muito grande e conseguimos chegar a 24 vitórias e bater o recorde de 21 de Brasília - lembrou Chupeta.
Desta vez, porém, o caminho foi inverso. Num início jamais visto na competição, o time dirigido por José Neto se tornou o primeiro equipe a terminar o primeiro turno do NBB de forma invicta. O treinador, por sua vez, parece não dar muita bola para as estatísticas:
- Eu mesmo não sabia desse recorde. A gente não pensa com esse objetivo e não entramos em quadra pensando em quebrar recorde. Isso é uma consequência do nosso bom trabalho. Eu sempre digo que esses números nos ajudam a chegar no nosso objetivo, mas não trazem coisas concretas para a gente ao fim da temporada.  Nosso foco não é esse - declarou Neto.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/nbb/noticia/2013/02/imbativel-fla-atinge-maior-sequencia-de-vitorias-na-fase-de-classificacao.html

Trio Porreta

No empolgante jogo de ontem, está claro que o trio de atacantes lançado pelo competente técnico Dorival Júnior deve dá certo. Os baianos Hernane e Nixon e o maranhense Rafinha, especialmente o último são a nova realidade do Flamengo. Na verdade, os três jogadores resgatam a história do clube em revelar atletas oriundos da base e de origem humilde. Afinal de contas, se destacar nos grandes centros do país, não é uma tarefa fácil. A realidade é bastante conhecida de todos. As dificuldades são bem maiores para os nordestinos. Poucos triunfam. Quem sabe esse TRIO PORRETA consiga se destacar ao longo do ano. Potencial, eles já mostraram que tem. Os números estão a seu favor. Dos 8 gols, feitos pelo Flamengo até agora, 6 foram deles: 4 de Hernane e Nixon e Rafinha com 1 gol cada. Portanto, contra fatos não há argumentos.

Tradição Baiana

Não é de hoje que o Flamengo tem seu elenco atacantes baianos se destacando. O primeiro deles foi o atacante Nandinho, baiano de Itabuna, na década de 40. O primeiro foi Nunes, na década de 80. Depois dele vieram Bebeto e Edilson. Porém, não se pode esquecer do eterno xodó Obina. Também merece ser citado o atacante Charles, que apesar de ter jogado pouco tempo no clube, apenas no ano de 1994, foi o artilheiro do campeonato estadual daquele ano.

Fontes de Consulta: www.flaestatistica.com
www.flamengo.com.br/flapedia

Show de bola

Na velocidade de Rafinha, Fla bate o Vasco e assume ponta do Grupo B
Atacante de 19 anos faz primeiro gol no profissional e ajuda time a vencer por 4 a 2. Cruz-Maltino tem estreia de Tenorio, mas peca na marcação

 
A CRÔNICA

Coube a um jovem de 19 anos ser o protagonista em seu primeiro clássico entre os profissionais. Veloz, Rafinha mostrou que também tem estrela: além de marcar seu primeiro gol pelo Flamengo, infernizou a defesa adversária e contribuiu para a vitória por 4 a 2 sobre o Vasco, na noite desta quinta-feira, no Engenhão. Nixon, de peito, Cleber Santana, numa pancada no ângulo, e Hernane também marcaram. Pedro Ken e Dakson, também em uma bomba de fora da área, descontaram para um time que ofereceu espaço demais em sua defesa.
- É uma emoção muito grande. Como já disse muitas vezes, muitos falaram que eu não ia conseguir, que não ia chegar por causa do meu tamanho, do porte físico. E, se Deus quiser, matando um leão por dia, vou derrubar muito mais aí - vibrou Rafinha, na saída de campo.
O Vasco, que tinha a melhor campanha do Carioca, teve seu primeiro grande desafio no ano e só conseguiu ser superior quando o adversário tinha como objetivo administrar a vantagem. Gaúcho promoveu a estreia de Tenorio, que entrou no lugar de Leonardo no segundo tempo, mas de pouco adiantou. A partida teve 12.423 pagantes (15.669 presentes), o maior público até agora do campeonato, e renda de R$ 403.545.

- Ninguém quer perder um clássico, mas isso é futebol. Acho que o Vasco não jogou mal, mas no futebol você é cobrado pelos erros. Estou tranquilo. O mais importante é que o time está bem, ninguém saiu machucado. Estamos tranquilos, vamos esquecer e pensar à frente - ponderou Tenorio.
Com a vitória, o Flamengo somou dez pontos, passou a ter a melhor campanha do Carioca e assumiu a liderança do Grupo B. Na próxima rodada, recebe o Nova Iguaçu no domingo, às 17h (de Brasília), no Engenhão. Já o Vasco perdeu os 100% de aproveitamento, mas segue em primeiro lugar do Grupo A, com nove pontos. Enfrenta agora o Bangu, no domingo, às 19h30m, em São Januário.
Rafinha gol Flamengo x Vasco (Foto: Bruno Turano / Ag. Estado)O nome do jogo: Rafinha comemora o seu gol, o quarto do Flamengo (Foto: Bruno Turano / Ag. Estado)
Falhas de marcação, muitos espaços e três gols

Sonolento na marcação, o Vasco começou o jogo dando muito espaço e defendendo com menos homens do que o Flamengo atacava. Mas as muitas opções de jogadores, em alguns lances, atrapalharam os rubro-negros, que batiam cabeça e desperdiçavam a vantagem numérica. Aos poucos, o ataque foi se acertando: com frequentes inversões entre Rafinha e Nixon nos lados do campo, o Fla começou a assustar e logo encontrou seu gol. Ibson conseguiu liberdade pelo meio ao driblar Jhon Cley e deu um bolão para Rafinha, que fugiu da marcação de Abuda. O atacante dividiu com o goleiro Alessandro, e a bola sobrou limpa para Hernane só empurrar para o gol vazio, aos 24 minutos.
Ao se lançar ao ataque e sem ter um primeiro volante de muita marcação, o Vasco pagou caro mais uma vez pelos vários buracos na defesa - e não há Dedé que dê jeito. Seis minutos depois, em contra-ataque armado por Ibson, Elias tabelou com Rafinha e cruzou na medida para Nixon escorar com o peito para a rede. Pedro Ken, que falhou ao não acompanhar Nixon no segundo gol, redimiu-se e recolocou o Cruz-Maltino no jogo. Bernardo cobrou falta cometida por Ibson na direita, e o volante aproveitou o erro do Fla: sem ser marcado em momento algum, entrou pelo meio da área e subiu livre para fazer o seu primeiro gol pelo Vasco.
A bola aérea, aliás, foi a melhor arma do Vasco, que antes só havia conseguido assustar o adversário numa falha de Renato Santos, que deixou Leonardo na cara do gol - González impediu o chute. O empatou quase veio em dois cruzamentos. No primeiro, a zaga cortou mal, e a bola ficou pingando na pequena área. No segundo, Wendel cabeceou à queima-roupa, mas Felipe defendeu no susto. A velocidade de Eder Luis também foi uma ótima opção na direita, mas o sistema de cobertura do Fla impediu que o atacante passasse por todos os marcadores.

Dedé na partida do Flamengo contra o Vasco (Foto: Jorge William / Ag. O Globo)Dedé teve atuação abaixo da média no clássico (Foto: Jorge William / Ag. O Globo)

Rafinha chama o jogo, e golaços saem de cada lado

Na volta do intervalo, as duas equipes mexeram: Dorival Júnior abandonou o esquema com três atacantes e entrou com Cleber Santana no lugar de Nixon. Já Gaúcho manteve o 4-4-2, mas trocou um apagado Jhon Cley por Dakson. Mas a substituição que fez efeito foi a rubro-negra. Após grande jogada de Rafinha, que passou por Abuda, tirou Dedé e rolou para o meio, Cleber Santana pegou de primeira, de três dedos, e acertou uma bomba a 127km/h no ângulo. Um golaço. A alteração cruz-maltina teve sua chance logo depois, mas desperdiçou: Dakson chutou por cima de um gol aberto após bobeada de Felipe.
Gaúcho, então, chamou Tenorio. O equatoriano, que ainda não está no melhor de sua condição física, entrou no lugar de Leonardo e melhorou o Vasco. Em dois chutes, pôs Felipe para trabalhar. Preocupado, Dorival colocou Renato Abreu no lugar de Ibson para melhorar a marcação, e o Fla seguiu impiedoso nos contra-ataques com o veloz Rafinha. Aos 19 minutos, ele pegou a bola no meio de campo, percorreu 53m, deixando André Ribeiro e Dedé na saudade e batendo no cantinho esquerdo de Alessandro.
O destaque do jogo cansou e saiu para a entrada de Thomás, aos 23 minutos. E o Flamengo parou. Quatro minutos depois, Dakson mostrou que também sabe fazer golaço: soltou uma pancada a 105km/h, do lado direito, e acertou o ângulo. Foi seu primeiro gol pelo Vasco, que foi para cima, mas esbarrou em Felipe e na trave. A reação parou por aí, apesar de chance clara com Eder Luis e uma bola na trave de André Ribeiro.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2013/31-01-2013/vasco-flamengo.html